Preocupações a respeito da “textura do tempo” são constantes ao longo de todo o romance. Van, polêmico filósofo, medita a respeito do binômio tempo-espaço, seja em forma de tratado filosófico, seja através de memórias embaraçadas e recorrentes ao longo da narrativa “convencional”. Já nonagenário, Van nota ter esquecido de tratar a respeito de um outro binômio: tempo-dor, o mais poderoso e incontornável, aquele que alcança incestuosos, intelectuais brilhantes, resenhistas e leitores.
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