Em 1998, a banda Fellini, ícone do pós punk nacional oitentista, se reuniu para uma mini turnê. O grupo paulistano, que durante as apresentações contou com Cadão Volpato, Thomas Pappon, Tancred Pappon, Jair Marcos e Reka Ortega, fez então shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Da apresentação candanga, realizada na Caixa Cultural, saiu um registro em vídeo. Vinte anos depois, ele pode ser apreciado por parceiros e fãs.
O material é inédito para a banda, que “até então não tinha bons registros ao vivo”, como comenta Wilton Rossi, responsável à época pela produção do show de Brasília. “Esse é um raro momento bem registrado”. Intitulado “O Último Adeus de Fellini”, o resultado em vídeo representa a chance de ver a banda em ótima forma, fazendo um show com muito prazer e se divertindo no palco – contrapondo o som melancólico com ares de Joy Division que caracterizou a banda.
Filmado em Brasília no dia 18 de dezembro de 1998, o show ficou guardado em fitas VHS e Super VHS por todos esses anos. No início de 2018, o material foi editado e digitalizado. Agora, a gravação ao vivo será projetada em diferentes lugares do Distrito Federal e pretende se espalhar pelo Brasil. Disponível online e na íntegra pelo canal oficial do selo candango Quadrado Mágico, “O Último Adeus de Fellini” é um presente para todos aqueles que já se sentiram tocados pela obra dessa banda cultuada.
Todos os discos do Fellini podem ser ouvidos e baixados no Bandcamp
FICHA TÉCNICA
Produção: Zefel Coff
Produtores associados: Inspira Filmes, J. Negreira produções e Karibu Cinema
Produção executiva: Zefel Coff, Inspira Filmes, Wilton Rossi, Quadrado mágico
Roteiro: Wilton Rossi e Zefel Coff
Imagens: Zefel Coff, Henrique Fróes e Jackson Sena
Direção e edição: Zefel Coff
Auxiliar de edição: Wilton Rossi
Fotografia: Zefel Coff e Leandro G. Moura
Tratamento de som: Hi-Fi Studio
Tratamento de cor: Leandro G. Moura
Incrível um lançamento inédito desses !
Um ano antes de eu nascer eles se despediam dos palcos, tomara que eu consiga escutar esse som algum dia, ao vivo claro, porque em vinil eu já tenho todos eles.
Demais!!!! Ufa!!! Finalmente um super Registro do Trabalho de uma Banda que marcou Época e inspirou toda uma Geração. Os Coroas aqui em casa estão super felizes!!!!!
Lá no fundo sempre achei o Fellini uma banda supervalorizada em excesso pelo camaradismo dos jornalistas Paulistas da bizz, uma pequena confraria cheia de preconceitos e soberba.
Show excelente!!
Fellini é outra banda que daria uma bela coletânea e só. Incensada por criticos da Bizz que eram também músicos de bandas under under grounds e que morriam de dor de cotovelo de bandas que eles chamavam torcendo o nariz de mainstream. Super estimada além da conta. E o engraçado é que a gente vê o vídeo e percebe uma banda ruim de palco que dói.
Ismael, eu reconheço também que sempre tive muita dificuldade com o Fellini. Às vezes, tenho a impressão que era coisa da época. Eu era garoto, lia a Bizz, imaginava uma série de coisas sobre o som, e quando comprei discos, fiquei com a sensação de ter jogado meu dinheiro fora. Há, sim, boas canções, a maioria delas desperdiçadas em discos de produções precárias (acho que só o “Amor Louco” tem um som bom, em termos de estúdio).
Aliás, essa discrepância entre o que imaginava a partir da leitura e o que se ouvia era bem frequente comigo em relação aos textos da Bizz. Me lembro de vários textos do Alex Antunes sobre umas loucuras tipo Clock DVA e afins, e quando eu finalmente ouvi… não batia.
Mas voltando, acho que o Fellini tem mais peso de memória afetiva e mito de época que estofo musical (mesmo sabendo que muitos amigos cujo opinião valorizo pensam diferente).
Tá bom, Mario Marques, pode parar de escrever com pseudônimo.