Posts from — junho 2018
Papeando com Bruno Kayapy
Programa Passagem de Som, do SESC TV
Na companhia do guitarrista Bruno Kayapy e da chefe de cozinha Helena Rizzo, seguimos até o “Pico do Macaco”, base que sedia o grupo na cidade de São Paulo. É lá que o guitarrista nos aproxima da história da banda que foi fundada em 2004, em Cuiabá (MT), mas depois de algumas mudanças se estabeleceu em São Paulo com uma nova formação.
O Macaco Bong nasceu a partir de um coletivo chamado “Espaço Cubo”, no qual os integrantes trabalhavam. Fundado em 2002 por produtores culturais, o coletivo organizava festivais como o Calango e o Grito Rock. O álbum de estreia, “Artista Igual Pedreiro”, foi lançado em 2008 e ganhou o prêmio de melhor disco do ano pela revista Rolling Stone Brasil. Depois vieram “Verdão e Verdinho EP” (2011), “This is Rolê” (2012), “Macumba Afrocimética” (2014) e “Macaco Bong” (2016).
Já no bairro Consolação, no centro da cidade, conhecemos o espaço do curador musical Marcelo Costa. Com prateleiras de discos até o teto, Bruno Kayapy troca várias ideias com o criador do Scream and Yell, site de cultura pop dedicado a entrevistas, críticas de discos e divulgação de novas bandas. Mas é sobre o palco do Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, que os músicos trazem um pouco mais da ideia de fazer a releitura e de interpretar o álbum “Nevermind”, do Nirvana.
junho 29, 2018 No Comments
Ouça o programa Ferozes FC Copa 2018
Quatro anos atrás, a equipe do programa de rádio Ferozes Futebol Clube me convidava para uma divertida participação especial em meia a Copa dos 7 a 1. E cá estou eu novamente em 2018 com (na foto abaixo pela ordem da esq para a dir) Almir Breviglieri Jr, Pedro Molina João Paulo Tozo e Márcio Viana em mais uma gravação divertida do Ferozes. O programa foi ao ar no dial virtual da Popload Radio, afinal Futebol é Pop, e agora está disponível logo abaixo. Ouça e confira com falhamos em nossos palpites sobre as oitavas da Copa Derruba Bolão (risos)! Na trilha do programa, escolhida por mim, tem Ana Bacalhau, Sotomayor, Elza, Yangos, Badi, Black Future e muito mais.
BG 1
Beto Só – Más o Menos Bien
Sotomayor – Rosa, Menina Rosa
Ana Bacalhau – Leve Como Uma Pena
BG 2
Otavio Bertolo & Andrés Correa – El Vampiro Bajo El Sol
Inglaterra – Yangos – The Trooper
Elza Soares & Edgar – Exú Nas Escolas
BG 3
Badi Assad – Royals
Black Future – No Nights
Craca e Dani Nega – Casa de James
junho 29, 2018 1 Comment
Dylan com café, dia 67: Woodstock 94
Bob Dylan com café, dia 67: Não é segredo que os produtores do primeiro Woodstock, em 1969, desejavam ardentemente a participação de Bob Dylan no festival. Porém, Dylan vivia uma fase tranquila e familiar na época (representada pelo álbum “New Morning”) e, desde o acidente de moto de 1966 (e o final antecipado e turbulento daquela turnê), evitava grandes audiências. Já em 1994, o cenário era outro. Visando festejar 25 anos do primeiro Woodstock, os organizadores foram atrás de Bob, que havia recuperado o olhar carinhoso da crítica com o excelente “Oh Mercy” (1989), mas sentia suas novas canções próprias tão frágeis que decidiu embarcar em uma série de discos de covers de countrys rurais (“Good as I Been to You”, de 1992, e “World Gone Wrong”, de 1993), ainda que o establisment pop começasse uma série de homenagens (as “The Bootleg Series” se iniciam em 1991 e o grande show “The 30th Anniversary Concert Celebration” é de 1993). Porém, feliz surpresa, Bob aceitou o convite da produção do Woodstock 1994, deu uma pausa na Never Ending Tour e preparou um show especial, que, das 12 canções, traz apenas duas músicas “recentes”: a abertura com “Jokerman” (do álbum “Infidels”, de 1983) e “God Knows” (de “Under the Red Sky”, de 1990).
Entre as outras 10 faixas, apenas clássicos sessentistas do quilate de “Just Like a Woman”, “Masters of War”, (uma versão lenta de) “It’s All Over Now (Baby Blue)”, “Rainy Day Women” e “Don’t Think Twice”, entre outras. A execução é boa, ainda que Bob, como de praxe, não exiba tanta paixão na execução. Aliás, nas três primeiras faixas, ele canta apressado, como se tivesse prestes a perder o último trem para o paraíso, mas depois e o show flui bem e agradavelmente. Registrada em diversos álbuns ao vivo de Dylan (de “Before The Flood” a “Live at Budokan”, de “Real Live” a “MTV Unplugged”), “All Along the Watchtower” surge novamente hendrixiana (Bob sempre disse que a versão de Jimi Hendrix, lançada seis meses após sua gravação original, era sua predileta e desde então toca a música no arranjo do guitarrista) num bom DVD que faz uma ponte interessante entre os demais registros ao vivo de Dylan, e que, devido ao sucesso da apresentação, abriu as portas para o “Unplugged MTV” em 1995. O homem (que nunca foi embora) estava de volta.
junho 27, 2018 No Comments
Escolas cervejeiras, IBU e mais
Programa número 84 da série Scream & Yell Vídeos, e o segundo com foco em cerveja, este programase tornou em um dos vídeos mais longos gravados pela Casa Inflamável para o Scream & Yell (calma, são só quase 28 minutos), e não foi a toa: a ideia aqui era dar um breve histórico de algumas escolas cervejeiras clássicas em exemplos que podem ajudar você a entender para onde essa revolução cervejeira artesanal está indo. No meio do caminho conto algumas histórias minhas com a Duvel, falo de IBU e outras coisas. Assista!
junho 22, 2018 No Comments
Dylan com café, dia 66: Tom Petty
Bob Dylan com café, dia 66: Antes de decidir ignorar as turnês temáticas de álbum formando uma banda para uma Never Ending Tour em junho de 1988, Bob Dylan foi para o palco dezenas de vezes acompanhado pelos músicos mais variados e é possível encontrar facilmente bootlegs em vídeo de todas as suas turnês pós 74. A de 1986, que levou o nome de “True Confessions Tour”, tinha que banda de apoio Tom Petty & The Heartbreakers, e se os discos do período (“Empire Burlesque” / “Knocked Out Loaded”) mostravam um Dylan musicalmente completamente perdido, nos shows as coisas ainda funcionavam (dependendo da noite, dependendo do humor do homem).
Transmitido pela HBO em 20 de junho de 1986, o material que compõe o DVD “Hard to Handle” saiu de dois shows em Sidney (o quinto e sexto de seis shows naquela cidade em fevereiro de 1986), na primeira perna da turnê (Nova Zelândia, Austrália e Japão), e reduz o set de, em média, 30 canções (com direito a quatro números solo de Tom Petty e cerca de quase três horas de duração), para apenas 10 cavalos de batalha, hinos do quilate de “Just Like a Woman”, “Like a Rolling Stone”, “Ballad of a Thin Man”, “It’s Alright, Ma (I’m Only Bleeding)“, “Knockin’ on Heavens Door” e “Girl From The North Country”. O DVD é aberto com a cristã “In The Garden”, do álbum “Saved” (1980), e Dylan provoca: “Essa música é sobre o meu herói. Cada pessoa tem um herói e qual seria o herói de vocês? Mel Gibson? Michael Jackson? Bruce Springsteen?”.
Do material então recente Dylan saca “I’ll Remember You” e “When the Night Comes Falling from the Sky”, num poderosa versão com um coral soul de arrepiar. As imagens são básicas, mas o som é bom e dá uma perfeita ideia da evolução de Dylan no palco e comparação com os shows do DVD “The Other Side of The Mirror – Live at Newport 1963 / 1965”, da turnê “Hard Rain” (1976) e do vindouro “Woodstock 94”, o próximo café. A boa dica é ir atrás dos bootlegs oficializados dessa turnê, como “Across The Borderline, Austrália” ou “This Land Is Your Land: The Classic 1986 Buffalo, New York, 04 July” (os dois com 31 canções).
junho 18, 2018 No Comments
Dylan com café, dia 65: Don’t Look Back
Bob Dylan com café, dia 65: 50 anos se passaram e “Don’t Look Back” continua sendo não só o melhor documentário sobre Bob Dylan, mas um dos melhores documentários de rock já feito em todos os tempos (para o British Film Institute, é um dos 10 documentários de rock essenciais na história). Lançado em 1967, “Don’t Look Back” traz o cineasta DA Pennebaker acompanhando Dylan na turnê britânica de maio de 1965, sua última turnê acústica antes da tempestade sônica que iria começar no Festival de Newport, em junho, e se alastrar por todos os lugares, culminando novamente em uma turnê inglesa (e no grito de “Judas” em Manchester, 1966). Ou seja, “Don’t Look Back” flagra Bob Dylan pré-celebridade pop, tendo que lidar com jornalistas despreparados (é famoso o trecho do filme em que ele desanca um repórter da Time Magazine) num meio musical que ainda carecia de profissionalismo (chega a soar cômico ver seu manager, Albert Grossman, tendo que improvisar em cima da hora teatros para os shows e aceitar cachês abaixo de valores de mercado). A cena de abertura do filme serviu como uma espécie de videoclipe (que se tornaria um clássico) para a música “Subterranean Homesick Blues”, na qual Bob exibe e descarta uma série de cartões contendo palavras e frases selecionadas das letras (incluindo erros intencionais e trocadilhos) com Allen Ginsberg fazendo uma aparição. Joan Baez também é vista no filme (numa situação que soa um rompimento do casal) além de Marianne Faithfull, Donovan e John Mayall, entre outros.
“Trata-se de um documentário sobre fama e como ela ameaça a arte. Também é sobre a imprensa e como ela categoriza, aprisiona, esteriliza, universaliza ou convencionaliza de maneira vaga um original com Dylan”, observou a crítica da Newsweek na época. “Muito poucas pessoas mudam o mundo”, pontou Joseph Baldassare, curador de uma exposição em Londres sobre o filme em 2016. “Para mim há antes de Elvis e depois de Elvis, antes de Cassius Clay e depois de Muhammad Ali, e antes de Bob Dylan e depois de Bob Dylan. Em ‘Don’t Look Back’, temos o raro ponto de vista de ver esse momento um pouco antes”, opina. “O filme é magnético”, classificou o Guardian. “Ao mesmo tempo em que apresenta trechos fascinantes de um músico tocando no auge de seus poderes, o drama fora do palco é igualmente cativante”, compara, e explica: “Chegando à Inglaterra, Dylan é todo polido e charmoso diante de um circo da mídia com a intenção de transformá-lo em algo fácil de entender. Mas à medida que a turnê caótica continua, ele se torna cada vez mais irritado e agressivo”, conclui. Documentário essencial, “Don’t Look Back” foi relançado em 2015 dentro da série The Criterion Collection numa versão 4K restaurada com trechos extras e muitos bônus em um segundo DVD com mais de uma hora de imagens inéditas.
junho 13, 2018 No Comments
Scream & Yell Vídeos: Programa 83
O programa número 83 da série é daqueles que mapeiam lançamentos e, neste em especial, reúne um disco (“Taurina“, de Anelis Assumpção), um DVD (a caixa com três discos e seis filmes “O Cinema de Jean-Luc Godard”) e um livro (“Canções Iluminadas de Sol: Entre Tropicalismos e Manguebeats“, de Carlos Gomes). Assista abaixo!
junho 12, 2018 No Comments
Dylan com café, dia 64: Minneapolis Tape 2
Bob Dylan com café, dia 64: Robert Allen Zimmerman nasceu em Duluth, Minnesota, em 24 de maio de 1941. Em 1947, os Zimmermans mudaram-se para um bairro de classe média na vizinha Hibbing, uma cidade de 16 mil habitantes a beira da maior mina de ferro a céu aberto do mundo. Na escola, Bob formou algumas bandas e, após a formatura do ensino médio em 1959, frequentou a Universidade de Minneapolis, onde encontrou uma cena boêmia florescendo na quadra conhecida como Dinkytown. Inspirado pela leitura da autobiografia de Woody Guthrie, “Bound for Glory”, Dylan abandonou a faculdade no primeiro ano e partiu para Chicago (já assistiu a “Inside Llewyn Davis”, filme de 2013 dos irmãos Coen?), depois Madison, no Wisconsin, antes de chegar ao Greenwich Village nova-iorquino num inverno frio e cheio de neve. A vinda para Nova York, no entanto, tinha como intuito principal uma visita ao doente Woody Guthrie, que estava internado em um hospital em Nova Jersey para tratar da coreia de Huntington, doença hereditária que causa a morte das células do cérebro (Guthrie iria morrer em 1967). Bob se aproximou de Guthrie e, também, da cena folk do Greenwich Village, e se fixa em Nova York em janeiro de 1961.
Durante o ano de 1961, porém, Bob visitaria a família em Hibbing algumas vezes, sempre passando por Minneapolis, onde encontrava Bonnie Beecher, uma garota que ele conheceu na faculdade (e que inspirou a canção “Girl from the North Country”). Numa dessas passagens, em maio de 1961, Bob teria se apresentado em um café, onde foi gravada uma fita caseira hoje conhecida como “The Minneapolis Party Tape”. Em novembro, Bob gravou nos estúdios da Columbia o repertório que iria compor seu álbum de estreia (que só sairia em março de 1962), e em dezembro (sete meses após a primeira sessão em Minneapolis), Bob estava de volta a Dinkytown, e uma segunda fita foi registrada, desta vez no apartamento de Bonnie – por isso conhecida como “The Minneapolis Hotel Tape”. A evolução musical de Bob entre a primeira fita (em maio) e a segunda (em dezembro) é imensa e intensa. Nesta sessão de final de ano, Bob está cantando muito melhor e dominando violão e gaita, incandescente num repertório de canções tradicionais que destacam o quarteto de covers de Woody Guthrie “VD Blues”, “VD Waltz”, “VD City” e “VD Gunner’s Blues”, cujo tema central é doença venérea (VD). Nesta edição bootleg autorizada via lei de direitos autorais do Reino Unido há, ainda, a inclusão de seis músicas de um show no Gaslisgh Café em setembro de 1961 – outro show, mas de 1962, será lançado pela Columbia em 2005 em parceria com o Starbucks – que traz algumas das primeiras composições autorais de Bob (“Man on The Street”, “Talking Bear Mountain Picnic Massacre Blues” e “Song to Woody”) em outro documento histórico. Imperdível.
junho 11, 2018 No Comments
Festival Circadélica: Programação por dia
Festival Circadélica, Sorocaba, SP
Dias 28 a 29 de julho de 2018
Infos: https://www.facebook.com/circadelica/
Confira o line-up de outros grandes festivais de música
junho 9, 2018 No Comments
Festivais 2018: mais 7 line-ups
PicniK Festival, Brasília
Dias 23 e 24 de junho de 2018
Infos: https://www.facebook.com/PicniKBsB/
Experiência Scream & Yell: Ocupando a cidade!
Paléo Festival 2018, Suiça
De 17 a 22 de julho de 2017
Infos: http://yeah.paleo.ch/
Pitchfork Music Festival Chicago, EUA
De 20 a 22 de julho de 2018
Infos: http://pitchforkmusicfestival.com/
Traveler’s Rest Festival, Montana, EUA
Dias 04 a 05 de agosto de 2018
Infos: http://travelersrestfest.com/
Coma Festival 2018, Brasília
De 10 a 12 de agosto de 2018
Infos: https://www.facebook.com/FestivalCoMA/
Louder Than Life, Louisville, EUA
De 28 a 30 de setembro de 2018
Infos: https://louderthanlifefestival.com/
Shiiine On Weekender 2018, West Somerset, Inglaterra
De 16 a 18 de novembro de 2018
Infos: https://www.shiiineon.com
Confira o line-up de outros grandes festivais de música
junho 8, 2018 No Comments