Em 2016, o duo Banana Scrait, de Fortaleza, festeja 20 anos do lançamento de seu primeiro álbum, “Yes, We Have Bananas!”. Para comemorar a data, Andrea Agda e Daniel Arruda decidiram presentear os leitores do Scream & Yell com três kits contendo os três álbuns da Banana Scrait: “Yes, We Have Bananas” (1996), “Voo” (2015) e “Giostra” (2015). Confira aqui entrevista com o duo.

O Scream & Yell ainda irá sortear um quarto kit especial contendo os três álbuns do duo mais 10 CDs (Marcelo Perdido, Murilo Sá & Grande Elenco, Dani Black, Lara e Os Ultraleves, Stilnovisti, Caio Bosco, Regis Martins & Cia Fantasma, Lautmusik, Kelton e Nana Rizzini) e o DVD “Nas Paredes da Pedra Encantada“, sobre a história do álbum “Paêbiru”.

Para participar da promoção basta tuitar ou postar no Facebook a frase chave e não esquecer de colocar o link do tuite ou do post no Facebook nos comentários abaixo (o número do comentário é seu número de sorte). Cada pessoa pode participar com um link de twitter e um link de Facebook (caso tenha dúvida, veja aqui como pegar o link) – apenas um link de cada! A frase:

“Ei, @Screamyell, eu quero ganhar um dos kits de CDs do Banana Scrait! Sorteia eu!  => www.screamyell.com.br/site”

Sorteio: 12/12/2016 via Random!

“Yes, We Have Bananas!”
Gravado em 1996, este álbum é o primeiro do Banana Scrait. A sensação ao escutar o disco com seu ritmo acelerado e canções de curtíssima duração (até para os padrões apressados de hoje) é semelhante à de assistir a um filme de aventura. Some-se a isso uma pegada indie-rock com melodias que grudam instantaneamente na cabeça. O resultado foi uma surpresa para quem achava que do Ceará só vinha forró. À época, o disco teve uma excelente acolhida, possibilitando à banda fazer uma mini turnê de lançamento com shows em SP, no tradicional Espaço Retrô; no Rio, na danceteria Bang e em diversas outras cidades do país. A última faixa do disco é a versão na íntegra da primeira demo tape do Banana Scrait. Ai a pegada é ainda mais crua, nervosa e barulhenta. Quem quiser garimpar o que rolava no rock nacional para além das bandas do mainstream, precisa conferir o que a galera lá do Ceará já fazia em plena década de noventa!

“Voo”
Lançado em 2015, “Voo” fala das questões essenciais: amor, solidão, a passagem do tempo, a consciência da finitude da vida, o silêncio… tudo o que possibilita uma reflexão sobre a nossa existência para nós é importante. Às vezes verbalizado outras vezes expressa em uma melodia… “Voo” é um convite a um passeio. No sentido geográfico porque utiliza em sua maior parte melodias, harmonias sonoridades e andamentos que sugerem um passeio sem pressa de chegar. A proposta é que este passeio seja tão ou mais importante do que o ato final, que é chegar a um destino. A viagem é mais importante que o destino, porque a vida demonstra isso a todo momento. As pessoas vivem correndo sempre com pressa de chegar a um determinado objetivo e quase nunca tem a consciência de que a vida é caminho, não é chegada. A chegada é a morte. O outro passeio proposto é o introspectivo, já que aborda temas como o amor, a solidão, a passagem do tempo, finitude da vida… então esse “Voo“ pode ser um passeio interior pela mente de quem o escuta…

“Giostra”
Mais de um século e meio se passou desde o nascimento do compositor cearense Alberto Nepomuceno (1864-1920), relevante nome da música erudita brasileira que inovou introduzindo a língua portuguesa e o violão no tradicional universo da música clássica, prestigiando novos talentos de sua época como Heitor Villa-Lobos e fazendo parcerias com grandes nomes da nossa literatura. Com o tempo, muito da sua obra foi esquecida. Isso reforça a importância do disco “Giostra”, composto por versões de peças de Alberto Nepomuceno. Gravado simultaneamente a “Voo”, “Giostra” – cujo significado é carrossel em italiano – rompe as fronteiras entre o erudito e o popular. Com arranjos que passeiam pelo universo pop, folk e indie, misturando elementos da música clássica e do rock com pitadas de psicodelia, a ideia de homenagear o maestro surgiu por meio da suposição de como estaria Alberto Nepomuceno no cenário atual, ou seja, inserido em um universo de infinitas possibilidades sonoras.