por Marcelo Costa
“Combate Rock”, Vários (Rock It)
O rock nacional junta-se para relembrar os anos 80. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfa (Legião Urbana), Evandro Mesquita (Blitz), Roger (Ultraje a Rigor), Dinho (Capital Inicial), entre outros, fizeram uma jam session em 1997 que resultou neste disco. Na época, o álbum saiu encartado em uma revista, mas surge agora, nas lojas, com três bônus tracks: Philippe Seabra, da Plebe Rude, canta “Lost in the Supermarket”, do The Clash. Fausto Fawcett faz uma versão para “China Girl” de Bowie e Iggy Pop enquanto Nasi (Ira!) canta “Até quando esperar” da Plebe Rude. As três juntam-se a versões toscas de Roger para “Sheena is a Punk Rocker”, do Ramones e “Geração Coca-Cola”, da Legião Urbana, aqui com Herbert Vianna. Interessante.
Nota: 5
“Breach”, The Wallflowers (Universal)
Jakob Dylan está de volta com seu The Wallflowers, quebrando um silêncio de quatro anos, desde o anterior, o multiplatinado debute “Bringing Down The Horses” (1996), que vendeu 6 milhões de cópias no mundo todo. Quatro anos é bastante tempo no mundo pop, mas não pense que o rapaz mudou. As coisas continuam as mesmas, o que soa calmo e country e Bruce Springsteen e repetitivo demais. “Sleepwlaker” tenta brilhar, com sua guitarra e clima rocker de boteco, mas as baladas country se sobressaem, as guitarras soam calmas e as letras, bem, soam boas para um ser humano normal, mas sendo filho de quem é. Um disco que pode fazer feliz os 6 milhões de compradores do álbum anterior, mas não vai arrebatar mais nenhum. Preicsa?
Nota: 6
“The Brasil EP”, Vários (Trama/V Recordings)
“Esse samba é o meu groove da vez / com guitarra e drum’n’bass / só para ver como é que fica / eletrônico com couro da cuíca”, canta magnificamente Fernanda Porto na faixa “Sambassim”, canção que abre esse excelente “The Brasil EP” e que tem feito alegria nas pistas de Londres desde que foi lançado, no meio do ano passado, chegando agora ao Brasil, via Trama. O álbum é um projeto do selo inglês V Recordings, um dos mais respeitados no drum’n’bass mundial, e traz seis faixas (no CD, sete, com o bonús “Tudo”, de DJ Marky). Além de Fernanda Porto (em remix do DJ Patife) marcam presença Max de Castro (remixado por Patife e Marky) e XRS Land. O projeto é todo voltado para apresentar a drum’n’bass brasileira para o mundo. A intenção já é mostrada a partir do nome que deixa de lado o Brazil com z. Samba, batucada e drum’n’bass das boas.
Nota: 8
– Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne
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