The Crane Wife, The Decemberistis (Capitol)
Preço em média (importado): R$ 48
“Castaways and Cutouts’ (2002), “Her Majesty” (2003) e “Picaresque” (2005) passaram batido pelas lojas brasileiras, mas não pelo público antenado, que reconheceu no Decemberists uma formação pop de qualidade mágica e surpreendente. Lançado dia 03 de outubro nos Estados Unidos, “The Crane Wife”, quarto disco do grupo de Portland, é o primeiro álbum da banda por uma mega gravadora (o que pode resultar em edição nacional), e continua com a saga do compositor Colin Meloy em busca da canção pop perfeita (ele já criou algumas dezenas delas nos discos passados, e continua compondo como se estivesse esculpindo diamantes).
Meloy e comparsas partem do folk para construirem suas pop songs. Em “The Crane Wife”, essa regra continua intacta, mas abre possibilidade para novas pulsações. Neste grupo estão a balançante “The Perfect Crime Number 2” (com levada funky), a densa, semi-arrastada e pesada “When the War Came” (que fala sobre mentiras do governo para justificar a guerra), e a longa e experimental “The Island, Come and See / The Landlord’s Daughter / You’ll Not Feel TheDrowning”, épico dividido em três partes cujo ápice, no segundo, traz o interlocutor contando que a filha do poderoso dono das terras clamava por liberdade oferecendo a ele todo o ouro e prata para que ele a libertasse. “Não quero ouro, não quero prata, quero apenas seus lábios doces”, finaliza o segundo ato.
Tirando essas três faixas, “The Crane Wife” se divide em pop songs cantaroláveis e folk cru com base em voz e violão. Do primeiro time é possível destacar a belíssima “Yankee Bayonet (I Will be Home Then)”, dueto de Meloy com a cantora folk Laura Veirs; além de “O Valencia” (com bumbo à frente e um bonito riff de guitarra) e “Summersong”. Dos folks, “Shankill Butchers” pula direto do CD para o colo do ouvinte contando a história de um serial killer que assusta uma cidade. A faixa título, outro épico dividido em três partes (cuja terceria, separada, abre o álbum), é outro grande momento de um dos dez grandes álbuns de rock de 2006.
Ps. Colin Meloy já lançou, em carreira solo, dois EPs, um apenas com canções de Morrissey e outro com músicas da cantora folk irlandesa Shirley Collins. “Colin Meloy Sings Morrissey” (2005) e “Colin Meloy Sings Shirley Collins” (2006) são álbuns que merecem serem ouvidos. Se quiser, vá direto na emocional versão do cantor do Decemberists para a sublime “Everyday Is Like Sunday”. Ela te levará às outras…
Download: Baixe “O Valencia” é mais três músicas no My Space do Decemberistis
Download: Baixe “Jack The Ripper” e mais três músicas no My Space de Colin Meloy
A primeira música é TÃO boa que eu quase sempre empaco nela. Conclusão: ainda não consegui ouvir o resto do disco direito 🙂
estou baixando o meu agora, mas tenho certeza de que vou gostar.
não tem como não gostar de Decemberists! rs
abs
Rá! Sou mesmo a primeira a comentar sobre o disco que entra no meu top 3 do ano?! Eba! Fiquei feliz de ver esse disco aqui, Má. E tem história aí, porque The Crane Wife é uma lenda japonesa e é no que se baseia o tema do cd. Faabio tem mais informações. hehehe. E “Yankee Bayonet” no repeat! 😉
Um album que começa com essa ‘The Crane Wife 3’ e termina com a maravilhosa ‘Sons and Daughters’ e ainda recheado de outras pequenas pérolas já merece figurar entre os melhores de 2006 – em minha humilde lista o 2º lugar, só perde para o TV on The Radio. Na minha página da LastFm os Decemberists estao a meses em primeiro lugar seguido de perto pelo eterno e espetacular Grandaddy.
engraçado, mas, tenho que dizer… The Island, Come And See, The Lan tem uma dose puxada de Genesis fase Foxtrot, ein!
Meu caro, que discaço…
Entrou no meu top 10 de melhores do ano e ta com grandes chances de subir…
Como escutei a versão para “Everyday…” com Colin Meloy naquele cd que me enviaste, estou atras do cd mas ainda nao achei…
Abraços!
cara, vc e sua galera enchem tanto o saco com esse papo de alt. folk que não duvido muito daqui a pouco sairem todos por aí numa passeata contra a guitarra elétrica. TÔ FORA!
era um elogio sim, claro! =)