por Marcelo Costa

“Uma Tarde na Fruteira”, Júpiter Maçã (Monstro Discos)
Flávio Basso é o equivalente nacional de Amy Winehouse no que diz respeito à chapação. Ex-integrante dos míticos Cascavelletes, o cantor se travestiu de Júpiter Maçã em 96, quando lançou o sensacional “A Sétima Efervescência”. De lá pra cá, porém, ele só vem descendo a ladeira. “Uma Tarde na Fruteira” mistura bossa, rock setentista e psicodelia com letras que uma criança de cinco anos poderia ter feito. Prove a surrealista “A Marchinha Psicótica de Dr. Soup” e decida se vale encarar o álbum todo.

Nota: 3

“Liquidificador”, Aerocirco (LOM Music)
Terceiro álbum deste quarteto de Florianópolis, “Liquidificador” exibe um pop rock consistente entre Coldplay e Los Hermanos que traz como grande destaque os riffs fortes de guitarra, mas peca no tom simplório das letras quase monotemáticas (amor, amor, amor e… amizade), que pode os aproximar dos emos, comparação jocosa, mas que poderia render: eles são muito melhores do que os cânones do gênero. O bom rock “Grande Coração”, a balada “No Nosso Canto” e a faixa título credenciam o quarteto.

Nota: 5

“Dias Mais Tranqüilos”, Beto Só (Senhor F)
Segundo álbum do músico brasiliense, “Dias Mais Tranqüilos” chega às lojas em maio, mas já está disponível no MySpace. Beto Só mantém a inspiração da estréia em baladas cortantes que batem forte no peito, no rosto, nos pulsos. “Abre a Janela” introduz o disco de forma calma, e cresce até chegar ao ponto do cantor gritar no refrão, com o coração partido: “Vê se morre!”. As poderosas “Meu Velho Escort” e “O Tempo Contra Nós”, lançadas em single virtual, se destacam ao lado de “Tão Tarde” e “Desalento”.

Nota: 7