Por Murilo Basso
“Não tenho mais vergonha em me passar por mim”. É isso. Com uma frase, da faixa que dá nome ao novo trabalho, o Charme Chulo mostra que não tem medo de escancarar suas memórias e experiências. E prova que enquanto alguns brincam com estereótipos e retratam o que o curitibano quer ser, é possível chutar a porta e mostrar, sem medo, o que o curitibano realmente é e morre de medo de assumir.
“Nova Onda Caipira“ traz canções carregadas de referências, capazes de confundir os mais céticos e comover os “durões”. Possui, ao mesmo tempo, momentos dolorosos e tocantes; experimentais e concisos. É, acima de tudo, popular. Ao mesclar suas referências com a cultura brasileira dá corpo a um som rico em detalhes capaz de grudar aos ouvidos na primeira audição. É completamente possível ouvir o disco uma vez e sair cantarolando logo em seguida, e convenhamos isso é um grande mérito.
Olhando constantemente para o presente, mas sem nunca esquecer o passado e transitando entre temas que vão desde a frustração do cotidiano passando até pela política nacional, lá no final um pouco da nossa ingenuidade perdida é resgatada em tempos onde o que realmente importa são as contas vencendo, a globalização, o final da novela das oito e outras boçalidades do dia-a-dia. Fica difícil se manter indiferente diante de tanta sinceridade.
Alcançar o grande público? Questão de tempo ou talvez seja melhor continuar da mesma maneira. De qualquer forma o caminho já está traçado; embora tudo isto fizesse mais sentido se eles fossem do interior paulista. Em um final de tarde de sexta-feira, os primos Igor Filus (vocais) e Leandro Delmonico (guitarra / viola caipira) conversaram com o S&Y sobre o novo álbum, todo seu processo de concepção e defenderam o estilo Charme Chulo de ser. Confira a conversa completa abaixo:
O disco passou pela mão de vários produtores, certo. Fale um pouco sobre esse processo e de que forma ele influenciou no resultado final?
Leandro: Nossa produção foi um pouco confusa. Inicialmente produziríamos com o Miranda, mas ele não pôde assumir. Então encaminhamos a produção para que fosse igual a do primeiro disco em Floripa e gravaríamos as baterias, que dão um pouco mais de trabalho, em um estúdio bom aqui ou em São Paulo. Quando estávamos cuidando disso, o Miranda aparece e diz: “Veio, ouvi a pré-produção com o Tomás e pirei! Vamos fazer vocês… Tenho um esquema” (risos). Começamos a gravar com o Tomás, na Toca, por causa do Miranda. Tomás é um ótimo produtor, ele veio para Curitiba, sendo que achamos que quem viria era o Miranda. Começamos a trabalhar com ele, foi bem legal, mas o problema era tempo.
Igor: Ele estava construindo o estúdio e nós queríamos algo muito rápido. Chegou uma hora que cansamos dele e ele também cansou da gente e isso aconteceu antes de começarmos a gravar as vozes. Então voltamos atrás, naquela idéia de gravar em Florianópolis com o Alexei Leão. Tivemos que esperar um tempo, mas agendamos com ele. Fizemos vozes, mixamos e masterizamos lá. Basicamente foi isso. Ficamos com o Alexei com uma mãozinha do Miranda. Nesse meio tempo gravamos baterias no Rio, gravamos em São Paulo a primeira etapa com o Tomás, as vozes em Floripa. Também teve uma harpa e outra coisinha em Curitiba. Pode parecer um pouco confuso, com muita coisa gravada em lugares diferentes. O mais importante é que não interferiu na qualidade final do material. Isso é o que nos deixa mais satisfeitos, apesar de todo o tumulto.
Já fazem quase dois anos do lançamento do primeiro disco, que leva o nome da banda. O que mudou para vocês no período entre ele o novo trabalho?
Leandro: Acredito que tenha mudado no respaldo do público. Muito artista discorda, mas eu acredito nisso. Conforme você vai tocando suas músicas, você vai aprendendo o que fazer, como driblar certos problemas em um show, ou até mesmo no próprio disco. Nosso disco tem uma boa parcela que é resultado direto da opinião, de críticas. Acabamos nos conhecendo melhor através dos outros. É uma evolução natural da banda. No primeiro disco nos preocupávamos com a beleza da composição. Esse disco está mais simples, até por isso achamos interessante o Tomás, que é super pop, muito bem resolvido e foi legal esse contraponto. “Fala Comigo, Barnabé!” tinha mais partes. “Nova Onda Caipira” tinha mais partes. Eram músicas mais complexas, hoje estão mais pops, mais resumidas. Isso mudou bastante nesse disco. E a grande proposta desse disco é ser o mesmo Charme Chulo, só que mais objetivo.
Igor: Ficou mais claro o que queríamos fazer e percebemos que precisávamos valorizar nosso diferencial ou você acaba ficando em um turbilhão de bandas que são todas iguais. Então você precisa saber valorizá-lo. Aquele conceito de repetir o que fez sucesso nunca deu muito certo no Brasil. Sentimos que valorizar o diferencial da banda era muito importante. Na verdade isso é essencial para qualquer artista.
O primeiro CD me parecia mais balanceado, com o tal “rock caipira” e, em alguns momentos, arriscando uma ou outra balada. “Nova Onda” segue esta mesma linha?
Igor: A diferença básica entre os dois é que o primeiro parece “mal explicado”. É mais separado. Tem uma música mais caipira, outra com uma levada mais “rock”. Esse disco vai estar mais diluído, você vai ouvir um material mais conciso. As músicas têm mais identidade entre si. Não é tão segmentado.
Leandro: É um disco mais homogêneo do começo ao fim. Ele abre com uma moda de viola. Em seguida entra “Fala Comigo, Barnabé!” e o disco vai embora. Não tem “parou!”. O primeiro disco tinha muito aquela coisa do “caipira” e de repente entrava uma música como “A Caminho das Luzes Essa Noite” ou “Não Deixa a Vida te Levar”, que é mais “rock”, mesmo com algum elemento do caipira. O estilo da banda não estava muito diluído. Algumas pessoas falavam: “ah, mas nem é tão caipira assim”. Aquilo era hipervalorizado no disco. Tinha “Romaria dos Desvalidos”, que é uma música mais pesada, densa. “Geada no seu Coração” fechando. Ele era todo pensado dessa forma. “Nova Onda Caipira”, apesar de abrir com uma moda de viola, que é algo mais conceitual, é um disco mais “show”. Ele não pára.
“Nova Onda Caipira” – Há algum conceito, alguma mensagem ou algo do tipo por trás desse nome? O que motivou a escolha? O que é a ”Nova Onda Caipira”?
Leandro: É engraçado. Desde que criamos a banda e passamos a acreditar nela, ela se tornou meio que um estilo de vida: “a maneira Charme Chulo de se enxergar o mundo”. De contrabalancear as coisas… Eu estava no ônibus, tínhamos lançado o primeiro disco e veio aquela idéia: “o que vamos fazer do segundo disco?”. Era na época da tal “new rave”. Klaxons – que, aliás, nem lançou segundo disco – e um monte de banda estranha, então pensei: “Pô, vamos lanças uma nova onda caipira!”. Meio que tirando sarro com os ingleses. A caipirada achando que está abafando, não é? (risos) Na verdade, o titulo é mais uma ironia. O “caipira” também tem um lado sério. Tião Carreiro não usava roupa xadrez, usava terno. Mas tem também o lado pejorativo, as pessoas infelizmente – ou felizmente – enxergam o caipira como uma pessoa alienada, o “jéca”. Procuramos brincar com isso também, com os dois lados da moeda.
As letras estão ainda mais diretas e contrastam com um universo enorme de referências, sempre de maneira consciente… Qual a importância dessa mescla para o Charme Chulo?
Igor: Sempre valorizamos as letras, desde o começo da banda. Para nós, tem mais um valor plástico e estético, porque ajuda a banda a comunicar o que queremos – assim como o visual. Então buscamos explorar isso da melhor forma. Qualquer banda que se preze vai explorar esses elementos ao seu favor, não só através das influências, mas pelo gosto também. Sempre valorizamos essa coisa meio romântica de fazer letras mais poéticas, fugir do superficial. A cultura, em geral, é muito superficial hoje em dia, então tentamos fazer algo poético dentro desse universo superficial. Esse é o objetivo das letras e é isso que tentamos.
E quanto ao processo de composição, ele segue alguma seqüência lógica?
Igor: Tentamos ser essenciais. Compondo em português fica mais difícil passar sua mensagem. O português é uma língua mais longa. O rock é próprio para o inglês, é mais macio, mais resumido, você consegue dizer mais com menos palavras e no português isso é muito mais difícil. É muito importante você se fazer entender dentro da língua portuguesa. (Por Isso) tentamos resumir ao máximo as frases, tornar tudo mais conciso. Normalmente o Leandro aparece com uma idéia, uma frase ou uma harmonia interessante. Em seguida criamos algo e gravamos com a banda. Eu pego em cima daquela harmonia que ele cria – que geralmente é um riff – e desenvolvo a música, coloco a melodia. Volta para a banda e incrementamos o resto.
Leandro: Não temos música primeiro. Isso nunca aconteceu. Tem algo mais como uma concepção de idéias. O bacana é que, por enquanto, somos uma dupla de composição e o Igor é meu oposto. É o cara metódico que exclui qualquer situação errada em uma frase. Ele tira. Eu já sou mais escrachado e acabamos nos completando musicalmente. Algumas coisas criamos juntos, como “Amor de Boteco”. Ela tem uma história legal. Vimos “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” e ficamos putos (risos). Sentamos em um bar gaúcho e eu indignado tentando fumar – e eu não sei fumar (risos) – e escrevemos “Amor de Boteco”. “Mazaroppi Incriminado”, do primeiro disco, o título surgiu e não existia a música. Pensamos: “Mazaroppi Incriminado, esse título é muito bom!” (risos). “Fala Comigo, Barnabé!” também. Um dia pensamos “Barnabé é um nome super caipira…” essa música vai se chamar “Barnabééééééé”. É tudo meio engraçado (risos).
De que forma Curitiba influencia na musicalidade? Charme Chulo poderia ter surgido em outra cidade?
Igor: Só em Curitiba (risos). O caipira não é tão forte aqui. Maringá, por exemplo, é muito mais caipira do que Curitiba. Mas o caipira é só uma das influências da banda, é só uma maneira de passarmos nossas idéias. E pretendemos explorar mais isso, para mostrar mais a dimensão da banda. Acredito que o Charme Chulo seja maior que só o “rock caipira”. Também tem um pouco a ver com raiva, aquela idéia de se sentir falso. Curitiba é falsa. Nos anos 90 você já tinha propaganda do Jaime Lerner falando da melhor cidade do Brasil, vendendo como uma coisa européia e é uma grande mentira. Essa coisa falsa, chula, tem muita relação.
Leandro: Curitiba é a cidade do Alborghetti e do Ratinho. Do Oil Man e da “mulher da cobra”… Charme Chulo entende? (risos) Fazemos um som caipira, e o caipira, para o curitibano, é uma coisa muito de “Goiás ou interior de São Paulo”. Nunca daqui. E conosco vem do Paraná. E o curitibano não quer ver isso, mas pô: William e Renan tão apavorando, cara (risos). Só a cena rock da cidade não enxerga isso.
Com “Charme Chulo” vocês marcaram seu espaço no Paraná, por assim dizer. “Nova Onda Caipira” é uma tentativa direta de conquistar o mercado nacional?
Igor: Acredito que o disco vá ajudar a firmar a banda no mercado com potencial para ouvir Charme Chulo. Interior de São Paulo, Minas, norte do Paraná, Goiás. Não só pelo nome, mas também pelo conceito do disco. Só o fato de uma banda independente lançar um segundo disco em dois anos já é uma tentativa de carreira. Quando uma banda independente consegue lançar e passar pelo desafio do segundo disco é porque ela veio pra ficar. O segundo disco é um desafio. É uma história meio mística (risos). Para conseguir chegar lá, no meio independente, a banda precisa estar muito certa do que está fazendo.
FAIXA A FAIXA
A pedido do Scream & Yell, o guitarrista Leandro Delmonico comenta o novo álbum:
MODA DO ACERTO
Era questão de honra compor uma moda de viola para este disco. O único problema é que somos caipiras de meia tigela e uma moda requer boa dose de inspiração interiorana, mas no nosso caso a inspiração só poderia ser urbana. Então tive a idéia de pegar um ‘causo’ que aconteceu comigo e com várias pessoas por ai, um assalto. O grande lance era tratar um caso sério com a ingenuidade típica do caipira, algo meio irônico mesmo. O mais curioso é que a melodia surgiu de manhãzinha; nada mais apropriado.
FALA COMIGO, BARNABÉ!
Barnabé segue o lado new wave do disco. O titulo “Nova Onda Caipira” veio antes das músicas e acabamos nos influenciando por ele. Queríamos uma música dançante com vocais gritados em uníssono, tipo Titãs ou Ultraje a Rigor. A base melódica de Barnabé foi criada em cima de uma bateria tosca de teclado; se você reparar na linha de baixo do pré-refrão irá perceber algo de baião também. A letra fala de convívio social, do medo de se isolar e não conseguir travar uma simples conversa. Enfim, é preciso ter cuidado para não transferir sua vida para um site de relacionamento.
TRÊS MARIAS
Foi um dos primeiros instrumentais que criamos após o primeiro disco. Ela tem aquela pegada pós-punk presente em algumas músicas da banda. Surgiu do riff de viola e sua letra parte para um lado mais poético. Quando o Igor me mostrou a letra lembrei muito das temáticas do Almir Sater.
NOVA ONDA CAIPIRA
Essa canção defende o jeito Charme Chulo de ser: “Anda logo então, aceita sim ou não, um jeca fino assim, se é bom não é da gente, normal vai ser diferente, depois vai gostar de mim”. Quando mostrei a base para o Igor decidimos dar o titulo do disco a ela. É uma música de guitarra, muito influenciada pelas bandas dos anos 80 que carregavam algo country; Pretenders, Dire Straits, R.E.M… Achamos muito legal essa coisa de soar pop e raiz ao mesmo tempo. Gosto muito das frases de efeito dessa música “então não custa p’reu tocar com uma guitarra uma moda inteira, um rock caipira” ou citando Tião Carreiro em “Carnaval é quatro dias, a viola é durante o ano inteiro”.
BRASIL SACANAGEM
O titulo também veio antes da música. Queria fazer um apanhado histórico de toda a sacanagem típica brasileira, desde a colonização passando pela pornôchanchada até chegarmos aos dias de hoje, com essa política escandalosa. O Igor acabou indo para um lado mais político social, o que agradou bastante. Consideramos o instrumental um pagode de viola (ritmo criado na viola caipira por Tião Carreiro) com bateria e baixo no gás.
DE HOJE NÃO PASSA
É a música mais emblemática da banda. A letra é baseada na experiência de ter uma banda independente no país, de não ser levado a sério e lutar com todas as forças por um espaço digno. É meio que um desabafo do Igor. Apesar de a guitarra marcar bastante a música, o riff saiu quando eu brincava com o baixo no estúdio da banda. A música já estava presente no disco “Charme Chulo Ao Vivo Na Grande Garagem Que Grava”, um projeto bem legal aqui de Curitiba.
BORBOLETA DE PORCELANA
Flertamos com o brega nessa canção, o titulo já entrega isso. Borboleta é uma guarânia ou polca paraguaia. A bateria leva a música em três por quatro enquanto a guitarra ensaia algo meio glam com o pedal wah wah. Ficamos contentes com o resultado final, a letra é exagerada propositalmente e o instrumental não deixa por menos. Flertamos com violão, harpa, acordeom e piano nessa música. Assim como “Amor de Boteco”, “Borboleta” deve ser uma surpresa agradável neste trabalho.
VIDA MODERNA
Peterson saiu da banda, mas deixou um ótimo presente: sua primeira e única composição para o Charme Chulo. Nos baseamos naquelas marchinhas caipiras que o Mazzaropi cantava em seus filmes e, apesar disso, ‘Vida Moderna” ganhou um corpo pop e dançante no estúdio, principalmente nos refrões. Peterson falava que a letra era como se uma pessoa de 50 anos atrás acordasse no mundo caótico de hoje, acho um tema muito apropriado para a canção. Outro destaque é a primorosa participação do sanfoneiro Adriano Magoo, ótimo instrumentista de Campo Grande (MS).
ATÉ DIZER CHEGA
Essa música me surpreendeu por ter entrado no disco, afinal ela foi feita antes do primeiro disco sair. Sempre gostamos dela, mas nunca soubemos direito o que fazer. A letra fala sobre uma pessoa que é massacrada pela TV, e o titulo é baseado numa visão que o Igor teve: um outdoor de uma Churrascaria com a foto de uma peça de carne escrito em cima “até dizer chega”. Ela cresceu bastante no estúdio. Lembra um pouco Karnak e Pato Fu pelas partes bizarras.
RADIO A.M
Penso que a alma caipira e saudosista está na periferia, onde as pessoas escutam Radio A.M e tal, o instrumental é perfeito para os shows e procuramos deixá-la o mais natural possível, o grito de Charme Chulo no final da música deu um toque no disco. Também sentíamos falta de uma música rápida e direta nesse disco e gosto muito de sua temática, algo que tem muito a ver com a banda.
GALO MARINGÁ
Chamamos Galo Maringá de Folk Brasileiro, como aquelas canções do Raul Seixas de pegada country. Esses dias percebemos que ela lembra muito um Clássico Paranaense, Bicho do Paraná, do João Lopes. O mais interessante é que ela fecha o disco falando de voltar para a sua cidade natal. O título faz referência ao apelido do time de futebol da cidade de Maringá, terra natal de metade da banda. Outra influência é a música Maringá, composição de Joubert de Carvalho, regravada também por Tonico e Tinoco. O nome da cidade de Maringá é uma homenagem a essa canção que conta a história de uma retirante nordestina, a cabocla Maringá. A parte de Galo que diz “de um caboclo a sossegar” é uma referência explicita ao clássico de Joubert.
Leia também:
– “Charme Chulo”, o primeiro disco, por Marcelo Costa (aqui)
– Entrevista para o Scream & Yell em 2005, por Marcelo Costa (aqui)
– “Nova Onda Caipira” pode ser ouvido em www.myspace.com/charmechulo
uma das melhores bandas brasileiras da década, com um dos melhores discos, com certeza. Galo Maringá nasceu clássica!
Charme Chulo veio três vezes à Campinas. Semana passada estiveram no Bar do Zé (antigo Mondo77) e fizeram um show especialíssimo para fãs e um público novo que compareceu e disse ter curtido muito o show. A casa estava lotada (com fila do lado de fora) o que comprova que a banda já fez história na cidade. Acho que é a banda curitibana mais campineira que existe! E, por sinal, está no top das bandas nacionais dessa década.
Disco lazarento de bom!
é o tipo de disco que cada ouvinte escolhe sua favorita sendo que todas – incluindo moda do acerto – é potencialmente hit. A minha favorita é “Nova Onda Caipira”, seria Hit até na jovem pan.
Eu tive o prazer de estar lá com eles durante uma madrugada das gravações em São Paulo, e essa parte “chegou uma hora que cansamos dele e ele também cansou da gente…” rapaiz, foi tensa.
Não sabia que um disco dava tanto trabalho assim. Não sabia como é que se levavam tantas horas para gravar, mas pude entender um pouco. Horas de discussão para negociar um detalhezinho. Mas o resultado já me fez ouvir o disco umas 10x mais tempo do que ele levou para ser gravado :p
Parabéns, Charmes!