Iggy Pop, Bruce Springsteen e R.E.M.

1000 Toques por Marcelo Costa

“Songs For a Green World”, R.E.M. (LeftFieldMedia)
Em 1989, o R.E.M. enfim alcançava o sucesso. Michael Stipe e Cia haviam feito com cuidado a passagem da pequena IRS para a poderosa Warner. “Green” cravou dois singles no número 1 da Billboard Modern Rock Tracks (“Orange Crush” e “Pop Song”) e deu ao grupo sua primeira turnê mundial, que começou em janeiro no Japão e terminou 11 meses depois na terra natal da banda, Athens. Em abril o R.E.M. estava no Orlando Arena, na Florida. “Songs For a Green World” flagra essa transição do indie ao mainstream com o repertório de 19 canções chocando as canções fortes de “Green” e “Document” com pérolas de inocência como “Swan Swan”, “Begin The Begin” e “Pretty Persuasion”. Duas covers marcam presença: a tradicional versão de “Crazy”, do Pylon, e “Academy Flight Song”, do Mission Of Burma. Stipe relembra El Salvador em “Welcome To The Ocuppation” e emociona em “Perfect Circle” e “You Are Everything”. Único pecado: “It’s The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)”, que fechou na noite, ficou inexplicavelmente fora do CD (mas está em alguma esquina da web). Vá atrás.

Nota: 7,5
Preço em média: R$ 45 (importado)

Leia também:
– “Lifes Rich Pageant – Deluxe”: muitos rascunhos interessantes (aqui)
-“Live at The Olympia”, R.E.M – Não show, nem ensaio, mas uma aula (aqui)
– R.E.M. ao vivo em São Paulo: sobre sono e sonhos, por Marcelo Costa (aqui)

“Live At The Main Point”, Bruce Springsteen & The E Street Band (LeftFieldMedia)
Em fevereiro de 1975, seis meses pré-“Born To Run”, Bruce Springsteen chacoalhava a Pensilvânia com uma apresentação enérgica e apaixonada. “Thunder Road” ainda se chamava “Wings of Wheels”, “New York Serenade” durava quase 20 minutos e covers de Bob Dylan (“I Want You”) e Chuck Berry (“Back In The USA”) davam ao show uma característica de festa rock and roll. Pós-“Born To Run”, mas ainda em 1975, Bruce baixaria em Londres e, tímido, enfrentaria e conquistaria com fervor uma plateia cética diante de tantos elogios da imprensa (o show foi lançado em CD em 2006 com o título de “Hammersmith Odeon London ’75”). Nove meses separam os dois registros e, embora 11 canções se repitam no set list dos dois shows, há uma diferença sutil, mas perceptível entre as apresentações: o que em novembro soaria mais conciso, em fevereiro era esporro e improviso. O mérito de “Live At The Main Point” é exatamente flagrar um Bruce pré-sucesso, mas já praticando uma surpreendente comunhão rock and roll com a plateia que seria elevada à perfeição nas quatro décadas seguintes.

Nota: 7,5
Preço em média: R$ 45 (importado)

Leia também
– Fé em Bruce Sprinsteen, por Carlos Eduardo Lima (aqui)
– Três horas de Bruce Springsteen ao vivo em Roma, por Marcelo Costa (aqui)
– Resenhas dos álbuns “Magic” (aqui), “We Shall Overcome” (aqui) e Working on a Dream (aqui)

“Roadkill Rising”, Iggy Pop (Shout)
As apresentações ao vivo de James Newell Osterberg são um caos que vêm fascinando gerações através de décadas. Esta coletânea quádrupla flagra 32 anos de serviços prestados à insanidade rock and roll. O primeiro CD (1977 a 1979) reúne pérolas dos Stooges (“Raw Power”, “1969”, “Search and Destroy”), clássicos solo (“Funtime”) e um cover poderoso de “Gloria” (Van Morrison). O segundo CD foca nos anos 80 com versões de “Nightclubbing”, “Sister Midnight”, do tema de Batman ao hino “I Wanna Be Your Dog” e à baladaça “One for My Baby (And One More for the Road)”, gravada por Billie Hollyday e Sinatra (e que rende um esporro histórico na plateia). “Lust for Life”, “China Girl”, “The Passenger”, “No Fun” e “Candy” estão entre os destaques do terceiro CD (anos 90) enquanto o último CD louva “Funhouse” (retirada do show no Benicassim de 2007), “Down on the Street”, a arrasa-quarteirão “My Idea of Fun” e a jazzística “Les Feuilles Mortes”. São 66 canções que fazem um ótimo resumo da carreira de um dos showmans mais fodas de todos os tempos.

Nota: 9,5
Preço em média: R$ 80 (importado)

Leia também:
– Iggy and The Stooges: triunfo da disfunção sobre a normalidade, por Diego Fernandes (aqui)
– “Raw Power – Legacy Edition”, Iggy and The Stooges, por Marcelo Costa (aqui)
– “Dirty Power”, Iggy and The Stooges: sujeira é isso, por Marcelo Costa (aqui)

 

 

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