por Arlen Andrade
Formada em Athens em 1994, o Elf Power faz uma mistura de pop, folk psicodélico e rock tendo já lançado 12 albums, 2 EP’s e vários singles – boa parte em parceria com o mítico coletivo Elephant 6. O grupo já fez inúmeras turnês pelos EUA, Japão e Europa, uma delas, em 2008, numa parceria com Vic Chesnutt – e acaba anunciar shows conjuntos com o Neutral Milk Hotel em outubro.
Contando com Andrew Rieger (vocais, guitarra), Laura Carter (teclados, pianos, violino, guitarra slide), Brian Hellium (guitarras), James Huggins (baixo) e Peter Alvanos (bateria), o Elf Power está prestes a lançar novo álbum, e Andrew, membro fundador e compositor principal da banda, conversou com o Scream & Yell por e-mail.
Neste bate papo rápido e divertido, Andrew falou sobre a vida na estrada, sacaneou Britney Spears e adiantou que “Sunlight On The Moon”, o disco novo que chegará às lojas no dia 01 de outubro, traz várias abordagens diferentes. Sobre shows por estes lados, avisou, esperançoso: “Temos tentando tocar no Brasil por muitos anos, e espero que isso aconteça em breve.”. Com vocês, Elf Power.
O Elf Power começou em 1994 e, desde então, muita coisa mudou no mundo da música. Para você, o que mudou em relação ao processo de gravação, lançamentos, e quais são os sentimentos da banda sobre turnês? Você ainda sente prazer com a estrada e todas as coisas envolvidas na promoção de um novo álbum?
Nós ainda gostamos muito de escrever canções, gravar e excursionar, mas precisamos parar de vez em quando, afinal todos nós temos outras coisas em nossas vidas, além da banda que amamos. Acredito que as pausas em turnês e gravações são muito importantes em nossa longevidade como banda. Quando voltamos após um tempo parados, estamos revitalizados mais uma vez.
O Elf Power esteve sempre ligado ao coletivo Elephant 6. Essa conexão parece, inclusive, mais forte com o povo do Elephant 6 do que com o próprio cenário independente como um todo. Hoje em dia, há algo que ainda permanece do Elephant 6 além dos grandes discos?
Sempre será uma relação, uma colaboração de amigos que gostam de tocar nos discos dos outros amigos.
Vocês estão prestes a lançar o 11 º álbum, “Sunlight on the Moon”. A primeira música divulgada me lembrou dos primeiros álbuns da banda. Conte um pouco sobre “Sunlight on the Moon”.
Algumas canções carregam a sensação (de gravação numa mesa) trashy 4 tracky, o que não é muito diferente do som dos nossos primeiros discos. Outras combinam drum machines com tambores reais criando combinações rítmicas interessantes. Algumas foram gravadas por mim em minha casa, com os outros integrantes da banda acrescentando coisas e embelezando-as depois. Outras, como (a faixa título) “Sunlight on the Moon”, foram gravadas ao vivo, com todo mundo tocando junto. Há muito abordagens diferentes no novo álbum, e acho que formou um bom conjunto de canções.
Qual é a sua opinião sobre a disponibilidade de música online, a pirataria e como é a sua relação sobre este assunto com o Elf Power?
Gosto da música que está disponível digitalmente online devido à facilidade de acesso, mas principalmente pelo fato de que música online não deixa resíduos. Por exemplo, quando as crianças enchem o saco de seus CDs da Britney Spears, todos eles acabam no aterro sanitário. Com a música digital isso não acontece…
Como é o processo de composição da banda? Você começa tudo sozinho já pensando em arranjos, e então Laura Carter (multi instrumentista que integra o Elf Power desde a sua criação) e o resto do grupo seguem suas direções, ou você começa com a idéia de letra, melodia e o resto é feito em conjunto?
Costumo levar a música pronta para a banda, e, em seguida, todos juntos colaboram no arranjo.
Quais são as suas expectativas em relação ao lançamento do novo álbum?
A minha expectativa é de apenas viajar pelo mundo tocando as músicas novas esperando trazer alguma pequena alegria para a vida das pessoas. É só o que espero.
O Elf Power sempre tem turnês marcadas na América do Norte e na Europa: é sonhar demais esperar um show de vocês no Brasil? Qual a dificuldade de levar o show para outros lugares?
Temos tentando tocar no Brasil por muitos anos, e espero que isso aconteça em breve. As passagens de avião para o Brasil são caras, o que dificulta. Simplesmente isso. A ideia é que os shows rendam grana suficiente para pagar isso.