por Marcelo Costa
Mr. Glenn Hughes é uma lenda do rock! Gravou seu primeiro disco, com a banda Trapeze, quando tinha 19 anos, em 1970, e aos 22 foi convocado para assumir o baixo e os backings do Deep Purple, que na época já tinha gravado os espetaculares “In Rock” (1970), “Fireball” (1971) e “Machine Head” (1972). Nos três anos que ficou com Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclados) e Ian Paice (bateria) mais David Coverdale (voz), Hughes gravou outros três álbuns amados pelos fãs: “Burn” (1974), “Stormbringer” (1974) e “Come Taste the Band” (1975).
Desde 2017 que Glenn Hughes roda o mundo com uma turnê que recria os clássicos do Deep Purple, sem se restringir totalmente ao repertório dos álbuns que ele gravou com a banda – o hino “Highway Star”, por exemplo, está fixo no set list, mas alguns sortudos podem se deparar com um medley que combina o riff inconfundível de “Smoke on the Water” com “Georgia On My Mind”, clássico de Hoagy Carmichael e Stuart Gorrell imortalizado por Ray Charles.
Em conversa rápida por e-mail às vésperas de uma turnê latina que, no Brasil, já passou por Brasília e Belo Horizonte, mas ainda tem datas em Porto Alegre (Opinião, 07/11), Curitiba (Teatro Positivo, 08/11), Rio de Janeiro (Sacadura, 10/11) e São Paulo (Carioca Club, 11/11), Glenn corrobora a ideia de que sua entrada para o Deep Purple foi uma mudança de vida, diz que a boa recepção do álbum “Burn” em 1974 o motivou e que os fãs brasileiros são os melhores do mundo: “Eu AMO tocar no Brasil, sério, do fundo do meu coração, eu AMO o Brasil”. Confira o papo!
Mr. Hughes, o senhor tinha 22 anos quando deixou o Trapeze e entrou para o Deep Purple em 1973. Como foi a sua adaptação ao cotidiano da banda? Quais são suas lembranças de entrar para o Purple que, naquela época, já havia lançado alguns álbuns absolutamente clássicos, como “In Rock” (1970), “Fireball” (1971) e “Machine Head” (1972)?
Foi uma mudança de vida, com certeza. Me lembro da energia, da paixão, do amor, da amizade com todos naquela época e foi isso que foi incrível e fez história e, para ser honesto, é isso que conta no final das contas: a sinceridade e o amor que nos cercavam naquela época.
Com a sua entrada e a de David Coverdale no Deep Purple surgiram três álbuns muito amados pelos fãs: “Burn” (1974), “Stormbringer” (1974) e “Come Taste the Band” (1975). O que você lembra sobre a gravação desses álbuns, que agora comemoram 50 anos? Qual é o seu momento musical favorito?
Oh, tantas lembranças, meu caro! Foram ótimos momentos, a gravação foi incrível, havia tanta coisa boa na sala, ótima produção, ótimas pessoas, foi simplesmente incrível! Não consigo citar apenas um momento, são tantos, mas eu diria que quando “Burn” saiu e os fãs adoraram, eu me lembro da reação na época, isso fez com que eu me sentisse muito bem, fiquei muito feliz!
Você já veio ao Brasil várias vezes. Como é se apresentar para o público brasileiro? E qual é a sensação, 50 anos depois, de ainda estar tocando essas músicas do Deep Purple e perceber que elas permaneceram e ainda emocionam muitas pessoas?
Eu AMO tocar no Brasil, sério, do fundo do meu coração, eu AMO o Brasil, eu AMO os fãs brasileiros, vocês são os melhores! Essa turnê está indo muito bem. (Me sinto) Amado, abençoado e agradecido.
– Marcelo Costa (@screamyell) é editor do Scream & Yell e assina a Calmantes com Champagne.