Três canções favoritas: David Bowie
De tudo que o David Bowie gravou, a minha canção favorita, aquela que dá uma bela balançada na alma toda vez que ouço, é “Lady Stardust”, mas não versão original, e sim na versão demo que apareceu pela primeira vez no relançamento da discografia pela Rykodisc (ainda em vinil), nos anos 80, como faixa bônus do álbum “Ziggy Stardust” (que ainda trazia a faixa título também em versão demo). “Lady Stardust (Demo)” é só piano e voz (triste, vazia, aparentemente sem emoção, mas que vai crescendo com a canção). E é incrível.
No quesito canções favoritas de David Bowie acho que gosto mais de versões do que das originais, como se percebe pela escolha da segunda canção, a clássica “Heroes”, mas não na versão do álbum homônimo, de 1977, e sim na versão ao vivo no The Bridge School Concerts, festival anual organizado por Neil Young com renda revertida para a organização de mesmo nome que atende a crianças deficientes. Bowie tocou em 1996 com Reeve Gabrels (guitarra) e Gail Ann Dorsey (baixo e backing) e o resultado é essa versão abaixo de chorar de tão linda, que foi lançada oficialmente no álbum “The Bridge School Concerts – Vol. 1”, de 1997.
Escolher uma terceira é difícil, quiça impossível. Amo “Ziggy Stardust” inteiro (e só não escolho “Soul Love” ou “Five Years” porque já temos “Lady Stardust” na lista) e “Space Oditty”, “John, I’m Only Dancing” (que eu costumo tocar em baladas), “Velvet Goldmine”, “Changes”, “Life on Mars?”, “The Man Who Sold The World”, “Young Americans”, “Let’s Dance”, “China Girl”, “Rebel Rebel” e “Under Pressure” poderiam, qualquer uma delas, ser a terceira. Mas como só é possível escolher uma vou da poderosa “Modern Love”, por sua batida contagiante, por seu clima de festa, por sua letra que brinca com amor e religião… Já ouviu a versão de Greg Dulli?
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