por Marcelo Costa
“The Autumn Defense”, The Autumn Defense (Broadmoor)
John Stirratt é baixista do Wilco. Pat Sansone é multi-instrumentista, e entrou no Wilco durante a turnê do álbum “A Ghost Is Born”. Juntos formam o The Autumn Defense, cujo este álbum homônimo (terceiro do duo) deverá emplacar – merecidamente – várias listas de melhores do ano. A praia da dupla é o rock regressivo que o Wilco mostrou em “Sky Blue Sky”, e em alguns momentos – como “Spend Your Life” – os superam. Em outros, tocam como se pescassem estrelas. Música calma para corações roqueiros.
Nota: 9
Preço em média: R$ 55 (Importado)
“Under the Blacklight”, Rilo Kiley (Warner)
Ahhh, o sonho eterno dos 15 minutos de fama. Após três respeitados – e bons – álbuns independentes, e uma folga para projetos paralelos (que rendeu, em 2006, o excelente “Rabbit Fur Coat”, solo da vocalista Jenny Lewis), o Rilo Kiley retorna de contrato com uma major e um álbum que sugere um crossover de Cardigans com Goldfrapp. Ficaram no passado as influências country e folk; entra em cena um pop simpático, mas ordinário, que ameaça se transformar em algo grande, mas o disco fica longe disso.
Nota: 5
Preço em média: R$ 45 (Importado)
“Paris-Berlin”, Stereo Total (Kill Rock Stars)
Dois anos atrás, eu estava em um bar quando percebi Françoise Cactus e Brezel Göring na mesa ao lado. Brezel estava folheando um exemplar em xérox do livro “A Divina Comédia dos Mutantes”. Isso diz muito sobre a música bacana deste duo franco-germano, que chega ao nono álbum esbanjando inteligência. “Paris-Berlin” é cantado em seis línguas, versa sobre “amor, rebelião e nostalgia” e continua chocando chanson francesa, rock de garagem e synth-pop de forma genial. Agora é esperar o show imperdível.
Nota: 7,5
Preço em media: R$ 45 (Importado)
Olá, descobri hoje seu blog. Ótimos comentários. engraçado que dois dos três discos que tu colocou no 500 toques eu também tinha comentado em meu blog recentemente. Vou linkar o Revolution lá.
Abração
Esse disco do Autumm Defense ta bom mesmo…ja passou um bom tempo tocando por aqui…mas ele é menor do que as obras primas anteriores “The Green Hour” e o “Circles”…
Abs,
🙂
Como ultimamente eu ando com um espectro do Sky Blue Sky em meus pensamentos, fiquei muito curioso com a breve resenha do Autumn Defense… essa coisa de “tocam como se pescassem estrelas. Música calma para corações roqueiros” é um bálsamo para meu ouvidos!!!
A crítica do último álbum do Rilo Kiley não procede. Qual a culpa em querer ser pop ? Afinal, só se salva o indie ? O disco é redondo, coeso, festivo, sunkissed, e um pouco pretensioso, o que não é necessariamente ruim. Ademais, Under The Blacklight nos dá a melhor música do ano: “The Dreamworld” é boa prá cacete.