por Mac
Ok, preciso assumir: nos últimos minutos, meu coração bateu mais forte por “Sangue Negro”, mas o resultado final – coroando a sensacional obra dos irmãos Coen – não me entristece nem um pouco. Os quatro Oscar de “Onde Os Fracos Não Têm Vez” (roteiro adaptado, ator coadjuvante para a estupenda atuação de Javier Bardem, direção e melhor filme) são totalmente merecidos. E os sorrisos e lágrimas da Sra Coen, Frances McDormand, foram de emocionar.
Na melhor seleção de filmes em muito tempo, o Oscar também selecionou momentos emocionantes (como Marion Cotillard ganhando a estatueta de Melhor Atriz por “Piaf – Um Hino ao Amor” e Daniel Day-Lewis se ajoelhando aos pés da rainha Helen Mirren ) como também as melhores piadas em muito tempo: “Temos duas grávidas na platéia esta noite: Cate Blanchett e Jéssica Alba. Muito embora, como Jack Nicholson está na platéia, esse número pode aumentar até o final da transmissão”. E em uma piada sobre crianças, o apresentador John Stewart soltou: “and the baby goes to: Angelina Jolie”.
No geral, a premiação foi correta e as expectativas se confirmaram. “Sangue Negro” foi representado pelo Oscar de Melhor Ator de Daniel Day-Lewis; “Juno” com Diablo Cody em Melhor Roteiro Original; “Sweeney Todd” por direção de arte; “Ratatouille” como animação; “Desejo e Reparação” como Melhor Trilha Sonora; e “Ultimado Bourne” faturando três categorias técnicas: Melhor Som, Melhor Edição de Som e Melhor Montagem. Minha única decepção foi Tilda Swinton ter ganhado como Atriz Coadjuvante. Ela está ok no papel, mas nada que merecesse o Oscar que levou.
No entanto, esse pequeno lapso cometido na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante não mancha a premiação. Mancharia se as duas categorias principais não ficassem entre “Onde os Fracos Não Têm Vez” ou “Sangue Negro” (muitos temiam a vitória de “Desejo e Reparação”, um filme mais tradicional do que as obras autorais e difíceis de Paul Thomas Anderson e dos Irmãos Coen). A coroação dos Coen é quase a perfeição, pois não consigo dizer que venceu o melhor, mas sim que venceu um dos dois melhores filmes do ano. O empate seria o ideal, mas como não existe empate no Oscar, parabéns aos irmãos Coen. Eles merecem. Muuuuito.
Melhor Filme – “Onde Os Fracos Não Têm Vez”
Melhor Diretor – Ethan Coen e Joel Coen (”Onde Os Fracos Não Têm Vez”)
Melhor Ator – Daniel Day-Lewis (”Sangue Negro”)
Melhor Roteiro Original – “Juno”
Melhor Documentário – “Taxi to the Dark Side”
Melhor Documentário de Curta-Metragem – “Freeheld”
Melhor Trilha Original – “Desejo e Reparação”
Melhor Fotografia – “Sangue Negro”
Melhor Filme Estrangeiro – “Os Falsários” – “Die Fälscher” (Áustria)
Melhor Montagem – “O Ultimato Bourne”
Melhor Atriz Coadjuvante – Marion Cotillard (”Piaf – Um Hino ao Amor”)
Melhor Mixagem de Som – “O Ultimato Bourne”
Melhor Efeitos Sonoros – “O Ultimato Bourne”
Melhor Roteiro Adaptado – “Onde Os Fracos Não Têm Vez” (Joel Coen e Ethan Coen)
Melhor Atriz Coadjuvante – Tilda Swinton (”Conduta de Risco”)
Melhor Curta de Animação – “Peter & the Wolf”
Melhor Curta Documentário – “Le Mozart des Pickpockets”
Melhor Ator Coadjuvante – Javier Bardem (”Onde Os Fracos Não Têm Vez”)
Melhor Direção de Arte – “Sweeney Todd”
Melhores Efeitos Visuais -”A Bússola de Ouro”
Melhor Maquiagem – “Piaf – Um Hino ao Amor”
Melhor Animação – “Ratatouille”
Melhor Figurino – “Elizabeth: A Era de Ouro”