Por Marcelo Costa
Três bandas novas – uma gaúcha, uma paulista e uma brasiliense – com propostas diferentes em seus álbuns de estréia.
“O Tempo Necessário”, Cacto Rosa (Tecla Music)
“Alguém”, faixa que abre a estréia do duo gaúcho, é um ótimo cartão de visitas: a introdução lembra umas dez músicas já escritas. Os versos inocentes não se encaixam na melodia pop rock simplória e o refrão é… bem, ele fala por si: “Viver com você é tudo que eu sempre quis / Perder você é tudo que eu nunca quis”. Os defeitos se estendem por todo álbum cujo “ponto alto” é “Limites”, que prega a “luta pela paz e harmonia e a liberdade de expressão”. Como diria Nelson Rodrigues: “Jovens, envelheçam”.
Nota: 1
“Portnoy”, Portnoy (independente)
Formado em 2007 em São Paulo, o trio Portnoy apresenta um punk rock garageiro sem, no entanto, deixar as letras de lado neste ótimo debute. Produzido por Iuri Frieberger, “Portnoy” destaca guitarras ásperas, ótimas linhas de baixo (a cargo de Lefê, ex-Cascadura) e bateria pesada. Se o vocal de Conrado não varia tanto a linha melódica, também não compromete em bons números como “Sem Controle”, “Viciado”, “Só um Homem” e a ótima “Condoída”, que tem um jeitão de samba canção de guitarras. Bela estréia.
Nota: 7
“Sierra Nevada”, Disco Alto (Independente)
Aperte o pause. E espere. Respire fundo e solte o play. “Sierra Nevada”, estréia dos brasilienses do Disco Alto, exercita o post rock arrastado de bandas como o Sigur Rós, e necessita de ambientação para que suas dez canções encontrem o ouvinte no momento certo. A instrumental “Entretanto” prepara o terreno para canções luminosas como “Antigo Testamento”, “Circo 66”, “Grand Prix” e os oito minutos da ótima “Quinta” (impossível não pensar em Mogwai). Para ouvir e esquecer que existe um mundo lá fora.
Nota: 7
Cacto Rosa, nao fique triste, pois voce esta em boa compania!!! Que eu lembre, o Mac ja deu 1 pra Scarlet. rsssss
Esse do Disco Alto passou por aqui mas nao convenceu muito, mas preciso escutar de novo…