Discografia Comentada: The Cure

por Miguel F. Luna

The Cure. Uma banda com mais de 30 anos de história, influente e inspiradora, que trilhou sempre seus próprios caminhos, experimentou e moldou seu som por parâmetros próprios, sem abrir concessão à sua arte e se render a modismos, épocas e à crítica. Criou um universo paralelo para si e seus discípulos, ora derramando melancolia em doses cavalares, desesperos existenciais, viagens cósmicas ou alegrias juvenis. Dançou também, chacoalhou em funks e arrematou corações por todo o globo com um romantismo quase obsessivo.

Bandas e artistas tão distintos como Linkin Park, Green Day, Red Hot Chili Peppers, Mogway, Placebo, Interpol, The Killers, Arcade Fire, Nine Inch Nails, Marylin Manson, Frank Back, Scarlet Johnson, Chris Cornell e até Mettalica já assumiram sua admiração por Robert Smith e seus asseclas. Mestre David Bowie se diz fã de carteirinha. Os geniais Neil Gaiman e Tim Burton também já prestaram suas homenagens. No Brasil, influenciou absurdamente toda nossa emergente cena rock. De Legião à Zero até Pato Fu (“The Head on The Door” é o disco predileto de todos os tempos de Fernanda Takai). Jornalistas importantes como Zeca Camargo, Kid Vinil e Fábio Massari também são grandes fãs. Até minisséries televisivas usam suas músicas como temas de episódios.

Com toda essa relevância, é injusto se referir a eles apenas como uma banda dos “anos 80”. Claro, foi a época dourada, com sucesso comercial estrondoso, mas também sobreviveram aos anos 90 e atravessaram o milênio com dignidade e integridade trafegando com a mesma desenvoltura pelo “mainstream” e pelo “alternativo”. A quem for aventurar e aprofundar-se na obra da banda, boa viagem! A quem parou de acompanhar, por algum motivo, vale uma boa escutada nos trabalhos mais recentes. E como vale…

“Three Imaginary Boys” / “Boys Don’t Cry” (1979)

São praticamente os mesmo discos lançados em mercados diferentes, um na Inglaterra e outro nos EUA, com pequenas diferenças no tracking list. Depois de rejeitada pela Polydor, surge a oportunidade de lançar o primeiro álbum pelo selo Fiction Records, de Chriss Parry, então funcionário da gravadora que viu no Cure potencial e originalidade. Chriss fundou o selo a principio só para lançá-los. É o Cure ainda bastante influenciado pela explosão punk, porém com lirismo e uma veia pop. Já na estréia, estão clássicos como “Jumping Someone Else’s Train”, “10:15 Saturday Night”, “Boys Don’t Cry”, “Three Imaginary Boys” e “Killing An Arab”, esta última, baseada na obra “O Estrangeiro” de Albert Camus, indicando já desde o inicio que a literatura seria também fonte de inspiração. Uma edição de luxo de “Three Imaginary Boys” foi lançada em 2004 compilando as faixas das edições inglesa e norte-americana mais demos de estúdio, raridades e gravações ao vivo e excluindo “Killing An Arab”, banida do repertório da banda.

Nota 6,5

“Seventeen Seconds” (1980)

O que ninguém poderia imaginar era a guinada da banda ao enveredar por caminhos e sonoridades obscuras e niilistas já no ano e lançamento seguintes. Ambiente opaco e minimal, como trilha sonora para um dia cinzento ou uma noite solitária e silenciosa. Mais do que uma simples reencarnação do Joy Division, a banda apresentou sons até então originais e muito pessoais. E a partir daqui fica impossível, na maioria das vezes, não associar a música da banda a imagens, metáforas e texturas diversas que evocam sonhos, tristezas, alegrias, lembranças e sentimentos dos mais variados. Clássicos como “Play for Today” e “A Forest” estão entre as preferidas dos fãs desde então. Outra inspiração literária é “At Night”, dessa vez de uma obra de Kafka, num momento de tensão contida. Uma edição de luxo, lançada em 2005, acrescenta mais quinze faixas ao álbum entre registros caseiros e raridades.

Nota 7,5

“Faith” (1981)

Aqui a angústia toma formas ainda mais angulosas, com linhas de baixo gravíssimas e notas menores. A procura da fé dentro de si como única esperança. Hinos fúnebres intocáveis com “Funeral Party” ou a faixa título fizeram escola no que veio depois a ser chamado de gothic rock. O single “Primary” destoava um pouco das demais faixas sendo um legítimo pós-punk com dois baixões tomando a frente da música. A edição de luxo lançada em 2005 traz a integra da épica “Carnage Visors” com seus 27 minutos hipnóticos, e mais quinze faixas bônus (incluindo o single “Charlotte Sometimes”)

Nota 9

“Pornography” (1982)

À essa altura, a já doentia mente de Robert Smith, aliada a alucinógenos diversos e depressão toma caminhos ainda mais obscuros. Os climas são de desolação, paranóia e solidão. As letras, ácidas e agressivas, versando principalmente pelos temas citados e a hipocrisia moral da sociedade são cantadas de forma quase indiferente. Trilhas sonoras de um pesadelo crescente comandadas por linhas de baixo tortuosas de Simon Gallup e baterias tribais. Todas as faixas seguem linearmente completando uma a outra. Um disco clássico e um dos mais admirados pelos fãs fervorosos. Nesse momento, a banda coleciona uma legião de fãs obsessivos pela Europa. Faixas como “One Hundred Years”, “Hanging Garden”, “A Strange Day” e “A Short Term Effect” entram fácil numa coletânea desta primeira fase da banda. Na edição de luxo (também lançada em 2005), 14 faixas raras completam o álbum.

Nota 10

“Japanese Whispers” (1983)

Os fãs iniciais torceram o nariz fortemente. Timbres e roupagem eletrônicas e viagens das mais lúdicas dão as caras nesse EP que compila os singles lançados pela banda entre novembro de 1982 e abril de 1983. A turma de preto resolveu passear fora da atmosfera pesadíssima que criou experimentando tudo que de eletrônico havia na época. Da jazz-pop-cartoon “The Lovecats” (com pianos e baixo acústico) à locomotiva eletrônica “The Walk”, uma nova faceta da banda estava inaugurada, assim como testada a versatilidade dos músicos e a coragem e disposição de se reinventar. “Let’s Go To Bed” e a citada “The Walk” bombaram nas pistas do mundo inteiro. Destaque também para as psicodélicas e viajantes “Just One Kiss” e “Lament”.

Nota 7

“The Top” (1984)

Com a colaboração de Robert Smith como guitarrista da Siouxsie and the Banshees e a cabeça a mil por hora, ele grava praticamente sozinho todo o álbum (dividindo os instrumentos com Laurence Tolhurst), exceto bateria e sax, numa coletânea de alucinações que vão das hard e raivosas “Shake Dog Shake” e “Give Me It” até a sexual “Dressing Up”. Sem contar as pérolas pop “Bird Mad Girl” e “The Caterpillar”, o momento árabe em “Wailing Wall”, e a psicodelia de “Banana Fish Bones” e “Piggy in The Mirror”. Alguém escreveu certa vez que a faixa título trazia a sensação de um dinossauro ferido se arrastando. Impossível não visualizar isso ao ouvir “The Top”. A edição de luxo lançada em 2006 traz 17 faixas raras em um segundo CD.

Nota 9

“The Head on The Door” (1985)

Como se fosse uma verdadeira coletânea, o Cure consegue juntar neste álbum de inéditas todas as sonoridades que havia criado até então: canções pop psicóticas perfeitas e temas (darks e) introspectivos passeiam de mãos dadas no álbum que apresentou o grupo ao Brasil. Etnias diversas também florescem no disco, seja na espanholíssima “The Blood” e/ou na homenagem ao Japão em “Kyoto Song”. De uma balada rocker impecável (“A Night Like This”), passando por influências de Beatles (“Six Diferent Ways”), camadas de guitarras na estradeira “Push” e o climão introspectivo em “Sinking” até alcançar o apelo pop irresistível dos power singles “Close To Me” e “In Between Days”. Talvez a única música meio fora do ninho seja “Screw”. O disco foi um sucesso comercial estrondoso e o Cure vira mania Mundial.

Nota 9

“Kiss Me Kiss Me Kiss Me” (1987)

Aqui o caldeirão engrossa ainda mais o caldo com temperos e condimentos diversos numa fantástica gama de influências perfeitamente absorvidas e filtradas pela banda, que agora conta com músicos fixos e participativos (desde “The Head on The Door”). Cada composição é única e disputa faixa a faixa a atenção do ouvinte resultando em um álbum duplo (CD simples). Uma mixagem linear deixa o resultado ainda mais interessante. Mesmo não sendo a obra prima da banda, mostra uma coesão impecável. “The Kiss” é uma aula de bom gosto no uso de pedais Wah Wah. A linda pop-rock-song “Just Like Heaven”, tão coverizada no mundo inteiro (experimente digitá-la no Youtube), é talvez a mais bela canção já escrita por Smith. Momentos ultra-românticos em “A Thousand Hours” e “One More Time” e rockões com “Torture” e “Fight”. A doce e mezzo folk “Catch” e a orientalizada “If Only Tonight We Could Sleep” também são marcantes assim como o single “Why Can’t I Be You?” (na cola de “Modern Love”, de Bowie) e “How Beautiful You Are”, essa última inspirada e adaptada do conto “Ao Olhar dos Pobres”, de Baudelaire. A versão “deluxe” lançada em 2006 traz dezoito faixas raras.

Nota 8,5

“Disintegration” (1989)

Após três álbuns “alegres”, o Cure novamente passa por problemas e Robert Smith parece voltar às batalhas com seus demônios internos. A diferença é que aqui a banda já está bem mais experiente e madura. O resultado é um disco mais homogêneo e quase temático onde os climas etéreos de álbuns como “Faith” e “Pornography” tomam formas exuberantes numa viagem gelada e romântica. Smith usa e abusa de sua Fender Jazz Bass 6 cordas buscando novos timbres e estilos. Com as linhas de baixo marcantes e bem colocadas de Simon Gallup, baterias milimetricamente bem coladas, guitarras inspiradas ao fundo e teclados e synths celestiais, letras ora existenciais, românticas ou amargas, o Cure fecha a década com sua obra prima, recebendo prêmios de melhor banda inglesa e tocando para multidões no Wembley Arena. Impossível destacar uma só faixa. Todas são altamente recomendadas. De “Pictures of You” a “The Same Deep Water As You”, de “Homesick” a “Last Dance”. Sem contar os singles “Love Song” e  “Lullaby”, a melhor hit-pop-dark-song de todos os tempos.

Nota 10

“Wish” (1992)

Depois de um hiato de três anos, com Robert Smith a cada mês declarando o fim da banda, surge um novo trabalho, o primeiro (e único) disco do Cure a bater no topo da parada britânica (e no segundo lugar da Billboard, nos EUA). “Wish” mostra a banda no ápice de sua forma instrumental. As guitarras vêm à tona de forma dissonante e polifônica guiando as faixas. Não a toa, Robert usava uma camiseta de Hendrix nos shows dessa tour. É o Cure mostrando novamente suas várias faces. Baladas tocantes com “A Letter to Elise”, “Trust” e “To Wish Impossible Things”. Um conto denso em forma de música na soberba “From The Edge of the Deep Green Sea”, odes à alegria em “Doing to Unstuck” (incrível ao vivo) e “Friday I’m in Love”, esta última um hit radiofônico irresistível, e ainda a soturna e belíssima “Apart” e a pesada “End”.

Nota 8

“Wild Mood Swings” (1996)

O mais criticado e incompreendido trabalho da banda. Lançado em meio ao furacão britpop e gravado no mesmo estúdio do revolucionário “Ok Computer”, do Radiohead, “Wild Mood Swings” foi ignorado pela mídia e causou estranhamento até no mais fiel dos fãs. No Brasil, o massacre foi amenizado pela presença da banda no extinto Hollywood Rock (96), o que também ajudou a re-acender (de leve) a Curemania, onde angariou novos fãs. Apesar dos elementos “cureanos” estarem presentes, há uma mudança drástica nos arranjos e composições. Passado o tempo, o disco foi melhor assimilado por quem deu a ele uma nova chance. Mesmo menos cotado, é muito querido pelos admiradores e fãs mais novos. As faixas “Want”, “Bare”, “Numb” e “Jupiter Crash” são ótimas. “Mint Car” é uma canção ensolarada e uma das mais alegres da carreira da banda.

Nota 6

“Bloodflowers” (2000)

Após outras longas férias (que parecem fazer bem à banda), o Cure volta em grande estilo e ótima fase em um álbum épico. Se “Disintegration” pode ter sido uma evolução de “Pornography”, podemos dizer que “Bloodflowers” é a continuação natural da seqüência. Com arranjos inspirados e exuberantes, “Bloodflowers” mostra o Cure dos primeiros trabalhos em pleno ano 2000. Não é um disco “fácil”, com faixas longas repletas de detalhes e atmosferas. As autobiográficas “39”, “Watching Me Fall” e a faixa título são as típicas histórias musicadas tão bem feitas pela banda. A balada “Last Day of Summer” cumpre seu papel e emociona assim como “There Is No If… “. A mais conhecida com certeza é “Maybe Someday”, bom rock, mas que destoa um pouco das demais canções do disco.

Nota 9

“The Cure” (2004)

Produzido pelo papa do “nu metal”, Ross Robinson, “The Cure” é um disco com uma pegada bem diferente de tudo o que a banda já fez, mas ainda com o jeitão Cure de compor. Há belos momentos com “End of the World”, “alt.end” e “Aniversary”. Destaques para a “para cima” “Taking Off”, o belíssimo e competente trabalho das guitarras e letra em “Before Three” e a paranóica abertura com “Lost” onde a letra remete ao final de “Karma Police”, do Radiohead (“I lost myself / I can’t find myself”) repetida inúmeras vezes num clima angustiante e tenso.

Nota 6

“4:13 Dream” (2008)

Outro belo retorno do Cure ao nosso mundo. Trás de volta o guitar-hero Porl Thompson, afastado desde “Wish”. Abre com “Underneath The Stars”, faixa que resgata a magia e as sensações clássicas de se ouvir a banda. É uma das melhores canções da discografia do grupo, com seu andamento lento, viradas sensacionais, cheia de nuances. Linda! Segue muito bem com “Reasons Why”, que poderia estar em qualquer álbum dos anos 80, e ainda mantém um cheiro de novidade no ar. Robert continua com uma bela e afinada voz. “This. Here and now. With you” é daquelas declarações apaixonadas e derramadas, a música cresce em seu refrão de uma forma irresistível. Faixa a faixa, a banda destila todos os elementos que a fizeram famosa com uma roupagem mais moderna. O álbum seria duplo, mas a gravadora convenceu a banda a desistir da idéia. Com a quase extinção (quase?) do formato CD, um disco duplo a essas alturas poderia ser uma grande investida kamikase, mas o que ficou de fora parece tão bom quando esse disco e, segundo o próprio Robert Smith, o lado mais sombrio e pesado está guardado. Talvez seja lançado ainda neste ano.

Nota 7,5

Álbuns ao Vivo

São cinco os álbuns oficiais do Cure, cada um representando – e bem – cada fase da banda. “Concert” (1984) foi um dos primeiros trabalhos do grupo lançados no Brasil, e é um dos melhores álbuns ao vivo do Cure com um repertório de primeiríssima qualidade (destaque para as versões de “Kiling An Arab” e “A Forest”.) Menos conhecido que “Concert”, mas não menos interessante é “Entreat” (1991), que flagra a banda tocando ao vivo o álbum “Disintegration”. Em 1993, dois álbuns ao vivo são lançados: “Paris” e “Show”. Em 2001, para presentear os fãs, a banda grava o mesmo repertório da coletânea “Greatest Hits” ao vivo em estúdio de forma acústica, uma pequena pérola que surgiu como bônus da citada coletânea.

Lados B

Neste quesito, Robert Smith colocou ordem na casa em 2004 ao lançar o box quádruplo “Join The Dots – B-sides and Rarities 1978/2001”. São 70 faixas que vão desde lados b de singles até participações em tributos diversos que renderam covers como “Hello, I Love You” (Doors), “Purple Haze” (Jimi Hendrix), “Young Americans” (David Bowie) e “World In My Eyes” (Depeche Mode). Detalhe: a versão em cassete da coletânea “Standing on the Beach” (1985) trazia em seu lado b uma dezena de b-sides poderosos, todos resgatados neste box imperdível. Outra curiosidade: “Splintered In Her Head”, lado b do single “Charlotte Sometimes”, foi durante muito tempo usada como tema de abertura do programa Roda Viva, da TV Cultura.

Coletâneas

Além de “Japanese Whispers”, outras coletâneas tentaram compilar o melhor do Cure. “Standing on the Beach” (1986) flagrava a banda na primeira metade dos anos 80 enquanto “Galore” (1997) centrava foco no repertório pós “Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me”. É dessa época também a coletânea de remixes “Mixed Up” (1990). Em 2001, o grupo resolveu arrumar a lojinha lançando “Greatest Hits” (incluindo uma versão em DVD com todos os clipes oficiais da banda e, ainda, o tal CD bônus com todo o tracking list tocado de forma acústica).

DVDs

Em 2006 o grupo lançou “The Cure Festival 2005” com trinta canções retiradas de nove festivais europeus. Três anos antes, em 2003, a banda já havia liberado em DVD “Trilogy”, que apresenta na integra os álbuns “Pornography” (1982), “Disintegration” (1989) e “Bloodflowers” (2000). Os clipes foram todos reunidos em “Greatest Hits”, e preciosidades como “Show” (1996), “Play Out” (1992), “Picture Show” (1991), “The Cure in Orange” (1988) e “Live in Japan” (1986) foram apenas lançados em VHS e permanecem inéditos em DVD.

Toda a discografia do Cure está em catalogo no exterior. No Brasil é possível encontrar “The Head On The Door” e alguns dos álbuns dos anos 90 para frente assim como a coletânea “Greatest Hits”. As edições de luxo dos sete primeiros álbuns nunca foram lançadas no país, mas podem ser encontradas facilmente em lojas online internacionais ou encomendadas em boas lojas nacionais do ramo.

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Samuel Martins é músico e toca na banda Interlude (www.interlude.com.br), especializada em covers do Cure.

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Leia também:
– “Greatest Hits”, do The Cure, por Eduardo Spitzer (aqui)
– “4:13 Dream”, do The Cure, por Marcelo Costa (aqui)
– “Close To Me – Um Adolescente nos Anos 80”, por André Takeda (aqui)

Outras discografias comentadas:
– Capital Inicial, por Marcelo Costa (aqui)
– Leonard Cohen, por Julio Costello (aqui)
– Midnight Oil, por Leonardo Vinhas (aqui)
– Nick Cave, por Leonardo Vinhas (aqui)
– R.E.M., por Marcelo Costa (aqui)
– The Clash, por Marcelo Costa (aqui)

20 thoughts on “Discografia Comentada: The Cure

  1. o texto traduz fielmente os sentimentos fã genérico do cure: parabéns! deu aquela vontade de ir buscar os discos antigos, e também as tais versões deluxe. ah, e tentar ouvir melhor o disco novo, que não desceu muito bem, não, ele e o disco novo do depeche mode.

  2. Gostei muito do texto, só não concordo muito com a nota dada ao disco de 2004. Merecia pelo menos um 8. Mas tá valendo,.

  3. Belo texto, sempre quis conhecer melhor o Cure, eu tenho somente a coletanea e so sei dos hits.

    Acho que faltou uma citação a Siouxsie & The Banshees, outra banda muito importante da cena gotica tbm.

  4. justo na hora em que eu estava pensando em conhecer melhor o Cure, tal qual o VictorB, me aparece esse texto. pela resenha, decidi começar pelo seventeen seconds, e estou achando ótimo.

  5. – Então Gilvas, tente dar mais uma chance ao 4:13 Dream. Não é um clássico para a carreira da banda, mas é muito bom.

    – É Rafael, essas notas sempre serão discutíveis. As pessoas vão querer me esganar também pela nota de Wish…hehehe…gosto muito do álbum homônimo, a música Before Three é, para mim, uma das melhores da carreira deles. Simplesmente dá vontade de subir numa montanha e gritar o Yeah Yeah Yeah!!!!

    – Vitor, se precisar de mais dicas é só perguntar. Tomara que curta adentrar no mundo Cure…

    – Felipe, começou por um disco nada Pop, e se está gostando, seria legal ir na ordem, pelo menos até o Pornography. Tenho a impressão de que vai gostar muito do Faith e Disintegration…

    Abraços a todos! Vamos cobrar do Mac a discografia do Bowie e do Echo!!! rss

  6. Do Cure, só ouvi Seventeen Seconds, Pornography, Head on the Door (tenho em CD), Disintegration (tenho em vinil), The Cure e 4:13 Dream. Tenho o CD e DVD Greatest Hits e o belíssimo DVD Cure Trilogy também, maravilhoso. Bom, falei isso porque ainda que não seja um especialista na banda, falta muita coisa, conheço umas coisinhas e gosto, tenho grande afeição por gothic rock – ainda que Cure nem sempre se encaixe nesse rótulo.
    Acho insano, por exemplo, Seventeen Seconds levar a mesma nota que o paupérrimo 4:13 Dream, que é absurdamente não inspirado, melodias horrendas. Prefiro o auto-entitulado disco de 2004. Apesar de tudo isso, e bato palmas pra unidade de Seventeen Seconds, Pornography e Disintegration, acho que Cure é uma banda de músicas, e não de álbuns. Vá saber, quem sabe eu mude de idéia…

    De qualquer forma, muito boa matéria. Deu-me vontade de ouvir Faith, já que Charlotte Sometimes é uma das minhas canções favoritas (sim, sei que é b-side).

  7. Olá Thomaz e Daniel,

    Td bem?

    Sou fã do blog e quero deixar aqui meus comentários positivos sobre a riquesa de ambos os trabalhos. Parabéns.

    Nas várias pesquisas musicais que faço encontrei uma banda chamada Flat’n Sharp que cara…. tem um disco maravilhoso..pesquise a respeito.

    Acho que vale um espaço em seu blog e queria saber claro suas impressões sobre.

    Abraços e belo trabalho!!

    Carlos Zukman

  8. Acho que crítica de discos sempre deveriam ser escritas por fãs. Só eles conseguem captar as diferenças entre as fases de uma banda.
    Conseguem perceber o que há de melhor, e pior, em um albúm.
    Parabéns pelos textos e notas.

    Espero ver o Cure no Rock in Rio 4, em 2011 no Rio de Janeiro.

  9. Ainda não li todo o texto (volto já pra fazer isso), mas só em ver que meu disco favorito deles, Pornography, recebeu nota 10 já dá um orgulho grande de ter escutado esse disco lá em 1986 numa cópia feita de um K7 importado pq na época não tinha internet, muito menos CD. A outra nota 10 indo pra Disintegration tá mais do que justificada. Mas já eram outros tempos e apesar de ter comprado em vinil, logo troquei pelo CD. Mas achei algumas notas dos discos mais recentes um pouco condescendentes. Pouco se aproveita dos novos lançamentos da banda, infelizmente. Mas que venham ao Brasil pra mais alguns shows antes do Bob pendurar os tênis!

  10. Relevando as notas, o texto tá legal. Talvez um pouco superficial demais mas entendo o tamanho da discografia.

  11. Ótima matéria! Minha única ressalva é quanto a algumas notas: eu daria uma maior para “Seventeen Seconds” (8,5), pois é um dos discos mais coesos e instigantes do Cure; e menores para “Faith” (8), “The Top” (7) e “Bloodflowers” (7,5).

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