por Mac
Hoje é noite de VMB em São Paulo (ops, Brasil), e seria engraçado se não fosse triste o quanto a premiação e a própria MTV perderam o rumo. Tive a oportunidade de assistir no Credicard Hall a edição passada da entrega de prêmios, mas não pergunte quem foram os vencedores pois eu não lembro. Eram tantas bandas iguais, adolescentes gritando por nomes que eu nem sabia que existiam e uma sensação de estar completamente deslocado do cenário pop mundial. Enfim, envelheci. Os novos grupos de rock que falam pra molecada não falam mais para mim. Suspiro.
Essa foi a sensação que tive ao acompanhar a premiação “in loco”, ano passado, e será a que você terá se acompanhar a premiação de hoje. No entanto, não fique preocupado. O problema não é conosco, é com o mundo. No caso da música o problema são as gravadoras, que já não arriscam mais no novo, e simplesmente empacotam um monte de bandas que fazem a mesma coisa e as vende para a molecada em frascos de cores diferentes. Chega a cheirar espirito juvenil, sabe. As gravadoras sabem o que você tem que ouvir e vão ser firmes em convencer você disso. Por insistência e/ou exaustão.
É por isso – por ter envelhecido, por não ouvir rádios movidas a jabá com programações modorrentas e por ter esquecido que a MTV existe – que tomei uma decisão: ao invés de ficar em frente à TV descobrindo que a Pitty continua lançando discos ruins e ganhando prêmios e que existem dez bandas exatamente iguais fazendo o mesmo som (e ganhando prêmios diferentes cada uma), ao invés de morrer de tédio com as piadas duvidosas e pensar na quantidade de bandas bacanas do rock nacional que não tem (ou não podem pagar) um décimo da exposição que as “bandas de sucesso” conseguem, vou ao cinema… ouvindo Cérebro Eletrônico, Lestics, Tom Bloch, Curumin, OAEOZ e Wonkavision.
Alguém dê os parabéns à Pitty por mim. 🙂