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Duas (ou três) vezes PJ Harvey

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Foto e vídeos: Marcelo Costa

Pela segunda vez em sua carreira (de quase 20 anos), Polly Jean Harvey foi escolhida pelo júri do Mercury Prize como a artista do ano (2011) no Reino Unido. A primeira foi em 2001, quando lançou “Stories from the City, Stories from the Sea”. Agora ela repete o feito (vencendo Adele, Anna Calvi, Elbow e James Blake, entre outros) com o o difícil e sensacional “Let England Shake”. Junto com o prêmio, PJ ganhou 20 mil libras (cerca de R$ 70 mil).

Instituído em 1992, o Mercury Prize já premiou, entre outros, o Primal Scream (“Screamadelica”, 1992), Suede (pelo álbum homônimo de 1993), Portishead (“Dummy”, 1995), Pulp (“Different Class”, 1996), Franz Ferdinand (pela estreia, homônima, de 2004) e Arctic Monkeys (“Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not” (2006). No ano passado deu XX. PJ não só foi a primeira mulher a ganhar o prêmio (2001), como o único artista a ganhar o Mercury Prize duas vezes.

Lembro dela falando em algum lugar sobre a surpresa pelo sucesso de crítica do álbum e defendendo com unhas, dentes e longos vestidos o repertório de “Let England Shake” ao vivo: nos dois shows solos que vi dela neste ano (em São Francisco e Amsterdã), PJ Harvey tocou não só o álbum inteiro, mas ainda um b-side do disco. Das 21 canções do repertório (na Holanda foram 23), 14 eram canções do disco novo, canções de 2011.

Nos festivais (“encontrei-a” também no Coachella e no Primavera Sound), em que – diferente de um show solo – parte do público não foi ali especialmente para vê-la, ela respeitava a audiência fugindo da persona séria do show (presa à temática do disco): sorria, conversava com a audiência (Amsterdã e São Fran só ouviram um “Thank You” no bis) e tocava os hits antes (mas sem abrir mão das canções novas). Abaixo, três vídeos que fiz em três shows diferentes deste ano.

Polly Jean Harvey, um belo exemplo de como manter uma persona artística viva e interessante no mundo pop.


Bitter Branches, Warfield, São Francisco, 14/04/2011


Down By The Water, Festival Coachella, 17/04/2011


Sky Lit Up, Paradiso, Amsterdã, 31/05/2011

Leia também:
– Ao vivo: PJ Harvey, Clapton, Winwood, Art Brut e The Kills (aqui)
– “Let England Shake” encanta a cada página virada, por Mac (aqui)
– Tudo sobre o Coachella 2011 (ou quase), por Marcelo Costa (aqui)
– O melhor do Primavera Sound 2011, por Marcelo Costa (aqui)
– Uma noite com PJ em São Francisco, por Marcelo Costa (aqui)
– “A Woman A Man Walked By” retalha fases de PJ, por Mac (aqui)
– “White Chalk” é denso, sombrio e renascentista, por Mac (aqui)
– “Stories From The City, Stories From The Sea”, por Mac (aqui)

setembro 7, 2011   No Comments