por Leonardo Vinhas
As referências de Bob Mould já são lendárias. É inevitável apresentá-lo sem falar da influência que o Hüsker Dü, grupo que formou na década de 1980 com o baixista Greg Norton e o baterista Grant Hart, exerceu sobre Pixies, Nirvana, Green Day e um sem-número de bandas. Também entra na conta o Sugar, outro trio capitaneado por Mould, cujo álbum de estreia, “Copper Blue” (1992), virou disco de cabeceira de boa parte do rock alternativo norte-americano.
O que pouco se fala é que Bob é um compositor que não teve medo de ficar preso na linguagem que ele próprio criou. Embora seja uma referência no rock de guitarras, se arriscou também na música eletrônica e no folk. Seu primeiro disco solo, “Workbook” (1988), lançado logo após o fim do Hüsker Dü, é um trabalho onde violões e arranjos de cordas são usados com vigor – uma espécie de precursor para o que bandas como Buffalo Tom e Dinosaur Jr. fariam na metade da década de 1990. “Modulate” (2002) surpreendeu os fãs com um pop algo esquisito, cheio de programações e sintetizadores. “Silver Age” (2012) trouxe as guitarras de volta no que talvez seja o mais furioso dos nove álbuns que levam seu nome na capa. Em todas elas, a voz anasalada e as letras habitualmente extensas permaneciam uma constante.
No embalo de “Silver Age”, Mould anunciou uma turnê na qual repassa sua carreira, executando pela primeira vez canções do Hüsker Dü. Hits do Sugar também entram no pacote, mas aí já sem surpresa, já que Mould e a banda que o acompanha há quatro anos – Jason Narducy (baixo) e Jon Wurster (bateria) – executaram “Copper Blue” na íntegra em várias apresentações em 2012, comemorando o vigésimo aniversário do lançamento do disco.
A turnê que chegou a América do Sul foi a primeira vez que Mould pisou nos palcos brasileiros – curiosamente, poucas semanas depois de seu ex-parceiro Grant Hart ter estreado por aqui, com um despojado (e inesquecível) show solo no Cine Olido, na capital paulista. Supostos “inimigos eternos” desde o fim do Hüsker Dü (uma história tensa que envolveu crises de abstinência química, brigas e o suicídio do empresário da banda), parece incrível que ambos tenham feito shows em datas próximas.
Mas nesse papo via Skype com o Scream & Yell, Bob Mould diz que a lenda do fim do Hüsker Dü é maior do que os fatos. Risonho e feliz, fala também sobre seu prazer e sua imprecisão ao compor, sua relação com suas próprias composições (regravadas ou executadas ao vivo por diversos artistas de diversos gêneros), e, claro, sobre o Brasil.
Vamos começar voltando lá atrás – até “Workbook”, seu primeiro disco solo. Nele, há uma canção chamada “Brasília Crossed with Trenton”…
(surpreso) Ah! Essa! Sim, sim.
Nela você fala de como sua fazenda em Trento fazia você pensar em Brasília. Você ainda tem esse lugar?
Não, eu morei naquela fazenda por apenas um ano e meio. É engraçado, eu não tenho nenhuma ideia de como é Brasília a não ser pelo que li em livros (risos). Foi uma dessas canções que simplesmente acontecem (risos). Eu queria ter uma resposta melhor pra você sobre Brasília (ri novamente).
É que ela é tão visual. Imaginei que você não tivesse vindo ao Brasil, conhecesse a capital apenas de fotos e imagens de TV, mas ainda assim, surpreende essa relação que a letra faz entre uma fazenda e algo tão urbano quanto Brasília.
Infelizmente acho que não vou ter tempo para dar um pulo em Brasília nessa viagem. Talvez na próxima.
Quem sabe. Afinal, tem rolado muita expectativa pelos seus shows aqui. Não vou dizer que é algo de arrastar multidões, mas certamente há muita gente que deseja vê-lo ao vivo desde os tempos do Hüsker Dü, depois sonhou com o Sugar e seus shows solo.
Bem, isso é curioso, porque essa foi a primeira oferta real que recebemos para ir à América Latina. Dei entrevistas a jornalistas daí ao longo do dia todo e eles me perguntaram por que demorei tanto para vir, e a resposta é porque essa foi a única oferta que pintou (risos).
Jon Wurster, baterista da sua banda, já veio aqui com o Superchunk. Ele te adiantou alguma coisa sobre o público, os palcos, lugares para visitar?
Ele disse que vai ser ótimo! Que as pessoas são ótimas, que os clubes são bons… Ele disse que tudo vai ser ótimo, que a gente vai ter muito o que curtir. Estou confiando na palavra dele (risos).
Falando em curtir: li uma entrevista sua na revista TNT em que você elogia Kelly Clarkson e aproveita para dizer que, no fim das contas, música é apenas música, e que as pessoas não deveriam se preocupar tanto com essa coisa de querer parecer cool. Que isso faz com que elas deixem de aproveitar coisas boas. Que no fim, tudo tem a ver com a música te fazer bem.
É o que eu acho. Quando o primeiro single da Kelly Clarkson saiu, aquele “Since U Been Gone”, eu pensei: “Uau, isso é ótimo, que grande canção pop!”. Isso foi o que, 2004 talvez?
Por aí [nota: sim, novembro de 2004, para ser exato].
E as pessoas ficaram: “Ooh, como é que você gostou disso?!” Quatro anos depois, Ted Leo (da banda underground Ted Leo & The Pharmacists) estava fazendo um cover dela e as pessoas estavam gostando, estavam, “Oh meu Deus, é da Kelly Clarkson!”. Por que demoraram tanto para gostar? Ela é uma ótima cantora, uma ótima compositora. Ainda que ela tenha vindo de um programa horrível de TV [“American Idol”, primeira temporada], ela tem talento, dá para ver isso. E ela conseguiu o Mike Watt [do Minutemen e do Stooges] para tocar baixo com ela, olha só. Uma boa canção é sempre uma boa canção. É só isso o que fazemos, e é só disso que precisamos. As pessoas encontram as vozes que eles gostam e que elas querem ouvir. Ainda mais agora que envelheço, ouço o que quero ouvir. Sei que quando se é mais jovem, você quer se encaixar, ser cool, mas conforme vou envelhecendo, já não tenho mais tempo para isso.
Falando sobre canções ainda, mas agora sobre as suas: você deixou as pessoas bem confusas quando lançou seus discos eletrônicos. Mas sempre te vi, desde os tempos do Hüsker Dü, como um compositor pop. As guitarras podiam ser barulhentas, mas havia a clara melodia do pop.
Com certeza. Foi com isso que cresci. Com cinco anos comecei a ouvir Beatles, The Who, o pop dos anos 60, Motown e era assim, tudo tinha a ver com a música pop, com a mágica da canção de três minutos, e no fim das contas isso está no meu sangue e não consigo me livrar, não importa o quanto eu tente. Experimentei com eletrônica, experimentei com coisas mais longas e folk (que também adoro) no “Workbook”, mas acho que, no fim, o que faço melhor é escrever canções pop curtas. Acho que isso é o que faço melhor. Sou capaz de fazer outras coisas, mas definitivamente é isso que faço melhor. É como essa coisa: por que sempre acabo tocando em trios, no formato guitarra-baixo-bateria? E onde me sinto confortável, é o formato mais fácil e no qual me sinto melhor e faço meu melhor.
Você já disse muitas vezes que, enquanto compositor, não quer ser percebido de forma categórica. Não quer ser visto, por exemplo, como um “compositor gay”, nem quer trazer muito de sua vida pessoal para as letras. O papel que você exerce em suas letras é mais o do observador. Mesmo assim, há muita gente que se sente refletida nelas.
Compor é curioso, é uma combinação de experiências reais e imaginadas, e de observações de experiências de outras pessoas. Entram tantas coisas! Compor é como alguém bater na sua porta, as canções caem do céu e você pode abrir a porta e deixá-las entrar. Eu escrevo música, ouço música, leio sobre música, é tudo em minha vida. As ideias vem e… (hesita)… e de repente é uma canção. E eu nunca sei muito bem como (essas ideias) terminam sendo uma canção. Mais tarde no processo, tenho que trabalhar, refinar as palavras e criar a estrutura para a canção que vocês terminam ouvindo. Então tem um trabalho de artesão e tem a ideia original, a inspiração, e você nunca sabe se essa última é real, ou se é algo que você já ouviu. Eu… (gagueja) eu entendo completamente, mas não sei por que acontece. Se é que algo do que disse faz sentido (risos).
Bem, mesmo que você não saiba exatamente de onde suas canções vêm, há algumas – principalmente de seus primeiros discos solo – que são bem introspectivas e parecem vir de lugares muito dolorosos. “Anymore Time Between” [do disco de 1996 que leva seu nome] é um exemplo claro disso, uma canção de fim de relacionamento muito dolorida. Você se preocupa como as pessoas podem reagir, ou se identificar, com essas canções tão fortes?
Não. Não mesmo. Eu faço meu trabalho e, no fim, você sabe… (gagueja) algo acontece e surge uma canção. Algo mais acontece e surge outra. No fim tenho 20 canções, dez delas são boas, eu as gravo e eis um álbum. Compartilho isso com as pessoas. Em algum ponto nesse ano e meio que acabei de descrever em cinco segundos, eu penso: “Uau, as pessoas vão ouvir isso, quisera eu saber o que elas significam”. Mas é o que faço, e geralmente só anos depois que me dou conta do que as músicas se tratam. E ao longo dessa extensa jornada, é apenas quando as pessoas vêm até mim e me dizem o que determinada canção significa para eles é que entendo do que realmente se trata. Faço o que faço porque essa é minha vida, mas só tenho um bom entendimento do que isso quer dizer quando as pessoas vêm me contar da primeira vez que ouviram a canção e do que ela significou para eles (risos). Só aí é que descubro como as pessoas são afetadas pelo que faço. Já houve vezes em entrevistas em que tive que inventar coisas sobre o que determinado álbum representava, porque eu ainda não tinha certeza o que era. Não é como se fosse desenhar um carro, no qual cada linha, cada peça tem uma explicação. A música não é isso. É um dispositivo de contar histórias que tem estado conosco desde o começo da humanidade, até onde sei, e que é também um meio de expressar emoções para mais alguém. Depois que elas são escritas, elas ficam por aí, no universo, e as pessoas têm empatia por elas e aí a composição passa a fazer parte da história deles. É bizarro, é uma coisa muito primal.
Nessa perspectiva de tempo que é necessária para entender suas próprias canções, o que você já redescobriu das canções do Hüsker Dü e do Sugar que você vem cantando nessa turnê, muitas das quais você não tocava há anos?
Bem, especialmente no caso de “Copper Blue”, esse foi um disco bem divertido e ajeitadinho (risos). Acho que foi de longe meu disco com mais visibilidade e o que mais vendeu, de longe. Fiquei feliz por isso. Acho que foi em 1991 que escrevi a maioria das canções, e também foi o ano em que escrevi “Beaster” (EP lançado pelo Sugar em 1993). Foi um ano muito produtivo para mim. Eu estava tocando bastante ao vivo no mundo todo, só eu e minha guitarra, experimentando minhas novas canções para quem quisesse ouvir, e isso levou a esse disco bom de verdade, um disco que resistiu muito bem ao teste do tempo. As pessoas parecem gostar dele hoje tanto quanto gostavam há 21 anos, e fico tipo “uau”! Foi um período verdadeiramente bom para mim. Obviamente, os anos 80 com o Hüsker Dü foram um furacão, um avião a jato que decolou e nunca tocou o chão como deveria, não aterrissou tão bem quanto decolou. Mas foi uma viagem louca, uma porção de coisas boas aconteceram e muita boa música foi feita. Agora, você sabe, estou mais velho e, como disse, tenho uma perspectiva diferente das coisas. Especialmente no período em que fiquei escrevendo minha autobiografia (“See a Little Light: The Trail of Rage and Melody”, escrita a quatro mãos, com auxilio de Michael Azerrad), pude entender melhor a mim mesmo, consegui um… um… (hesita)… um contexto para minha vida, consigo ver o que todo aquele trabalho significou. Entendo melhor de onde vinham a raiva, a frustração, a depressão, o ódio que eu sentia de mim mesmo. Me reconciliei com muitas dessas coisas e elas não são, você sabe, as coisas sobre as quais escrevo agora. E estou bem ciente disso, sobre como isso afeta a meu trabalho também a maneira como ele é percebido. Como poderia estar tão cheio de medo e ansiedade aos 52 anos de idade? (risos) Pegaria bem ficar agindo como um adolescente? (risos) Estou ciente disso!
Por falar nisso, você quase pôde comemorar seu aniversário no Brasil (Bob nasceu no dia 16 de outubro de 1960).
É, quase! Na verdade não sei onde estarei no meu aniversário. Provavelmente escondido no porão (risos). Agora acho que eu ficaria mais feliz se tivesse cabelo branco em vez de cabelo nenhum (risos).
Mas você ainda está com uma aparência ótima, Bob. Parece bem mesmo.
Me esforço. Me esforço muito para isso! (mais risos)
Na verdade, está até melhor do que quando era mais novo.
Obrigado. É que cuido muito mais de mim agora, talvez seja este o segredo. Basicamente venho para casa e tento cuidar de mim para que possa sair em turnê e me arrebentar um pouquinho. (risos)
Então creio que o problema da bebida, que te afetou principalmente no final dos anos 80, não é mais um problema.
Não. Já foi. Está bem para trás! Quantos anos já? 27, eu acho.
Isso é ótimo.
É uma vida! E simplesmente continuo somando anos a isso. Não sinto falta nenhuma disso [da bebida]
Mas voltemos às canções. Muito do que você já escreveu foi regravado ou executado ao vivo por vários artistas. Houve alguma versão que mudou substancialmente seu original e que tenha te surpreendido e agradado?
A que me vem à cabeça como a versão mais única de algo que já fiz é… você já ouviu falar de uma cantora chamada Heidi Berry? Ela é uma cantora e compositora britânica [nota: na verdade, Heide é de Boston, nos EUA, e lançou seus discos pelos selos ingleses Creation e 4AD, o que pode ter confundido Bob Mould] meio folk, e fez uma versão de “Up In The Air”, do “Warehouse” (1987, último de estúdio do Hüsker Dü), que é uma tomada completamente diferente da original, e ficou muito, muito bonita. Eu não sei… Compus o tema [“Dog On Fire”] para o The Daily Show [programa de TV norte-americano do canal Comedy Channel], e o They Might Be Giants regravou, e eu pensei: “Uau, essa é uma versão diferente da minha canção!” (risos). Estou tentando pensar em outras… Quer dizer, houve muitas, mas acho que a da Heidi Berry é linda, e foi tão diferente do que eu tinha visualizado, e foi ótimo porque ela reconta a mesma história de um jeito totalmente diferente. E acho que é exatamente assim que tem que ser.
É bem isso! Ah, você tinha dito que tínhamos 15 minutos, mas já passamos de 20. Acho que você tem outros jornalistas com quem falar ainda hoje…
Sim, sim. Mas… você tem mais uma pergunta? Aquela grande pergunta final, o último assunto que devemos abordar?
Na verdade, tenho, mas está longe de ser uma grande pergunta. É mais uma pergunta que nunca vi ser feita a você. Falam tanto do final turbulento do Hüsker Dü e sempre te perguntam sobre seu relacionamento com Grant Hart e Greg Norton, mas não se fala sobre seus ex-companheiros do Sugar, David Barbe (baixo) e Malcolm Travis (bateria). Como é relação com eles?
(animado) Boas! Na verdade, a banda do David abriu para nós há poucos meses em Atlanta, e foi legal! E Malcolm… Vamos ver, o que Malcolm anda fazendo? Ele acabou de fazer alguns shows de reunião com o Human Sexual Response. A gente tem se visto nos últimos dois anos e ele tem se saído bem. Ele se mudou de Boston para Providence, Rhode Island, e está indo bem, ainda está tocando bateria. Está tudo legal!
Na verdade, te perguntei por pura curiosidade. Acredito que o passado deve ficar exatamente no passado, e não há muito porque falar sobre coisas de mais de 20 anos atrás…
Obrigado, aprecio isso. E rapidinho, sobre o lance do Hüsker Dü: espero que eu tenha explicado, e tenha feito sentido, no meu livro. A história na qual as pessoas acreditam de que eu e Grant Hart sempre estivemos às turras e somos inimigos jurados é papo de louco!
Certo…
Não, mesmo! Nossas vidas simplesmente estavam indo em direções diferentes, e essas direções eram para longe do Hüsker Dü. Acho que a mitologia sobre essa banda é bem maior do que a realidade (risos). Detesto dizer, mas não era tão ruim quanto as pessoas acreditam. Enquanto estava escrevendo meu livro, fui bastante pressionado a criar caso sobre isso, mas não acho que exista um caso a ser criado. Somos apenas pessoas que cresceram juntas, que tiveram uma banda por oito anos, e que no último ano e meio estavam indo em direções diferentes. Acontece. Não é o que as pessoas pensam. Fomos uma ótima banda e nos divertimos bastante, mas o último ano foi bem difícil e tinha chegado a hora de passar a régua.
Ok. Bem, obrigado, Bob, pelo tempo extra e por sua atenção.
De nada. Ei, como está o tempo aí agora?
Hoje especificamente está nublado e chuviscando, mas ainda abafado. Mas acho que em outubro tende a estar bom, com céu aberto e clima agradável. Será começo da primavera.
Excelente. Estamos realmente animados, acho que os shows vão ser ótimos!
– Leonardo Vinhas (@leovinhas) assina a seção Conexão Latina (aqui) no Scream & Yell.
Leia também:
– Canções e Historias: 10 coisas que você precisa saber sobre Bob Mould (aqui)
– Bob Mould retoma o formato power trio no grande álbum “Silver Age” (aqui)
Acabar na tormenta é o fim ideal de qualquer banda. Vide Pixies, a banda perfeita. É o custo de estar um patamar acima das outras
Ótima entrevista. Apenas duas pequenas correções: “Modulate” é de 2002 (e não de 1992), e Bob vem tocando músicas do Sugar e Hüsker Dü em seus shows desde 2005, como pode ser visto no DVD “Circle of Friends”.
Estava procurando esses pra baixar,principalmente o Warehouse.Fantástico esse,fora que gostei do Silver Age.A sequência das cinco primeiras musicas é matadora.
Os shows em São Paulo foram dos melhores que já vi na vida. E o Bob Mould é, além de genial, um dos caras mais legais na música 😀
Obrigado pelas correções, Victor. “Modulate” foi erro de digitaçã/revisão mesmo, mas eu nao tinha essa informação do Circle of Friends. O próprio Bob deve ter se esquecido disso, porque ele me disse que essa turnê “foi a primeira vez em que revisitei todo esse material”. Até sabia de shows em que ele tocou uma ou outra canção do Sugar, mas do Husker era raro.
Junto com o Frank Black do Pixies, o melhor compositor dos últimos 30 anos.