“Impossibilidades” é o cartão de visitas do novo disco do grupo, em fase de finalização. O single, liberado gratuitamente nos sites My Space, Trama Virtual e Rapidshare, traz como bônus uma versão de “Città Piu Bella”, original do Fellini, que irá integrar um tributo ao grupo paulistano que reúne bandas independentes de todo o país e deve ser lançado em breve em CD em uma parceria de selos de São Paulo e Rio de Janeiro. As duas músicas vão estar no novo disco do OAEOZ, e adiantam um álbum que deve vir ainda melhor do que “Às Vezes Céu”, excelente trabalho anterior lançado pelo próprio selo da banda, De Inverno Records, em 2005.
A expectativa por um grande repertório é atiçada pela empolgante faixa título deste primeiro single, um poderoso rock que abre com uma linha de baixo marcando a melodia, traz uma bateria galopante, guitarras altas entupindo os dois canais de saída de som, e o vocalista Ivan Santos cantando até onde a garganta parece agüentar. Em Curitiba, quando recebi o CD, Ivan brincou que isso seria o mais próximo que o OAEOZ chegaria do emo. Ainda no hotel, quando ouvi o single, “Impossibilidades” me lembrou algo dos Engenheiros do Hawaii. E por mais que você, leitor crítico e esperto, odeie o emo (como eu) e os Engenheiros do Hawaii (deles eu gosto), “Impossibilidades” vai muito além destes dois diminutivos simplistas. É uma canção roqueira, empolgante, daquelas que podem salvar o dia, e que se encerra com um belíssimo verso: “Me alimento da falta e me cerco do excesso / Pra me esconder na ausência da vontade e na impossibilidade dos sentidos”.
Não bastasse o poderoso single, “Impossibilidades” ainda traz uma versão acachapante de “Città Piu Bella”, uma das faixas luminosas do luminoso álbum “Amor Louco”, do Fellini. O que era folk na versão felliniana se transforma em rock espacial de altíssima qualidade com o OAEOZ. Os curitibanos conseguem o quase impossível com “Città Piu Bella”: pegar uma grande canção e ir além, recriando-a, melhorando-a, ultrapassando a própria versão original. A banda diminui a cadência e valoriza efeitos, vozes e a letra acachapante de Cadão Volpato, que fotografa cenas da cidade mais bela, um local com garças em rios poluídos, encontros atrás de cemitérios, pessoas passando ao lado de excrementos, e desejando a morte do prefeito por enforcamento. “Città Piu Bella” com o OAEOZ são seis minutos de grandeza musical. As duas músicas vão estar no novo álbum do grupo, e podem ser baixadas gratuitamente em algum dos endereços abaixo (o link do rapidshare traz a capa, o encarte e o selo do CD junto às duas músicas).
http://www.myspace.com/oaeoz
http://www.tramavirtual.com.br/oaeoz
http://www.deinverno.blogspot.com
http://rapidshare.com/files/38047872/oaeoz_-_impossibilidades.rar.html
Impossibilidades, OAEOZ (De Inverno Records)
Download gratuito
No My Space, além das duas faixas do single também estão disponíveis as recomendadíssimas “Lembranças” e “Dizem”. No Trama Virtual é possível baixar o álbum “Às Vezes Céu” na integra
o single não foi “liberado” no myspace. Nada é liberado lá – se prestar atenção.
Recife tem muito mais bandas que Curitiba.
Se assumir fã dos Engenheiros é pior do que se assumir pedófilo.
fala!
legal o lance, vou conferir!
aproveita e me dê o prazer de resenhar a minha banda. pode até detonar, chamar de barulho desconexo sem noção que eu vou a-do-rar! hehehe
sério mesmo!
abrçs
Só de lembrar o Engenheiros do Hawaii, já perdeu pontos…
como nos bons tempos do Garagem… ana maria broca neles !! 😀
Legal hein Marcelo, o negócio ferve por aqui, parabéns pelo seu trabalho e que ele te renove as energias gastas na mudança – se é que é possível. Até.
Ainda nao ouvi mas vou atras neste exato momento :))
Abração!!
Caro marcelo, não estou preso a nenhum esteriótipo, muito pelo contrário, a Ana Maria broca foi para os Engenheiros do Hawaii, não sobre a banda que você havia comentado (o papa é pop ninguém merece). Com relação a banda, eu tentei escutar uma música, mas a mas a fórmula era tão batida, tão parecido com tudo por ai… talvez elas deviam buscar como influência o Velvet Underground e não, com todo o respeito, os Engenheiros do Hawaii, maria broca neles e em vc…
Sem dúvida Marcelo, that’s what really matters, de qualquer modo ouvindo Engenheiros ou não, a coluna é bem legal, achei interessante os reviews sobre o Baby 81 e o disco dos Violins…
abraços