por Marcelo Costa
“Romance At Short Notice”, Dirty Pretty Things (Mercury)
Carl Barât havia saído na frente do ex-parceiro Pete Doherty na estréia, mas cede o empate neste segundo álbum. Se “Waterloo to Anywhere” goleava com hits ganchudos o pífio “Down in Albion”, “Shotter’s Nation” bate fácil “Romance At Short Notice”. Barat deixou os hits na gaveta e fez um álbum de punk rock and roll sem polimento nem gracejos. Ok, tem baladinha (“The North”), mas o que sobressai é o cansaço de Londres nas letras e os mesmos riffs chupados do Clash nas melodias. Que venha a prorrogação.
Preço em média: R$ 60 (importado)
Nota: 5
“Beautiful Future”, Primal Scream (WEA)
O novo camaleão do rock atende pelo nome de Bobby Gillespie, e lidera o Primal Scream, que acaba de lançar mais um álbum imprevisível. Ok, rock retro com pitadas eletrônicas não é nenhuma novidade, as participações especiais (Lovefoxxx, Linda Thompson e Josh Home) são dispensáveis e só umas três faixas “valem” a audição (a faixa título, o single “Can’t Go Back” – na cola do Klaxons – e a versão de “Over and Over”, do Fleetwood Mac), mas Bobby Gillespie merece respeito. Aguardemos o próximo álbum.
Preço em média: R$ 50 (importado)
Nota: 6
“Vampire Weekend”, Vampire Weekend (XL)
A NME os jogou na capa apontando-os como a “banda norte-americana que os ingleses precisam ouvir”, mas não há nada de britânico aqui, e sim guitarrinhas que lembram a fase final do Talking Heads, os álbuns world music de Paul Simon e, pasmen, Paralamas. Os quatro singles – “Mansard Roof”, “Oxford Comma”, “A-Punk” e “Cape Cod Kwassa Kwassa” – do álbum de estréia desse grupo de Nova York apaixonado pela África poderiam transformar o carnaval baiano numa festa cigana. Todo mundo precisa ouvir! 🙂
Preço em média: R$ 50 (importado)
Nota: 9
Leia também:
– “Up The Bracket”, a estreia do Libertines, faixa a faixa (aqui)
– Em São Paulo, Carl Barât fez uma digna apresentação de fim da carreira (aqui)
– Pete Doherty opta por sonoridade acústica em seu primeiro álbum solo (aqui)
– Carl Barât se dá bem com a estreia do Dirty Pretty Things (aqui)
– “Shotter’s Nation”: três faixas matadoras e um bando de canções medianas (aqui)
– “Riot City Blues”, Primal Scream, por Marcelo Costa (aqui)
Meio sem graça….soa um smiths misturado com blur
hmm…”A-Punk” é a única legal do CD, hein…tá bom, tá bom… vc pode ter curtido….mas só não deu 10 porque eles fizeram a música mais irritante do universo – “Cape Cod Kwassa Kwassa” -, né?
Eu ate que gostei do Primal Scream, com certeza Bobby Gillespie merece respeito. Quanto ao Vampire Weekend nao gostei muito nao.
Abs.
certeza que dirty pretty things foi escutado devidamente?
há uma dose grande de brit pop no disco. o “punk rock and roll sem polimento nem gracejos” é bastante questionável.
Cara , eu acho q sou meio diferente dos críticos… pois achei… o segundo album dos DPT um dos melhores do ano… junto com o do Fratellis… já o primeiro… achei bem enjoativo… apesar de boas músicas… achei bem evolutivo… qto ao Primal Scream ta na média… tirando o Give … os outros sempre tiro uma ou duas pra escutar….
Bom ta ai minha opinião.. abraço!!
Cara, que saudade dos tempos de Screamadelica, Vanishing Point e XTRMNTR. O Primal Scream perde muito tentando dar uma de banda de rock convencional. Os últimos dois discos me decepcionaram…