por Herbert Moura
“007 Casino Royale”, de Martin Campbell (2006)
Após quatro filmes com Pierce Brosnan protagonizando o agente mais famoso do cinema, em 2006 Daniel Craig assumiu o papel de James Bond para começar uma sequência de quatro filmes. Nessa primeira história, o principal vilão da trama é Le Chiffre, interpretado muito bem pelo ator Mads Mikkelsen. Nessa terceira adaptação de “Casino Royale” (a primeira aconteceu em 1954 e a segunda em 1967), Craig teve uma atuação fantástica e foi muito bem elogiado pela crítica. Além de Craig e Mikkelsen em ótima fase no longa, a atriz Eva Green, que faz o par romântico de 007 nesse filme, teve uma sintonia muito boa com o protagonista, o que adicionou ainda mais para melhorar a qualidade desse “Casino Royale”. Em uma das cenas mais emblemáticas do filme, James Bond joga uma partida de Texas Hold’em, a modalidade mais jogada desse esporte, em uma cena de alguns minutos que tem o poker como pano de fundo um momento importantíssimo no filme. Com um filme pouco clichê e duas horas de muita ação, é uma das melhores produções da saga.
Nota: ***½
“007 Quantum of Solace”, de Marc Foster (2008)
O segundo filme de Craig na pele do agente 007 não teve o mesmo sucesso de crítica do primeiro, tendo recebido uma nota considerável média no site IMDB, por exemplo. O estilo do “Quantum of Solace” é bem diferente do “Casino Royale”. Se no anterior as cenas principais eram antecipadas de muita conversa inteligente e diálogos, nesse a ação predomina na maior parte do filme. E há tipos de perseguições de todos os gostos, incluindo barco, carro, moto e avião. O lado explosivo do longa é o maior atrativo, com Craig em movimento o todo tempo. No entanto, há alguns pontos que deixam a desejar, como o principal vilão. Interpretado por Mathieu Amalric, o algoz Dominic Green é sem muita expressão, o que perde o potencial de cenas que poderiam ser bem melhores. Para quem esperava uma grande sequência após o “Casino Royale”, o “Quantum of Solace” deixa a desejar. No entanto, se for assistir sem muitas expectativas e sabendo que se trata de um filme em que a ação fala mais alto, vale a pena ver.
Nota: ***
“007 Skyfall”, de Sam Mendes (2012)
Tudo começa com a trilha sonora espetacular, que rendeu o Oscar para a cantora Adele. “Skyfall”, música que leva o nome do filme, tem um encaixe simétrico com a produção, e torna a experiência de assistir ainda melhor. O clichê passa longe dessa produção. 007 leva um tiro no início, uma explosão no centro de Londres e outros acontecimentos que surpreendem. Nesse filme, o agente precisa encontrar um disco rígido que contém todas informações sobre outros agentes infiltrados da MI6, e isso gera uma perseguição incrível. Craig tem a melhor atuação como Bond. Mais confortável na pele do agente, o ator mostra muita maturidade e ainda um físico privilegiado para realizar cenas icônicas. “Skyfall” cumpre bem o papel de um filme que consegue mesclar muito bem história, ação e diálogo numa trama que prende a respiração de quem assiste do começo ao fim. Além disso, há um toque de humor e inteligência em muitas frases que mostram o talento do diretor Sam Mendes — mesmo de “Beleza Americana” (1999). Após quatro anos de hiato entre uma produção e outra, valeu a pena para os fãs que esperaram tanto tempo para um novo 007.
Nota: ****
faltou dizer que o Quantum of Solace já começa mal com uma parceria que não deu nada certo: Jack White e Alicia Keys.
Hehe, verdade
3 otimos filmes, cada um a sua maneira.
Craig é o melhor 007 que ja vi, sem duvida.
Já o Spectre nao gostei tanto, nao é tão memorável quanto Cassyno ou Skyfall.
Pra quem gosta de filmes de ação como estes recomendo Miami Vice vom Farrel. Excelente também.