Três vídeos: Os “Amigos Invisíveis” de Edgard Scandurra no Sesc Pompeia

texto e vídeos por Marcelo Costa

Em 1989, logo após a tríade inicial clássica de álbuns de sua banda, o Ira! (a saber: “Mudança de Comportamento”, “Vivendo e Não Aprendendo” e “Psicoacústica”, de 1985, 1986 e 1988, respectivamente), o guitarrista, eventual vocalista e compositor Edgard Scandurra adentrou o estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro, ao lado do produtor Paulo Junqueiro, e tocou guitarra, violão, baixo, bateria, sintetizador, órgão, percussão, violino e metalofone contando com a participação da então esposa, Taciana Barros (Gang 90), tocando piano em apenas uma canção, mas dividindo com ele a autoria de três músicas do que viria a ser “Amigos Invisíveis”, a estreia solo de Edgard (sem que ele saísse do Ira!, algo meio incomum na época).

Lançando numa pausa do Ira!, “Amigos Invisíveis” se tornou um álbum cult pelo fiel fã clube da banda, ainda que muitos temessem que o disco causasse o fim da banda. Quando finalmente ganhou reedição em CD, em 2001, Edgard achou o som datado. “Tem muitas coisas que eu fiz ali que hoje não faria mais. Mas é importante esse resgate do rock brasileiro”, contou em entrevista ao Scream & Yell. Em 2009, festejando os 20 anos do disco, Edgard reuniu um time de convidados (Fernanda Takai, Guilherme Arantes, Zélia Duncan, Jorge du Peixe e Barbara Eugênia) para recriar o álbum ao vivo (que rendeu o CD e o DVD “Edgard Scandurra ao Vivo“) e passou a revisitar o disco de cinco em cinco anos (sobre o show de 30 anos você pode ler aqui)

Para marcar a data de 35 anos do lançamento original de “Amigos Invisíveis” em 2024, Edgard se reuniu novamente com o mesmo grupo de apoio de cinco anos atrás: Rodrigo Saldanha firme na bateria, o grande Fábio Golfetti (Violeta de Outono) na guitarra além de Taciana Barros (órgão, vocais, guitarra e metalofone) e do filho dos dois, Daniel Scandurra, que aparece recém-nascido na contra-capa do álbum original de 1989, é homenageado em uma bela canção (“Bem Vindo, Daniel”) e agora assume o contrabaixo. O show é praticamente idêntico ao de cinco anos atrás… e muito, mas muito bonito. De diferente apenas uma cover do Ira!, “Invisivel DJ”, no bis, e as projeções. Abaixo, três vídeos dessa noite especial e a espera para que daqui cinco anos, em 2029, estejamos todos reunidos novamente festejando 40 anos deste belo disco.

– Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne. A foto que abre o texto é de Camila Macedo. Veja outras fotos do show no Instagram do Sesc Pompeia.

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