por Marcelo Costa
Quando esteve em São Paulo, em março, e se apresentou no Tardes Scream & Yell na Sensorial Discos, o músico Tiago Guillul recomendou que déssemos atenção a uma série de documentários produzidos pela Antena 3 acerca de selos independentes portugueses. No total são seis episódios (com média de 15 minutos cada) que permitem mergulhar na história de selos como FlorCaveira, Lovers & Lollypops, Discotexas, Pataca Discos, Omnichord Records e Rastilho Records.
Fundada em 26 de abril de 1994, a Antena 3 é uma emissora de radiodifusão do Grupo RTP – Rádio e Televisão de Portugal, uma empresa pública com sede em Lisboa. A programação da Antena 3 é baseada na divulgação de novos artistas portugueses, apoiando as novas cenas alternativas que repercutem no cenário local (ao longo dos anos descobriu algumas das mais importantes bandas do país) e, não a toa, tem como slogan o lema “A primeira vez é sempre na 3”.
Abaixo você pode assistir aos seis episódios (da série Antena3Docs, pensados por Rui Portulez e realizados pelo Centro de Inovação da RTP Porto) na integra, mas vale a dica de visitar o acervo da Antena 3 no Youtube, com muita novidade sobre a nova música portuguesa – que a gente aqui no Scream & Yell acompanha mais de perto desde 2010 (ouça nossas mixtapes “Tugas” e “Brasil<3 Portugal” e confira depois o texto “15 canções do pop português“).
– Lovers & Lollypops, editora, selo e produtora que fundada em 2006 e conta com mais de 70 discos lançados – entre eles, discos de Glockenwise, Filho da Mãe, Memória de Peixe, Sequin, Black Bombaim, Jibóia, Duquesa, entre muitos outros projetos.
– FlorCaveira, cuja lema é “Religião e Panque Roque desde 1999”, foi o primeiro dos selos aprofundados no Scream & Yell, que já entrevistou Tiago Guillul, B Fachada, Os Lacraus, Manuel Fúria, Os Pontos Negros, Samuel Úria e Diabo na Cruz, entre outros.
– Rastilho Records, sediada em Leiria, em 1996, por Pedro Vindeirinho, começou por ser uma loja online de venda de cds, vinil, livros e artigos de merchandising de rock, punk, metal e pop. Três anos transforma-se em selo casa de bandas como Linda Martini, Peixe Avião, The Legendary Tigerman, Wraygunn, Xutos & Pontapés, Mão Morta, The Parkinsons, X-Wife, entre muitos outros. É o selo responsável por lançar os discos do Autoramas em Portugal (“Verão”, do disco mais recente do Autoramas, chegou semana passada ao número 2 da parada da Antena 3)
– Discotexas, selo que nasceu em Viseu, quando Luís Clara Gomes se lembra de remisturar The Vicious 5, projeto que, na época, Bruno Cardoso fazia parte). A dupla acabou em festa a cruzar discos, que tropeçavam algures entre a eletrónica e o rock. Hoje, a Discotexas alberga artistas como Justin Faust, Lazydisco, Mirror People, Da Chick, Publicist, Mr Mitsuhirato ou Throes + The Shine.
– A Pataca Discos foi fundada pelo músico e artista plástico João Paulo Feliciano, e tem afirmado a sua personalidade musical através de diversos lançamentos: Márcia, Real Combo Lisbonense, Bruno Pernadas, You Can’t Win Charlie Brown, Tape Junk e They’re Heading West são alguns dos nomes revelados pelo selo discográfico nos últimos anos.
– A Omnichord Records, também de Leiria, dedica o seu espaço editorial a revelar os novos talentos da cidade. Nice Weather For Ducks, First Breath After Coma ou a emergente Surma são alguns dos nomes apresentados ao mundo pelo selo e que ajudam a criar a chamada cena de Leiria