No som: Raridades do Linda Martini
O Linda Martini é uma boa banda de Lisboa com mais de 10 anos de estrada. Como definiu certa vez a baixista Cláudia Guerreiro em entrevista ao Scream & Yell, eles fazem “rock com muito noise, às vezes pesado, às vezes calmo, cantado em português, mas pouco”. Esta delicada coletânea “Baú” (2014) surgiu encartada na edição de junho da boa revista de música portuguesa Blitz, que pode ser encontrada ao preço de R$ 15 em várias bancas de São Paulo. São apenas 34 minutos em sete faixas resgatadas de dois programas de rádio (“3 Pistas” , de 2006; e “Concerto de Bolso” , de 2010, os dois programas da rádio tuga Antena 3), mais uma parceria com o Filho da Mãe e uma demo do disco mais recente do quarteto, “Turbo Lento” (2014), e o despojamento da seleção valoriza um grupo conciso de canções, que destaca “Quarto 210”, com vocal do benguelense Kalaf Angelo, frase dolorida na escaleta e menos peso do que na versão original presente no álbum “Olhos De Mongol” (2006); a sonicyouthiana “Malha Coração” (favorita de muitos fãs), que permanecia inédita até hoje; a declaração de amor “Juventude Sônica”, mais suave (e, de certa forma, mais charmosa) do que na poderosa versão registrada no álbum “Casa Ocupada”, de 2010 (o mesmo pode ser dito de “Amigos Mortais”); e a encantadora versão de “Sempre Que O Amor Me Quiser”, de Luís Pedro Fonseca ( grande sucesso na voz de Lena d’Água), neste álbum que soa como se fosse o “Hatful of Hollow” dos lisboetas. Ouça na integra abaixo.
0 comentário
Faça um comentário