Disco do dia: “Breu”, Lestics
Foi amor à primeira ouvida desde que a luz do laser bateu sobre os discos “9 Sonhos” e “Les Tics” em um distante 2007. Me senti de certa forma representado pela poesia melancólica deste baita grupo paulistano que sabe muito bem que, como diz a faixa título de seu novo álbum, “até um certo ponto é tudo início / passado esse limite é tudo fim”. De 2007 para cá, o Lestics soma uma discografia bonita com oito grandes discos, todos disponíveis para download gratuito no site deles (www.lestics.com.br), e também no seu portal de streaming favorito. Não sabe bem por onde começar? Ouça aqui uma seleção minha de oito músicas favoritas da discografia deles (uma de cada álbum). Ou vá de peito aberto ouvir este “Breu” (2018), que chega acompanhado de um fanzine caprichado com participação de música gente legal fazendo arte (incluindo o parceiro Leonardo Vinhas) inspirando-se nas letras do disco. E o que elas dizem? “O batom, a gravata, o crachá do serviço / é preciso que exista algo mais do que isso”, deseja uma canção; em outra, o vocalista e letrista Olavo Rocha canta: “Eu vou me sentar no fundo do bar / E pedir num sussurro gentil / Garçom, deixe o mundo acabar / Mas não deixe o meu copo vazio”. Ou essa declaração apaixonada a algo tão especial que merece ser dividido: “Eu sou sincero quando digo / Que ficar sozinho nunca me aborrece / Mas melhor seria ter, ás vezes me parece / Alguém pra estar na solidão comigo”. Foi amor à primeira ouvida… e continua sendo amor.
julho 17, 2018 No Comments