Conexão Vivo Salvador – Dia 4
Domingo, último dia da maratona de encontros do Conexão Vivo em Salvador. O sol, que parecia tímido nos dias anteriores, mostrou as caras e surgiu lindo. A lua não ficou atrás: uma bola amarela nascendo do oceano. Nos dois palcos montados na Pituba, um show de diversidade musical que começou percussivo, mostrou novas sonoridades do samba, virou reggae e terminou hip-hop – com um aceno de MPB.
Os baianos do Grupo Percussivo Mundo Novo abriram os trabalhos para um bom público mostrando a sonoridade de seus instrumentos de percussão feitos de material reciclado – por eles mesmos. O auge do show foi o convite ao mestre Wilson das Neves, que desfilou elegância em “O Samba e Meu Dom”. Na sequencia, Peu Meurray trouxe ao palco seu parceiro Magary (mais percussões e pneus) em um show que mostrou personalidade.
Manuela Rodrigues, que havia se apresentado na sexta com o trio vocal Três na Folia, mostrou que além de tradição também gosta de provocar cantando bons novos sambas de seu primeiro disco solo e convidando Romulo Fróes ao palco para cantar com ela “Para Fazer Sucesso”, “O Filho de Deus” e “Outra Qualquer Por Aí”, esta última uma parceria inédita de Romulo com Clima que dá título ao disco de Manuela. Bom momento da noite e gancho para reflexões posteriores. Aguarde.
O samba rock do mineiro Gustavo Maguá agitou a galera (ainda mais com a presença de Marco Matolli, do Clube do Balanço), mas o grande nome da noite no quesito público foi Edson Gomes, que cantou o reggae com Celso Moretti e com todo o público presente, dos seguranças ao pessoal dos carrinhos de lanches, que fizeram coro em “Camelô”, “Samarina”, “Malandrinha” e “Lili”. Para fechar, “A Carne”, de Marcelo Yuka, em versão de arrepiar.
Flávio Renegado tinha uma missão difícil pela frente: agitar a galera após a festa de Edson Gomes. E ele não decepcionou. Mostrando domínio de palco e boas rimas, o rapper mineiro foi conquistando aos poucos a plateia enquanto alternava canções de seu primeiro álbum (o bom “Do Oiapoque a Nova York”) com faixas novíssimas que estarão em seu vindouro segundo disco, “Minha Tribo é o Mundo”.
Das novas, surpreenderam as ótimas faixa título e “Suave” – que tem tudo para virar hit de salão. “Não Vou Ficar”, de Tim Maia, e a ótima “Sei Quem Tá Comigo” (do refrão grudento: “E na hora do perigo, quando a casa cai / Us guerreiro fica, us comédia sai”) foram os grandes momentos da noite, que terminou com Lenine dividindo o palco com o rapper (e cantando hits como “Hoje Eu Quero Sair Só” e “Jack Soul Brasileiro”). Preste atenção nesse nome: Flávio Renegado.
Todos as fotos por Marcelo Santana / Divulgação Conexão Vivo
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