“Conhece esse disco?” Ela não entendeu bem o motivo da pergunta. Claro que ela conhecia o disco feito por Robert Plant e Jimmy Page, recriando o repertório do Led Zeppelin.
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“Até que enfim é sexta-feira!”. Era assim que ela geralmente terminava as chamadas de vídeo que fazia com as amigas. Duas, basicamente. Laura, 73 anos e Leonor, 71. Como ela se chamava Léa, formavam o trio de letras L.
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Acendeu um cigarro e deu um gole generoso no uísque. Esse era um dos motivos por preferir fazer o programa na madrugada. Apenas ele e um operador de som mais cúmplice que outra coisa, dividiam a sala naquela hora
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O primeiro sinal foi quando numa festa de amigos, ela dançou “Like a Virgin” e ele fechou a cara. Ela sempre amara Madonna, desde criança. Mas a partir daquela noite passara a relacionar a música dela a brigas e agressões.
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Desde a primeira vez em que assistiram juntas ao filme “Mais e Melhores Blues”, de Spike Lee, decidiram: “Mo Better Blues” seria a música delas. Só delas. Afinal, naquela noite, entraram no cinema amigas e saíram da sessão namoradas.
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Desde quando a informação começou a circular eu decidi. Iria conhecer Jimmy Page. No início era difícil acreditar que o gênio da guitarra estivesse morando no Brasil. Mas era verdade. Meu pai repetia sempre, como um mantra: ‘existem as bandas de rock e existe o
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Era a nossa última festinha do ano. E da década. Organizamos com todo o cuidado do mundo. Nas últimas semanas, nas pausas de tudo, a gente se perguntava como ia ser a partir de agora. Colégio novo, segundo grau chegando….
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A cidade despertara com um calor seco e asfixiante naquela manhã de janeiro. No hospital, o calor externo era compensado pelo excelente sistema de refrigeração interna. Era uma das principais referências…
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Sempre que lembravam da cena não conseguiam evitar o riso. Era uma festa num porão. Subsolo de um casarão antigo. Quinzenalmente batiam ponto naquelas noites de festas punks. O local era um tanto insalubre…
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Todos os finais de tarde a cena se repetia. Ele, um jovem aprendiz, ia para a sacada do prédio e tateava num sopro um tanto desafinado. O trompete lhe parecia rebelde ao não querer reproduzir com perfeição a melodia de “Round Midnight”, de seu Deus Miles Davis.
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