por Marcelo Costa
Além da carreira de atriz, Brigitte Bardot cravou uma série de grandes singles de sucesso nas paradas do mundo, alguns deles ao lado de Serge Gainsbourg (“Comic Strip” e “Bonnie & Clyde”, ambas de 1968, além, claro, de “Je t’aime… Moi Non Plus”, que só foi liberada em 1986 – a versão que se tornou famosa traz Jane Birkin nos vocais, já que Bardot havia proibido a versão original) e até uma canção em português, “Maria Ninguém” (1964), de Carlos Lyra.
“Nem Vem Que não Tem” é uma canção de Carlos Imperial gravada por Wilson Simonal em 1967, no álbum “Alegria, Alegria”, e vertida para o francês como “Tu Veux Ou Tu Veux Pas” por P. Cour (segundo o encarte da coletânea francesa “The Best of Bardot”, de 2004), sendo lançada por Brigitte Bardot em 1970, e se transformando em um grande sucesso.
No excelente documentário “Eu Sou Carlos Imperial” (2014), um entrevistado, porém, diz que Imperial teria “roubado” (como fez com tantas outras canções) “Tu Veux Ou Tu Veux Pas” de Brigitte Bardot e escrito “Nem Vem Que não Tem” alegando que “ela já tirou muito dinheiro dos homens, estou só pegando um pouco de volta”. Mas se Wilson Simonal lançou a versão em 1967 e Brigitte Bardot a regravou em 1970, como isso teria acontecido?