por Mac
Ok, ok, ok: prometo que após mais este post essencialmente masculino, vou dar uma maneirada nessas coisas de menino ficar falando de belas mulheres (e eu ainda nem contei uma história de que comprei o “Bed”, da Juliana Hatfield, devido ao fato da capa ser um close no rosto dela ao travesseiro… linda). Mas desta bela mulher que vou falar a questão não gira apenas em torno de sua beleza.
Recebi hoje (Made in Argentina, a indústria fonográfica de lá ainda funciona, e bem, com vários lançamentos que nunca vão chegar aqui) os dois álbuns da cantora e compositora ítalo-francesa Carla Bruni, que trocou as passarelas pela música (ela foi uma das modelos mais bem pagas do mundo de 1987 a 1998) e lançou “Quelqu’un m’a dit” (2002, cantado em francês) e “No Promises” (2006, em inglês), ambos editados nos vizinhos portenhos e ignorados pelos gênios que comandam nosso mercado de música.
Carla Bruni nasceu na Itália em 1968 (ou seja, está com 39 anos), e deixou o país quando a família partiu para um exílio na França, em 1973, fugindo do terrorismo das Brigadas Vermelhas. Cresceu em Paris, tendo cursado parte de seu período escolar na Suíça e, de volta à França, estudou na Sorbonne (infos da Wikipedia). Sobre “No Promises” escrevi o seguinte nos 500 Toques da Revolution em setembro:
“No Promisses”, Carla Bruni (Downtown)
Ela já foi uma das vinte modelos mais bem pagas do mundo, namorou Mick Jagger e Eric Clapton, e sua família tem grana suficiente para que ela vivesse de brisa, mas a música a resgatou. Em seu segundo álbum, a compositora franco-italiana compõe melodias folk para poemas de Yeats, Auden e Dickinson, entre outros. O resultado não é um Leonard Cohen de saias e belas pernas, mas merece atenção. A ironia dos textos fica em segundo plano, e uma voz rouca e pequena pede para cantar em sua orelha. Deixe.
Nota: 7,5
Preço em média: $45 (importado)
E era isso acima mesmo. Porém, assim que coloquei hoje o CD (capinha digipack e um generoso encarte que – além de belas fotos da compositora – traz todos os poemas e uma pequena apresentação dos poetas que compõe o álbum) no computador, “ganhei” um link para uma área exclusiva do site da cantora com dezenas de fotos (selecionei algumas, abaixo), quatro vídeos, um pequeno documentário de 15 minutos e duas faixas para download: uma versão editada de “Those Dancind Days Are Gone”, single e um dos grandes momentos de “No Promisses”, e uma versão da mesma canção com Lou Reed declamando versos no final. Uau.
Bem, lendo agora os parágrafos acima, até que o post não ficou tão coisa de menino assim, não é mesmo. E a voz de Carla Bruni compensa a leitura (todas as músicas podem ser ouvidas no site oficial) e as imagens abaixo que, assuma, são bonitas de se ver.