por Herbert Moura
Foto de Javier Martínez / Unsplash
De acordo com dados publicados pela plataforma de pesquisas “Statista”, metade dos jogadores de videogame são mulheres. E o melhor? Esse e outros fatores têm reflexos positivos na indústria.
Quem viveu os anos 80 deve se lembrar que os videogames faziam parte de um nicho especificamente voltado ao público masculino infantil e adolescente. Das campanhas publicitárias aos jogos publicados, a indústria “mainstream” se adequava a um perfil estreito e bem definido de sua base de jogadores.
Isso, porém, não significa que jogos que fugiam dessa delimitação não fossem produzidos. Títulos como “Night Trap”, jogo de horror desenvolvido para o Sega CD em 1992, já mostravam que o setor tinha potencial para ir muito além dos públicos mais jovens, com games para todo tipo de jogador.
Essa realidade se intensificou ainda mais com a virada do milênio, ao ponto de que nos dias de hoje os videogames já não são mais considerados um entretenimento masculino e infanto-juvenil. Assim como em outras áreas do entretenimento, “diversidade” se tornou a palavra de ordem na indústria.
A popularização das apostas esportivas
Um dos melhores caminhos para explorar a diversidade no mercado de jogos é partindo das casas de apostas e cassino online. Estes espaços digitais voltados a um tipo de entretenimento eletrônico adulto são cada vez mais populares, o que resulta em novas legislações desenvolvidas para a área.
O assunto é especialmente tópico no Brasil, quando levamos em conta que o nosso país aparece como um dos primeiros em listas de nações que buscam pelas apostas esportivas na internet. Na América Latina, nós somos de longe o maior mercado, algo explicado pelo amor que possuímos por esportes.
Aliado a isso, surgem também plataformas dedicadas a analisar os sites que oferecem as apostas online, como a Academia de Apostas e a Apostapedia. É a partir desses endereços que os apostadores conferem informações vitais sobre a atividade, o que se reflete na maneira como jogam na internet.
A importância das mulheres nos jogos eletrônicos
Outro aspecto que merece destaque, quando falamos sobre a evolução da cultura de jogos, é o espaço conquistado pelas mulheres nas esferas do mundo gamer. A presença delas desenvolvendo, cobrindo e consumindo jogos não é algo novo, mas a importância dessa representatividade nunca foi tão forte.
Como exemplo, podemos mencionar os jogos da franquia “Pokémon”, os quais antes ofereciam exclusivamente avatares masculinos para os jogadores. No último título, Scarlet & Violet, personagens femininas têm as mesmas oportunidades de customização que os avatares masculinos.
Segundo dados da Esports Coach Academy (ECA), jogadoras estão mais suscetíveis a serem excluídas do meio gamer ou sofrerem assédios de todos os tipos no meio online, o que mostra que ainda temos muito o que evoluir. Mudar esse cenário envolve reforçar a voz que elas possuem na indústria.
O que o futuro nos reserva?
Até aqui nós trabalhamos dois aspectos da evolução do mercado de jogos: a diversidade de gêneros (pegando como exemplo as apostas online) e a perspectiva feminina na indústria. Diante desses pilares, surge uma dúvida: o que exatamente o futuro reserva para o setor dos jogos eletrônicos?
As previsões mais óbvias são aquelas que consideram a importância das inteligências artificiais e da realidade virtual (VR), mas existem fatores sociais igualmente relevantes. A importância da diversidade não termina com a presença feminina, mas com a inclusão de todos os tipos de gamers.
O que é certo é que nunca antes vivemos uma época tão próspera para gostar do entretenimento proporcionado pelos videogames. O nascimento e o sucesso de estúdios indie provam que existe espaço para múltiplas vozes, celebrando as diferenças e o amor pelos games que unem todos nós.