entrevista de Leonardo Vinhas
João Barone conheceu Herbert Vianna e Bi Ribeiro em 1981, e pouco depois os três começariam a mudar a identidade do rock brasileiro sob a alcunha de Paralamas do Sucesso. Já são mais de 40 anos de uma história que ajudou a definir vários marcos no cenário pop nacional, abrindo suas portas para sonoridades latinas e africanas que quase nunca davam as caras por aqui, ao mesmo tempo que assumiam o caráter 100% vira-lata de sua música.
São mais de 40 anos de uma jornada impressionante, e o assunto merecia mesmo um livro. As mesmas mãos que seguram as baquetas escreveram “1, 2, 3, 4! Contando o ritmo com Os Paralamas do Sucesso” (Máquina de Livros). Em 84 capítulos breves, João Barona resgata memórias que vão da infância do músico até o acidente aéreo sofrido por Herbert Vianna, que lhe deixou com sequelas severas e vitimou sua esposa Lucy Needham Vianna.
O recorte de tempo deixa os últimos 22 anos de fora, mas é compreensível: a narrativa desse livro já ultrapassa as 400 páginas, e o período pós-acidente pode ter sido menos prolífico em termos de discos lançados, mas certamente foi rico em termos de vivências pessoais e até de outros caminhos profissionais – de 2006 a 2008, o músico manteve uma coluna na revista Grandes Guerras, onde começou a tratar publicamente de temas pelos quais é aficionado e que vinha pesquisando havia anos, como a participação do Brasil na Segunda Guerra (sobre o qual escreveu três livros), veículos militares e afins. A paixão pelo tema também o levou a produções audiovisuais, em programas de TV e documentários.
“1, 2, 3, 4! Contando o ritmo com Os Paralamas do Sucesso” já tem história o suficiente. Fãs e pesquisadores interessados no processo de criação dos Paralamas não ficarão decepcionados: o livro é cheio de relatos de bastidores de todos os discos, listando desde a gênese de várias composições até as peles e afinações usadas na bateria. Causa algum estranhamento que um álbum estouradaço como “9 Luas” (1986) mereça pouca atenção nesse sentido, enquanto o confuso “Acústico” ganha vários capítulos, mas de maneira geral, há um equilíbrio na atenção dedicada aos discos.
Por outro lado, quem espera aquela dose de veneno, que já é quase um clichê em biografias, pode esquecer. Barone é sempre comedido, e descontando as questões com Lobão e uma ou outra alfinetada que escapa aqui e ali, há zero indiscrições. É verdade que elas não são imprescindíveis, mas incomoda um pouco ver que todos os materiais biográficos produzidos sobre a banda – os documentários “Herbert de Perto” (2009) e “Os Quatro Paralamas” (2021), mais o livro “Vamo Batê Lata” (2003), de Jamari França – tenham essa cara tão chapa-branca.
Seja como for, “1, 2, 3, 4! Contando o ritmo com Os Paralamas do Sucesso” é um livro afetuoso, escrito por alguém apaixonado pela música (é empolgante ver seu deslumbramento intacto depois tantas décadas no ofício) e extremamente realizado com a própria história. Não é pouco, e merece a leitura.
Em uma tarde no início de agosto, Barone falou por videochamada com o repórter do Scream & Yell, encontrando uma brecha em meio ao início da turnê latino-americana com o Call The Police, projeto dedicado ao repertório do The Police que ele mantém com um dos integrantes originais, o guitarrista Andy Summers, e com o baixista e vocalista brasileiro Rodrigo Santos. Então o papo começou por ali mesmo, antes de falarmos na “história por trás da história”.
Você está em turnê com o Call The Police agora, né?
Estou, cara. O primeiro show foi no [festival] Moto Week em Brasília e foi um negócio, tinha quase 50 mil pessoas, uma catarse. Vou festejar meu aniversário de 62 anos com um show em La Paz!
Excelente jeito de passar a data!
(risos) Pois é. Logo começa a perna latino-americana da tour, com Chile, Bolívia, Colômbia, El Salvador… Vai ser muito bom.
No livro, você deixa bem claro o quanto a música do The Police foi essencial para você encontrar o seu jeito de tocar bateria, fala da influência que o Stewart Copeland exerceu na sua música e a sua relação posterior com ele. Como é, agora, estar tocando com um ex-integrante do Police, tendo toda essa relação de parceria com o Andy Summers e tocando um repertório que foi tão determinante para você?
É a quinta rodada que a gente faz com o Call The Police. Quando a gente começou, a gente achava que era um negócio que ia tocar na Zona Sul do Rio, só (risos). Porque a gente não esperava que o Andy tivesse essa disposição de viajar para fazer shows em lugares que não são necessariamente ideais. Ele ainda está com esse gás, cara! É uma constatação muito incrível vê-lo com seus 81 anos ainda com esse gás! E aí a gente pensa no Paul McCartney de novo, pensa agora no Mick Jagger, isso coloca um pouco em xeque aquela ideia inicial do rock de “I hope I die before I get old”, né? Esse conceito caducou, mas o rock não caducou, continua ainda com esse apelo incrível de renovação, de frescor. O Andy Summers traz esse aspecto para o nosso entendimento: é um cara que poderia estar quieto lá na casa dele jogando buraco (risos), mas ele se alegrou, se animou a tocar o repertório de ouro do Police. Ele podia ter escolhido um sem-número de músicos carimbados, conceituados, mas quis o destino que eu e o Rodrigo [Santos, baixo e voz] dividíssemos essa pelota com ele. Tínhamos parado por causa da pandemia, do contrário a gente teria continuado. Em 2022, não conseguimos agendar datas, mas ano passado a gente voltou, e estamos aí de novo neste ano. A gente está na expectativa de que ano que vem a gente consiga antecipadamente datas nos Estados Unidos e na Europa, porque as que nos foram oferecidas neste ano a gente não conseguiu pegar. No ano passado os shows no México foram incríveis, parecia que o Police não tinha acabado! Eles foram uma banda muito meteórica, não duraram nem 10 anos, mas deixaram uma marca indelével no rock, inclusive no rock latino e no Brasil. Os Paralamas foram uma consequência direta de como o Police chegou na cena musical, do carisma da banda e de cada uma das suas partes. Quando a gente faz esses shows pela América Latina, parece que a gente está compensando um pouco o fato de a banda ter acabado, por estar com um dos responsáveis por essa música existir. É um privilégio poder fazer isso, até hoje a gente se belisca, é um momento muito intenso antes de cada show.
Isso é outra coisa que eu ia te perguntar. Ninguém fica inocente para sempre, mas veja só: logo no começo da carreira, os Paralamas estavam gravando com o Gil, recebendo letra inédita dele. Vocês tocaram com o Brian May, gravaram com o Linton Kwesi Johnson, você tem uma banda com o Andy Summers… Em meio a tudo isso, aquele Barone adolescente, sempre fissurado em música, ainda consegue manter esse deslumbramento de estar tocando com os próprios heróis, a ponto de ter virado par deles?
Esse momento em que a gente está meio que revisitando nossos 40 anos de estrada, é muito oportuno olhar para eles ainda com essa magia pelo que a gente faz. E aí quando você vê artistas com essa longevidade, você se sente em sintonia. Por mais que a gente esteja a anos-luz de distância de um Paul McCartney, de um U2, a gente se sente um pouco identificado e com a mesma vontade de continuar tocando e se apresentando para grandes plateias. A relação que eu, o Herbert e o Bi temos – e também o Zé [Fortes, empresário] e o [tecladista] João Fera – nossa ligação passa muito por esse emocional de lembrar o que trouxe a gente até aqui, essa magia de querer tocar junto com essa interação muito intensa. Claro, a gente tem desarmonias, porém as harmonias se sobrepõem às diferenças. Tudo aconteceu tão rápido: a gente se conheceu em 1981, se reencontrou em 1982, que foi quando a gente efetivamente ficou junto, e aí gravamos e já fomos pra programação da rádio Fluminense em 1983. Abrimos o show do Lulu Santos no Circo Voador, assinamos o contrato, gravamos o compacto de “Vital e sua Moto”, e dali a pouco a gente gravou o LP. Depois veio “O Passo do Lui” e de repente a gente estava no palco do Rock in Rio! Foi tudo muito meteórico, né? E sem nunca perder essa coisa muito coletiva. O Herbert foi desenvolvendo esse talento incrível dele de compositor, sempre tendo visões que antecipavam os nossos passos seguintes, e sempre alertando para que a gente se diferenciasse da matilha. Até por isso o Police virou uma referência para tentar fazer alguma coisa diferente daquele rock mais clichê, de blues de 12 compassos, que a gente via na época. Até hoje a gente mantém, de alguma forma, essa chama Inicial. Ela não se perdeu, a gente ainda tem esse encantamento com o Herbert, eu adoro a minha bateria, temos esse fetiche pelo instrumento, a busca por nos aprimorarmos e chegar a uma realização maior.
Bom, eu não perco a esperança de ver você e o Bi fazendo um disco ou pelo menos um show só de dubs… (risos)
Nesse livro eu falo do The Mighty Reggae Beat, que foi um projeto que a gente fez em 1989, uma brincadeira de ser uma banda de reggae, com o Nabby Clifford como cantor. Era brincadeira, mas a gente foi fundo nessa pesquisa da essência do reggae. Depois, quando a gente estava esperando o Herbert se reerguer, o Bi acabou se dedicando à Reggae B. Ele foi atrás dessa turma para reeditar essa formação voltada para um repertório de reggae, além de umas interações bem legais com o B Negão e outras pessoas. Quem sabe uma hora dessas a gente se dá ao trabalho de fazer alguma coisa. A gente pode manter essa porta aberta.
Esse trabalho mais recente não é o seu primeiro livro, mas é, sim, o primeiro que você escreve sobre música. Os anteriores eram voltados a uma perspectiva de historiador, e aí eu queria saber se você quis fazer deste um livro de memórias, mais solto mesmo, ou se ainda assim manteve um pouco desse rigor de pesquisa histórica.
Esse livro passou pelo sentimental. Eu quis fazer uma visão muito pessoal de toda essa jornada, a premissa nunca foi fazer uma “biografia autorizada”. Eu tentei fazer uma narrativa bem despojada, quase uma tentativa de crônica, para contar essa história. Eu ia escrevendo tudo muito rápido, cheio de erros, e fiz um “rascunho do inferno” (risos). Mas aí eu conheci no Twitter a tradutora dos livros de Neil Peart no Brasil, a Candice Soldatelli. Começamos já trocar figurinhas e um belo dia eu resolvi sujeitar o que eu estava escrevendo para ela dizer o que achava, se estava prestando ou não. Passaram-se alguns meses e ela muito gentilmente me retornou, disse que tinha lido e que estava muito bacana. Disse que era um privilégio poder saber daquelas histórias todas e que tinha certeza que muita gente gostaria de ler isso também. Então decidi me aprofundar e refinar um pouco mais, para sair daquele “rough” bagunçado. Aí veio a pandemia e foi quando eu pude fazer essa imersão de uma forma mais intensa e objetiva, pude tentar achar um flow para a história.
Você se referenciou no livro de algum outro músico brasileiro ou internacional, seja em termos de estilo, conteúdo ou estrutura?
Eu aproveitei algumas experiências, guardadas as devidas proporções, de algumas coisas que eu li, e que até faço menção nos agradecimentos no livro. É o caso da biografia do Bob Dylan, em que ele fala sobre coisas totalmente banais, tipo “eu estava andando e dei uma topada numa pedra”, mas dito pelo Bob Dylan isso ganha um outro sentido (risos). Porque ele é aquele cara genial, que escreveu aquelas músicas espetaculares, mas que ao escrever sobre coisas tão triviais faz até a gente acreditar que ele é um cara normal, né? (risos) Imbuído desse espírito, eu tentei – mais uma vez, guardadas as devidas proporções – fazer esse tipo de narrativa. Mas não tem tanto esse teor de querer agradar, e sim tentar dar um formato, um ritmo para essa escrita que ajudasse a contar minha jornada incrível na música, sempre desse ponto de vista pessoal. Porque eu não queria falar em nome da banda, sabe? O tempo todo estou deixando claro que são as minhas lembranças, é o que eu estive vendo ali do banquinho da bateria. Tanto que um dos nomes prováveis do livro era “Atrás dos Tambores”. Nos meus livros sobre a Segunda Guerra, eu me inspirei muito no Eduardo Bueno, que tem isso de tirar a história do arcabouço academicista e torná-la pop, deixar a história mais palatável. O Laurentino [Gomes] também fez isso. Então, os meus livros sobre a Segunda Guerra tentavam trazer essa participação do Brasil para as pessoas que não a conhecem. E no fim o “1942” virou um sucesso de vendagens. Pra esse primeiro livro sobre música, eu busquei ainda mais esse tom coloquial, e o pessoal da editora me ajudou muito a formatar isso.
Quando te entrevistei em 2013, você falou que ficou insatisfeito com a biografia que o Jamari França escreveu, “Vamo Batê Lata”. Mesmo esse seu livro tendo nascido sem a pretensão de ser uma biografia oficial dos Paralamas, você procurou compensar alguma lacuna que você acha que foi deixada por aquela primeira obra?
Posso dizer com toda a sinceridade que, apesar de eu não ter gostado muito do livro do Jamari, acho que ele tem os seus atributos. Até hoje a gente autografa exemplares desse livro, os fãs sempre trazem. Acho que o que eu quis te dizer na época não era alguma coisa depreciativa, era só uma questão de não ter gostado muito da maneira como ele foi escrito. A narrativa dele me parecia um pouco cacoete, mas acho que isso passou ao largo para muita gente. Os fãs gostam dessas narrativas, ao que parece. A gente foi muito generoso com ele ao abrir as nossas lembranças, concedemos horas e horas e horas de depoimentos e material pessoal, de imagens, de tudo, e talvez a gente tenha criado uma expectativa maior, né? O resultado final realmente não correspondeu muito, acho que tem muitos dos cacoetes do Jamari no texto, mas eu quero deixar claro que o livro dele tem o seu valor. Eu soube inclusive que ele está querendo fazer um relançamento, e estou tentando ajudá-lo nesse sentido. Porque precisa de um adendo, muita coisa já aconteceu desde a hora em que o livro saiu.
Tem o livro do Jamari, o seu, o documentário “Herbert de Perto”, outro documentário que é o “Os Quatro Paralamas”… Depois de mais de 40 anos de estrada, é inevitável esse revisionismo, e até bem-vindo. Mas a pergunta é: e o futuro dos Paralamas? Em tese, vocês têm uma obra mais que suficiente para “justificar” não gravar mais nada. Dá pra fazer turnê de 100 anos da banda (risos). Ainda assim, imagino que tenha algo que fica aí puxando por dentro, pensando em como a banda se reposiciona nesses tempos tão diferentes de outros que vocês já viveram.
Isso é um desafio muito interessante para qualquer artista e banda com essa longevidade, né? Como uma resposta bate-pronto, eu diria que a gente jamais gostaria de medir o que a gente poderia realizar de novo com o nosso sucesso pregresso. É outro momento histórico, a gente vive uma outra realidade de como a música é difundida e tudo mais. Aos moldes dos artistas e bandas com essa longevidade, a gente vai fazer o que consegue com o que a gente tem em mãos. A gente está se ressentindo de não ter conseguido fazer esses encontros para compor, levar um som. Desde a pandemia que a gente não consegue, porque a gente está numa maré de trabalho muito intensa, como não via há muito tempo. A gente está fazendo muito show, aproveitando essa maré a nosso favor. A gente ainda não conseguiu salvar um tempo para se reunir e compor o material inédito, e a gente está se devendo isso pra nós mesmos. O Herbert deve estar lá, cheio de ideias que a gente quer formatar, e é um processo muito prazeroso, a gente só precisa ir lá e mexer nele para poder acontecer. Vejo como muita gente equivocadamente comparando o nível de sucesso do rock brasileiro com outras vertentes musicais mais populares, insistindo numa ideia um pouco enviesada de que o rock brasileiro não tem mais renovação. Mas aí de repente você vê a turnê dos Titãs enchendo estádios, você vê os festivais de rock vendendo todos os ingressos meses antes da realização… Vamos tocar no Coala, tocamos no Lollapalooza pela primeira vez e parecia que a gente tinha feito o Rock in Rio de novo, foi um negócio de louco, uma verdadeira redescoberta dos Paralamas, impactou até na demanda de shows. Na essência, os Paralamas são uma banda de estrada: a gente gosta de fazer show, de viajar e tocar e encontrar uma plateia, seja um mega evento ou um salão para mil pessoas. A gente se sente muito dono da nossa bola no palco. Por outro lado, também fomos cuidadosos para não criar fama e deitar na cama. Por isso, vejo que, depois de 40 anos, aquelas plantinhas que a gente foi regando virarem árvores; Ano passado eu tive um insight que nos levou a remixar o primeiro disco, que era algo do qual a gente não gostava muito, achava meio incipiente, feito às pressas. E foi uma surpresa incrível o que a gente descobriu: que éramos uns moleques de 20 e poucos anos querendo comer a bola (risos). Para a nossa sorte, ele foi muito bem digitalizado, então quando a gente meteu o dedo no multitrack, deu pra melhorar o disco sem descaracterizá-lo. Com isso, a nossa percepção do “Cinema Mudo” mudou, vimos que ele é um excelente primeiro álbum! Esse tempo decorrido acaba botando as coisas no lugar. Tipo, a gente não quer brigar com o nosso sucesso pregresso, né? Muito dificilmente vamos fazer uma música que vai ficar tão conhecida quanto as que já fizemos, mas isso não é mais a questão, não é mais o foco.
Você já tem uma carreira de escritor. Depois desse livro, se vê, talvez, fazendo algo sobre um outro músico, sobre um determinado período ou estilo?
Eu acho difícil, porque eu teria que parar o meu trem para fazer isso, né? Tipo, parar pra valer. Acho que, em matéria de pesquisa musical, se eu tivesse tempo e dedicação e alguma coisa realmente estivesse me consumindo nesse sentido – tipo, “eu preciso falar muito sobre a história do Milton Banana, o grande baterista brasileiro”, algo assim – talvez eu me animasse. Mas eu não tenho muito esse ímpeto no momento. O que estou tentando agora seria um segundo tomo dessa narrativa, porque eu fiz uma espécie de um falso epílogo nesse livro, parando logo depois do acidente do Herbert. Mas tem uma nova história depois, um novo começo. Como se fosse um título da saga do Star Wars (risos). Dependendo da colheita deste livro, talvez eu consiga me motivar a contar os últimos 22 anos, sobre os quais tem muita coisa para falar também. A gente está há mais tempo com o Herbert depois do acidente do que antes, né? É uma espécie de segunda vida, realmente, com tudo o que aconteceu. Talvez eu consiga mais facilmente me dedicar a continuar essa narrativa.
– Leonardo Vinhas (@leovinhas) é produtor e assina a seção Conexão Latina (aqui) no Scream & Yell.