Truman
Em 99% das vezes que vou ver um filme, tento saber o mínimo sobre ele. Gosto da sensação de não saber absolutamente nada da história (ainda que o cartaz adiante pequenas coisas) e, mesmo que isso tenha quase me causado um leve trauma (ver “Katyn“, do Andrzej Wajda, num dia depressivo não foi uma boa escolha – fiquei, inclusive, tremendo algumas horas num show que fui ver no Studio SP, logo depois, mas que filme, que filme), continuo tentando ir ao cinema sem saber nada da história. Hoje não estava sendo um dia bom. Um pouco de tristeza aqui, um pouco de depressão acolá. Mas dai que a esposa chegou em casa e eu consegui faze-la sorrir algumas vezes, o que já serviu para deixar tudo mais leve, para colocar as coisas um pouco nos eixos. E depois fomos ver “Truman” (2015), grande vencedor do Oscar espanhol, o Goya, arrematando cinco estatuetas das seis a que fora indicado – melhor filme, diretor (Cesc Gay), ator (Ricardo Darín), ator coadjuvante (Javier Cámara) e roteiro. Na minha mania de não ler sinopses nem nada, eu acreditava que “Truman” se tratava de uma comédia bestinha, mas, feliz engano, é daqueles dramas levemente cômicos e contidos, que lavam a alma com silêncio. Bonito e triste. Como a vida.
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