por Pedro Brandt
Um dos nomes mais originais surgidos no rock brasileiro na última década, a banda curitibana Charme Chulo liberou para download e audição online, em 1º de novembro, seu terceiro álbum, “Crucificados Pelo Sistema Bruto” – disco duplo que traz no título referência tanto a Ratos de Porão e seu clássico LP de estreia, “Crucificados Pelo Sistema” (1984), quanto a Chitãozinho & Xororó (paranaenses como o Charme Chulo) e seu CD “Aqui o Sistema é Bruto” (2004).
No novo disco, a banda liderada pelos primos Igor Filus (vocal) e Leandro Delmonico (guitarra e viola) entrega – entre a acidez e o bom humor, o existencialismo e o deboche – um disco conceitual repleto de atentas observações cotidianas e sagazes críticas de costumes.
Ao longo das 20 faixas do álbum, o Charme Chulo dá continuidade ao rock caipira que fez a fama do quarteto (uma cruza entre The Smiths e Tião Carreiro & Pardinho) e amplia seu leque de referências, passando por sonoridades de funk carioca, reggae, axé, polca, música de karaokê, eletrônica e tantos outros, apontando possíveis diálogos entre esses gêneros musicais.
Assim como os discos “Charme Chulo” (2007) e “Nova Onda Caipira” (2009), “Crucificados Pelo Sistema Bruto” também ganhará edição em CD, com lançamento marcado para dezembro. O disco foi produzido por Rodrigo Lemos (ex-A Banda Mais Bonita da Cidade) e viabilizado por financiamento coletivo. A discografia do Charme Chulo pode ser baixada gratuitamente em charmechulo.com.br.
Em entrevista, Igor Filus e Leandro Delmonico contam detalhes sobre a produção do álbum duplo e o momento atual da banda.
Como nasceu o conceito do “Crucificados Pelo Sistema Bruto”?
Leandro: O que posso dizer é que, antes mesmo do “Nova Onda Caipira”, estávamos falando do clássico “Crucificados Pelo Sistema”, do Ratos de Porão, e eu soltei uma brincadeira: “Acontece que, no caso do Charme Chulo, estamos crucificados pelo sistema bruto”. A partir daí, criamos um universo e o conceito começou a surgir.
Igor: O Charme Chulo é uma banda conceitual por essência e este disco novo evidencia esse aspecto do grupo. A ideia deste terceiro álbum surgiu antes mesmo do segundo, mas sabíamos que era cedo para tal incursão. E, naturalmente, como se estivéssemos prevendo os fatos, este disco acabou caindo como uma luva para este momento. Se você tem uma banda que se preza de verdade e chega ao terceiro disco, significa que você tem algo muito importante a dizer e chegou a hora de evoluir, é o momento pra isso, sua estrada inicial te dá este aval. Então nos sentimos quase como predestinados e responsáveis em ampliar a incursão da viola caipira no universo satélite do rock, como jazz, reggae, surf music, eletrônico, entre outras. Basicamente, almejamos o primor do “Álbum Branco” (Beatles) e a unidade da salada musical do “Sandinista!” (The Clash). Não foi fácil. Então aí está, a obra que mais justifica o nome e a essência da banda.
As 20 faixas do álbum somam 74 minutos, poderia caber num único CD. Por que lançar em CD duplo (sabendo que isso encareceria a produção, o financiamento coletivo, etc.)?
Leandro: O “Crucificados Pelo Sistema Bruto” é um álbum muito conceitual pra gente. Nossa ideia era cometer alguns exageros, a começar pela proposta musical do disco. O fato dele se tornar duplo aconteceu durante o processo de composição e foi uma das coisas menos planejadas. Sabíamos que ele iria demorar pra sair e decidimos incluir mais faixas. Acho que outras duas coisas foram determinantes: a influência de outros álbuns longos (como o Igor citou: “Sandinista!”, do The Clash, e o “White Album”, dos Beatles) e o fato de evitar algum cansaço ao ouvir 20 faixas na sequência.
Igor: Muitos álbuns duplos clássicos do rock cabem em um único CD. A questão está acima disso, somos da escola antiga, então o formato duplo é absolutamente estético (são dois discos ao mesmo tempo e não só um disco longo) e sonoro (por ser muito cansativo ouvir um álbum inteiro de 80 minutos).
De quando datam as músicas mais antigas do álbum? E as mais novas? Alguma música, por algum motivo, acabou ficando de fora?
Leandro: No geral, as composições do disco foram feitas entre 2012 e 2014, mas acabamos resgatando algumas coisas antigas, como a instrumental “Vinho de Mesa” (que fiz na viola há uns sete anos) e “Levante o Vestido” (da nossa primeira demo, de 2003). Entre as novas, destaco “Meu Peito é Um Caminhão Desgovernado”, que teve a letra finalizada poucos dias antes da gente gravar. Temos um jeito muito particular e lento de compor. É muito raro uma música não entrar no disco. “Ninguém Mandou Nascer Jacú” é uma faixa de 2007, que acabou não entrando no “Nova Onda Caipira”, mas fizemos um novo arranjo pra ela e ficou totalmente dentro. A instrumental “Novos Ricos” também entrou no fim do processo.
Leandro, você diria que apresenta no “Crucificados” alguma nova influência como guitarrista ou compositor?
Leandro: Certamente. O Charme Chulo tem muitas possibilidades. No meu caso, acho que consegui desenvolver algumas coisas dentro da nossa maior marca, que é o rock caipira. Os instrumentais de “É Que Ás Vezes (Melhor é Morar na Fazenda)” e “A Viola Foi pro Saco” surgiram num período em que ouvi algumas coisas do Almir Sater, por exemplo. Tento misturar alguns sons distintos como Belle and Sebastian, Tião Carreiro e Creedence em alguns riffs. Na parte das letras, acho que me apropriei mais dos noticiários e redes sociais do que da literatura e poesia. O mundo real tá aí, cheio de inspiração pra quem souber colher. A letra de “Quem Vai Carpir o Lote?” e “Meu Peito é Um Caminhão Desgovernado” mostram um pouco disso. No caso desse último álbum são inúmeras influências, pois cada música tem um universo particular. Sem contar que brincamos com fogo corriqueiramente, haha!
E você, Igor, diria que no álbum pôde exercitar alguma nova influência enquanto letrista? E quem você citaria como seus letristas e escritores favoritos? Ainda sobre esse assunto, como nascem as letras do Charme Chulo?
Igor: Acho que a mais nobre experiência que pude exercitar neste disco, quanto às letras, foi a faixa “Multi Stillus”. O melhor processo do Charme Chulo é: pego um riff bom do Leandro, desenvolvo harmonia e melodias em inglês falso e depois adéquo ao máximo o tema e a letra em português com o clima da música (isso é muito importante pra qualidade final). Só que no caso de “Multi Stillus”, baseado naquele sentimento bem Tom Zé, do quanto a canção está morta, do quanto precisamos entender os novos valores de novos tempos, cheguei à conclusão de que a melhor forma para comunicar o que eu queria era deixar a letra em “português falso”. Isso acontece na parte do rap de “Multi Stillus”, misturei línguas, criei línguas inexistentes, uma desconstrução total e anárquica do formato tradicional, que acabou dizendo muito mais do que se fosse uma letra normal. Sou um leitor nanico, fico com os clichês da juventude, como Dalton Trevisan, Thomas Mann, Aldous Huxley, George Orwell, Oscar Wilde, Dostoievsky, Salinger… Ian Curtis, Renato Russo, Jim Morrison, Morrissey… deus me perdoe se esqueci de alguém.
Vocês conseguem apontar as suas favoritas do “Crucificados”?
Leandro: Gosto das músicas que sintetizam a banda e – ao mesmo tempo – acompanham o disco. “É Que às Vezes”, “Ninguém Mandou Nascer Jacú”, “Dia de Matar Porco”, “Fuzarca” e “Carcaça Sensacional” são bons exemplos para mim. Me apego muito às músicas que acabam ficando no repertório da banda, pois tenho uma ligação muito forte com os shows do Charme Chulo. São músicas que já nascem prontas. Mesmo assim, algumas músicas mais conceituais, como “Meu Peito é Um Caminhão Desgovernado” estão surpreendendo bastante.
Igor: “Multi Stillus”, já comentada, “Dia de Matar Porco”, pelo tema vegetariano em pleno país do churrasco, e também “Vale a Pena Morrer Pelo Protesto”, porque pra mim a piada fica vazia quando um assunto sério e cabeludo é desprezado, típica atitude que reflete o baixo nível educacional de um povo. Apesar de todo o humor, este é o disco mais sério que já fizemos.
Como vocês comparam a produção dos dois primeiros discos com o terceiro?
Leandro: Considero a produção do último disco madura e realista. O primeiro é muito romântico, mas ainda estávamos aprendendo muita coisa sobre gravação. No segundo disco rolou o lance de compor muito rápido, o que contrariou um pouco o curso natural das coisas. “Crucificados Pelo Sistema Bruto” traz a liberdade de composição das nossas primeiras gravações somada à experiência de estar no terceiro álbum. Queria um disco mais vivo, com uma história e tal. O Charme Chulo é muito torto para buscar alguma formula ou referência restrita de gravação. Nossa única solução é enfiar o pé na jaca e ser feliz!
Igor: Façam minhas as palavras do Leandro.
Produzir um disco com ajuda de financiamento coletivo deve ser tenso. Como foi a experiência para vocês?
Leandro: O Igor acabou cuidando mais do financiamento coletivo. É algo muito diferente mesmo. A grande maioria do recurso veio da verba dos fãs. Procuramos atender os prazos e no fim do processo de gravação a coisa ficou mais tensa, pois chega um momento que dá vontade de se estender e você precisa pensar duas vezes, tanto pela verba quanto pelo prazo.
Igor: Está sendo a experiência mais desgastante e ao mesmo tempo recompensadora da minha vida. São muitos detalhes e você tem que ter muita humildade e profissionalismo pra ficar algo realmente legal ao final. Criamos um vínculo de cumplicidade e parceria com as pessoas mais especiais que já tivemos a chance de conhecer, os entusiastas mais gentis e os fãs mais queridos e apaixonados que uma banda pode almejar. Na prática, conseguimos 80% do valor, R$ 24 mil, o restante foi financiado por Anselmo Rzesnik (“açougueiro” em polaco), personagem e alterego charmechuliano da música “Dia de Matar Porco”. Ele foi muito, muito gentil também.
Do lançamento de “Nova Onda Caipira”, em 2009, pra cá, a banda trocou algumas vezes de formação. Quem passou pela banda nesse meio tempo e como vocês chegaram na formação atual?
Leandro: Desde que fundamos a banda em 2003, a cozinha do Charme Chulo passou por algumas alterações. Pouco antes da gravação do primeiro disco, em 2006, encontramos a formação mais conhecida da banda até hoje, com Peterson no baixo e Rony na bateria (ambos gravaram “Charme Chulo” e “Nova Onda Caipira”). Ressalto isso, pois poucas pessoas sabem que o Charme Chulo também teve outro baixista e outros bateristas antes de 2006. Após a turnê do álbum “Nova Onda Caipira”, o Peterson e o Rony tiveram que deixar a banda por questões pessoais. De imediato, chamei o Hudson, baixista conhecido na cena musical de Curitiba. No começo de 2013, o Emanuel Moon, baterista da banda Relespública, gravou a faixa “Coisas Desesperadoras do Rock ‘n Roll” com a gente e também acabou participando do clipe. Ainda no primeiro semestre de 2013, fechamos a formação do “Crucificados Pelo Sistema Bruto” com o Douglas Vicente na bateria, ótimo músico vindo da banda Pallets, de São José dos Pinhais-PR. Entre 2009 e 2011, antes do Hudson no baixo, contamos com o Marano (hoje baixista d’A Banda Mais Bonita da Cidade) e com o Luciano (músico de Londrina).
Igor: Hudson e Douglas não eram apenas músicos, mas também fãs do trabalho da banda, o que facilitou muito a entrada e a adaptação deles ao grupo. Especialmente por este motivo, tocar com eles e tê-los na formação atual é algo mágico e flui muito bem.
Muitas das bandas com 10 (ou mais) anos de estrada enfrentam, com o passar do tempo, a indiferença de parte do público que um dia a acompanhou e da imprensa que um dia deu atenção para ela. Vocês percebem isso?
Leandro: Sou muito preocupado com isso, até porque minha formação é de jornalista. No caso do Charme Chulo, acontece exatamente o contrário. Nos últimos três anos tivemos mais contato com o público paranaense do que em outros estados, é verdade. Mas é nítido o respeito que ganhamos em Curitiba com o passar dos anos, além de não perder resposta e contato com os fãs espalhados pelo Brasil. Prova disso é que a nossa campanha de financiamento coletivo recebeu apoio de 67 cidades diferentes. Acho, inclusive, que a resposta do nosso pequeno e fiel público ao longo destes anos foi o que ajudou a gente a segurar a barra.
Igor: Com fãs cativos e sempre um espaço minimamente satisfatório na mídia, francamente, nós nunca sentimos isso. A euforia do público nos shows atuais de pré-lançamento é a prova cabal. O que acontece, sim, no caso do Charme Chulo, é que nós não somos mais uma novidade para a mídia, como na época do EP de estreia de 2004, quando a mistura inusitada da banda gerou uma incrível badalação de alguns críticos e revistas especializadas.
A banda passou uma temporada em São Paulo. O que a cidade da garoa ensinou ao Charme Chulo?
Leandro: Ficamos em São Paulo durante o ano de 2010. Tínhamos algumas dúvidas sobre qual seria o verdadeiro público da banda, pois alguns produtores e formadores de opinião comentavam que o nosso som era muito acessível e popular, podendo atingir um número grande de pessoas. Foi muito pouco tempo para concluir isso, pois esse não foi o único motivo pelo qual nos mudamos pra cidade (nosso selo, Volume 1, é de lá, inclusive). Apesar disso, minha maior impressão foi de que o Charme Chulo deve continuar buscando a autenticidade, pois – no geral – tudo é muito efêmero e não vale a pena correr atrás do sucesso a qualquer custo, ainda mais quando se tem uma banda que já nasceu para quebrar alguns conceitos, de uma forma ou de outra.
Igor: Independente do seu nível de notoriedade, a arte deve ser sempre o seu objetivo principal e sagrado. Quando você a perde de vista, sendo um principiante ou um artista de muito sucesso, lá no fundo a frustração toma conta e tudo perde o sentido, pros fãs e pra você. A lição mais simples: se você se considera um artista, então seja um artista, em qualquer situação. Isso é o sucesso. E é isso que vai ficar.
Quais os principais desafios de manter uma banda independente ativa e na estrada?
Leandro: O lado financeiro é o que mais pesa, pois a banda não consegue montar uma boa equipe em torno dela e acaba se sobrecarregando. Inclusive, esse excesso de funções foi o que fez o Charme Chulo dar um tempo para compor o terceiro disco. É muito complicado gerenciar os shows, divulgar, cuidar de documentação e ser o mais importante: músico. Organização mínima e coisas pra dizer acho que a gente tem!
Igor: O desafio de todo mundo que tem o seu próprio negócio: manter o equilíbrio da valorização do seu produto versus a procura por ele. No nosso caso: cachês X shows. Pois sem shows, o caixa da banda e dos músicos abaixa e os projetos (discos, clipes, etc.) começam a ser engavetados e os músicos começam a buscar trabalhos paralelos. Mais uma vez, para o artista grande ou pequeno, os “altos e baixos” são inerentes ao mundo artístico, é um trabalhinho bastante instável esse. E nada de férias, seguro desemprego, garantias trabalhistas…
A cena roqueira curitibana (e paranaense também) ficou muito mais conhecida no resto do país nos últimos dez anos. Como vocês enxergar a cena da cidade atualmente? E como o Charme Chulo está nesse contexto?
Leandro: Faz um tempo que digo por aí que Curitiba tem a melhor cena de bandas do país (sem esquecer o Nevilton, que vem representando o norte do Estado com maestria). A diversidade e qualidade que se encontra por aqui é algo raro. Recentemente, tivemos dois bons discos lançados na cidade, os novos de Giovanni Caruso e o Escambau e ruído/mm. É possível citar vários nomes de destaque, pelo menos no âmbito independente. Acontece que não está muito fácil manter boas festas com música autoral por aqui e nas outras capitais do país. O Charme Chulo tem uma posição muito curiosa em Curitiba. Temos uma ótima relação com o cenário e acho que conseguimos o reconhecimento de uma banda que tem 10 anos e – ao mesmo tempo – ainda rola um frescor e renovação do público, pois o rock no Brasil virou algo muito restrito, ao contrário do que muitas pessoas pensam. Ao mesmo tempo em que é fácil gravar e produzir um vídeo, parece que o público cansou de baixar qualquer banda que aparece. É difícil ganhar a confiança do público atualmente.
Igor: Enxergo como a primeira vez na história de Curitiba em que uma quantidade relevante de bandas e cantores superam uma década de vida e passam, juntamente com os novos grupos, a ter uma atividade e uma produção realmente interessantes. Uma cena eclética musicalmente (como sempre foi a característica da cidade) e também de sucessos indiscutíveis, como o caso de Bonde do Rolê, Copacabana Club, A Banda Mais Bonita da Cidade, Karol com K, entre outros.
Quando e como vocês perceberam que viver da banda era apenas um sonho e que teriam que voltar para empregos “formais”?
Leandro: Eu encarei esse dilema por muito tempo. Durante o período que a banda evitou os shows pra compor cheguei a encarar uma boa rotina de trabalho em assessoria e estudos na área de comunicação. O grande problema é que o Charme Chulo ainda é apaixonante pra gente e dá uma boa dose de trabalho (e pouco dinheiro, pra variar). Sempre que a banda volta a lançar eu preciso dar um jeito de dividir as funções e arranjar complementos flexíveis. Esta semana conversamos sobre isso e eu comentei com o Igor que já havia desencanado desse dilema, pois já passamos da idade de desistir dessa vida ou daquela. Dez anos de rock, três discos e um EP mexe com você pra sempre.
Igor: Atualmente, somente eu e Douglas (baterista) temos um trabalho “formal”, fora da área musical. Com um filho pequeno pra sustentar não pude mais depender da vida instável da arte, quando a maior parte da banda voltou pro Paraná, em 2011. Ainda assim, conciliar duas ou três (meu filho) ocupações é algo desafiador, especialmente quando o assunto é lançar um disco duplo! Porém, ironicamente, sem essa mudança o Charme Chulo teria acabado. A expectativa era muito grande e o prazer foi ficando pequeno. Hoje somos uma banda muito mais leve e equilibrada.
– Pedro Brandt (www.facebook.com/pedro.brandt.56) é jornalista e vive em Brasília
Leia também:
– Charme Chulo (2005): “A inspiração vem dos sentimentos mais pesados e íntimos” (aqui)
– Charme Chulo faz rock para dialogar com as grandes massas (aqui)
– Charme Chulo (2009): “A música caipira é só uma das influências da banda” (aqui)
– Festa Scream & Yell #1 na Casa Dissenso: Charme Chulo ao vivo (aqui)
– “Charme Chulo”, o álbum, amplia a equação e vai além de Smiths com viola caipira (aqui)
O disco “Crucificados pelo Sistema Bruto” é ótimo, já um clássico! Para mim, é o melhor do ano. O único disco que, talvez, rivalize com ele é o Encarnado, da Jussara Marçal. Ambos tem muita originalidade. Porém, o disco do Charme Chulo é alto astral, diverso, ousado, cativante etc. A entrevista também ficou muito boa! Parabéns a todos os envolvidos. Entristece perceber que uma banda com raro talento precisa se desdobrar para conseguir desenvolver seu trabalho. Mas produzindo essas pérolas, como o Crucificados pelo Sistema Bruto, nada será páreo para eles! A qualidade irá prevalecer.
Ajudei a financiar com orgulho!! Ótimo resultado, mas para mim o primeiro deles continua imbatível.
Conheço os caras faz 11 anos, desde o tempo que eu tb tinha banda em Curitiba. Sempre achei um dos sons mais originais da nossa cena. Ajudei com gosto! Vida longa!