15 anos atrás, Danilo Corci e Ricardo Giassetti decidiram fazer uma pergunta: e se um disco virasse literatura? Nascia a Mojo Books, primeira editora 100% digital do Brasil, que de dezembro de 2006 até dezembro de 2012 explorou de maneira diversificada essa possibilidade, lançando mais de 130 volumes de livros inspirados em discos.
O Scream & Yell tem a honra de republicar os livros da Mojo em seu aniversário de 15 anos buscando manter o acervo da editora online (enquanto também estivermos online). Toda segunda, um livro da Mojo novo sobre um disco! O décimo-quarto volume da série (os anteriores estão aqui) tem como inspiração o primeiro volume da compilação do Bauhaus (“1979/1983”), recontado por Heitor Werneck.
Lançado no formato de vinil duplo em 1985, “Bauhaus 1979–1983”, coletânea da banda inglesa, reunia 23 músicas. Para a versão em CD, lançada em 1986, o grupo de Daniel Ash, Peter Murphy, Kevin Haskins e David J optou por dividir a coletânea em dois volumes, com 14 canções no volume 1, tema desse Mojo Book, e mais 17 no volume 2. Baixe o PDF ou leia online!
BAIXE O MOJO BOOK 014 EM PDF AQUI
Não lembro mais. E é tão boa essa sensação, de não lembrar. Só ajo por instinto, sem culpas nem artimanhas. Apenas instinto. Quando sinto fome, encontro algo para comer. Mas se as lembranças me escapam, porque lembro de sentir fome? E como sou capaz de procurar abrigo? Loucura, acho. Mas no meu universo de programações cerebrais não sobraram apenas funções fisiológicas e sociais: restam algumas linhas de pensamento.
Hoje vi num pedaço de jornal que vivo num mundo novo. Um novo mundo, surgido da destruição do velho mundo. Quanto romantismo! Sabe? Tenho esse gosto por formular frases de efeito. Dejá vu de algo de que não me lembro. Não lembro mais.
Foda-se! Deixe-me apresentar para mim mesmo. (Hahahaha! Será que alguém escuta minha voz interior? Sou um ótimo companheiro da minha própria pessoa.) Prazer, meu nome é… Não. Me chame da porra que quiser! Ainda estou de barriga cheia, não vou te comer mesmo, ou fazer sei lá que merda que você deve estar pensando. Portanto, dispensemos essa apresentação e vamos ao que interessa.