por Mac
Ano novo, vida nova. Tô tentando levar a sério. Comecei a correr (de leve, bem de leve), já fiz matricula em um curso no Senac, quero voltar a nadar e não deixar de beber cerveja. Ainda tenho que me matricular na Auto Escola. 2013, meu ano (quase) sabático promete.
“Putas Assassinas”, livro de contos do Roberto Bolaño, repousa aqui ao lado. A meta é ler um texto por dia, mas só vale a partir de amanhã. Os dois primeiros contos são bem bons, mas o terceiro conto, “Últimos Entardeceres na Terra”, merece o cunho de sensacional.
Fui com os amigos Urba até São Caetano conhecer uma loja bacana de cervejas. Comprei quatro rótulos, mas o que mais me chamou a atenção em toda a viagem foi uma bota bico de aço que vi numa lojinha por lá, R$ 50. Ainda volto para busca-la.
Na volta, caminhando pelo centro, me deparei com uma promoção bacana de livros na Banca República, na esquina da São Luis com a Ipiranga (em frente ao prédio em que Caetano e Gil moraram quando vieram para São Paulo). Peguei quatro livros por R$ 39 (dois para presente).
Fazia tempo que eu queria ler algum livro do Reinaldo Moraes, e dei sorte de achar o “Pornopopéia” lá. Também peguei um do Mario Vargas Llosa (“Os Cadernos de Don Rigoberto” – embora tenha me arrependido por não ter pegado “Travessuras da Menina Má” também).
Passei ainda na ótima loja da Martins Fontes, na Dr. Vila Nova (está com várias promoções!) e peguei “No Direction Home”, o livro de Robert Shelton. 50% de desconto, e subi caminhando pra casa (apesar das pernas cansadas pela caminhada de uma hora matutina).
Ouvi Elvis Costello, o Spectacular Spinning Songbook, CD da turnê da roleta (mesmo show que vi no Royal Albert Hall em junho do ano passado) boa parte do dia. Quero ver o DVD e, talvez, escrever resenhas curtas junto aos recém-lançados ao vivo do Led Zeppelin e do Doors.
Também ouvi o primeiro do Transmissor, “Sociedade do Crivo Mútuo”. Gostei bastante e separei uma música para uma vindoura mixtape (a #9). Também separei “Merece Quem Aceita”, uma boa música do disco do Gui Amabis. Baita título.
Bebi duas cervejas hoje, as duas da cervejaria chilena Kunstmann (uma Bock sem surpresas e uma Pale Ale doooce chamada Torobayo), e nenhuma delas me impressionou tanto quanto as três que bebi durante a semana. A de Mel é muito boa.
Bom momento: Lili falando que Marcel Duchamp pendurou na sacada do apartamento da irmã um tratado de geometria para expô-lo ao tempo e às intempéries. Ele queria “desacreditar a seriedade de um livro tão cheio de princípios”, e “ensinar alguma coisa sobre a vida” ao livro.
Quem conta essa história é um personagem do livro que ela está lendo, “2666”, também do Bolaño. Lembrei na hora das obras de Marcel Duchamp que já vi: a latrina e o aro de bicicleta (ambos em Paris) e o sensacional vidrinho com “5 miligramas do ar de Paris”, em Roma. Gênio.
Fato surpreendente do dia: liguei para a Claro de manhã e para a Net à noite, e consegui resolver os dois problemas que eu tinha (na Claro precisei insistir um pouco mais, mas nada que atingisse minha gastrite).
Tenho que pensar em textos para colunas (isso sempre me dá preguiça), planejar uma viagem (que já está planejada aguardando apenas a boa ação das companhias de aviação em fazer promoções legais) e resolver pendencias jurídico-trabalhistas.
Isso tudo é um pequeno teste. Não sei como vai se desenvolver, nem se vai se desenvolver, quem sabe. O ano está apenas começando…