Dylan com Café, dia 4: Another Side
Junto ao sucesso e ao pedestal em que foi colocado como símbolo de toda uma geração vieram as cobranças e as cópias, e já na sessão de gravação de “Another Side of Bob Dylan” (um título óbvio que adianta que um novo Bob Dylan está surgindo), numa única noite de junho de 1964, o homem conta aos amigos que o acompanharam ao estúdio da Columbia: “Vamos fazer uma boa sessão essa noite! Não há canções acusatórias. Há muita gente fazendo canções acusatórias agora. Não quero escrever para as pessoas. Não quero mais ser um porta-voz”.
Bob Dylan tenta se afastar das convicções que marcaram seus dois álbuns anteriores (e o catapultaram a fama) e o resultado é um disco poético, mas bem humorado, que valoriza canções que se tornaram grandes sucessos como “My Back Pages” (regravada por The Byrds, Ramones, Jackson Browne e Joan Osborne, entre muitos outros), “It Ain’t Me Babe” (que ganhou registros de Johnny Cash, Nancy Sinatra, Joan Baez, Brian Ferry e Kesha), “Chimes of Freedom” (entre tantos, Bruce Springsteen gravou uma versão dessa canção) e “To Ramona”, que Lucinda Williams considera a “canção de amor definitiva”.
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