por Marcelo Costa
Como era de se esperar, Taylor Swift fez a rapa no Billboard Music Awards 2015 levando pra casa oito estatuetas (das 14 a que tinha sido indicada), repetindo o feito de 2013, quando também ganhou oito prêmios (lá pelo álbum “Red”, aqui pelo disco “1989”). Ao receber a primeira estatueta da noite, Taylor repetiu o discurso de 2013, agradecendo aos fãs “que entenderam a aceitaram a minha mudança de som”.
O (agora) quarteto britânico One Direction levou dois prêmios, o melhor artista em turnê (batendo Rolling Stones e Katy Perry) e também o melhor duo ou grupo. Outra estrela da noite, Iggy Azalea levou três estatuetas (melhor artista de rap, música de rap e melhor artista em streaming), mesmo número que Sam Smith (melhor artista masculino, artista revelação e melhor artista de canções de rádio). Pharrell também ganhou dois prêmios e o Coldplay foi premiado como melhor álbum de rock.
A festa começou quente com o Van Halen tocando o hino “Panama” e o Fall Out Boy, acompanhado do rapper Wiz Khalifa, mostrando a música “Uma Thurman”. Entre os destaques nas apresentações da noite, Mariah Carey arriscando quebrar taças de cristal com “Infinity”, Meghan Trainor (a Adele deles) num bom dueto com John Legend, e “Pretty Girls”, aguardado dueto de Britney Spears com Iggy Azalea. Homenagens para a trilha sonora da série Empire e a Paul Walker fizeram a para B. B. King parecer um grande improviso.
Ainda que liderasse as indicações, Taylor Swift não conseguiria bater os recordes de Janet Jackson (em 1990) e Whitney Houston (em 1993): ambas faturaram 15 prêmios! Usher ganhou 14 prêmios em 2004 e Adele levou 12 pra casa em 2012. Dos 14 deste ano, Taylor levou 8. Mesmo assim, não deixa de ser impactante a forma com que a garota (com apenas 25 anos ainda) vem se transformando na nova Rainha do Pop.
O primeiro sintoma de que a noite seria de Taylor Swift foi o lançamento bombástico de seu novo videoclipe, “Bad Blood”, com participação do queridinho da crítica, Kendrick Lamar. Quarto single do álbum “1989” (os outros foram “Shake It Off”, “Blank Space” e “Style”), “bad Blood” ganhou um clipe repleto de participações especiais e, em menos de 24 horas, já passou de 1 milhão de views no Youtube (assista no fim do texto).
Dirigido por Joseph Kahn e produzido pela própria cantora, o vídeo conta com uma batalha entre Taylor Swift e Selena Gomez, com participações de Zendaya, Ellie Goulding, Hayley Williams (Paramore), as modelos Cara Delevingne, Cindy Crawford, Lily Aldridge, Gigi Hadid e Martha Hunt e as atrizes Mariska Hargitay, Ellen Pompeo, Lena Dunham, Jessica Alba, Hailee Steinfeld e Serayah.
Após o clipe, Taylor chamou o Van Halen para o palco e subiu mais oito vezes para pegar uma estatueta do Billboard Music Awards 2015: Melhor Artista do Ano, Melhor Artista Feminina, , Melhor Artista no Billboard 200, Melhor Álbum no Billboard 200 (1989), Melhor Artista no Hot 100 da Billboard, Melhor Artista no Top Digital, Melhor Canção em Streaming (”Shake It Off” ) e Voto Popular (onde derrotou Iggy Azalea e Meghan Trainor).
Dois dias antes, Taylor Swift havia reinado no palco do Rock in Rio USA, apresentando-se (com playblack) diante de 42 mil pessoas com um repertório de 17 canções praticamente focado em “1989”: foram 13 canções do álbum mais duas do disco “Red” (“I Knew You Were Trouble” e “We Are Never Ever Getting Back Together”), apenas uma de “Fearless” (“Love Story”) e um dueto com Ed Sheeran numa música dele, “Tenerife Sea”.
Uma pesquisa com o público de um canal de TV brasileiro apostava em Katy Perry como vencedora da categoria Melhor Artista, mas Taylor Swift levou a estatueta. Rainha absoluta do Pop atual nos Estados Unidos, se a moça de West Reading, na Pensilvânia, quiser o trono mundial, vai ter que trabalhar o público em outros países. Para isso, já está mais do que na hora de uma turnê da cantora pela América latina. Será que demora? Ou os boatos de proibição materna de shows em países de terceiro mundo, desmentidos logo depois por um representante da cantora, serão verdade? Os fãs aguardam… ansiosos.