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Posts from — março 2014

#LollaEntrevista: Marcelo Costa

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“Marcelo Costa é o criador de um dos blogs de música mais lidos no país, o Scream & Yell. É lá que a gente encontra diversas entrevistas, resenhas, artigos e matérias sobre o que de mais interessante anda rolando na música, seja nas cenas internacionais ou nas brasileiras.

Viajante do mundo, Marcelo já conferiu de perto festivais de música em diversos países, além de estar sempre rodando o país nos eventos que acontecem durante o ano inteiro, em diferentes Estados.

Batemos um papo com ele a respeito das expectativas para o #NovoLollaBR, os shows mais aguardados e a experiência de viver um festival de música.

Marcelo, você está sempre viajando pelo Brasil (e pelo mundo) para cobrir diversos festivais e shows. Levando em consideração toda essa experiência, pra você, qual é o maior diferencial do Lollapalooza Brasil?
Em termos de Brasil, o Lollapalooza se destaca por um ter um line-up muito mais caprichado (e mais extenso) que outros festivais do gênero. E essa nova edição, no Autódromo, talvez seja a que melhor traduza para nós a experiência de um festival nos Estados Unidos e na Europa.

E em relação ao público, acredita que os brasileiros são mais agitados e empolgados que os demais? Aliás, quais as plateias mais animadas que você já viu durante essas viagens?
Os ingleses são enlouquecidos! Muito da vibe de assistir a um festival no Reino Unido surge da loucura dos britânicos. Eles causam muito (risos). Já os brasileiros ainda sofrem da necessidade de ir a um festival unicamente atrás de um show, e não de uma experiência. E isso faz com que muita gente fique plantada guardando um lugar para ver sua atração favorita enquanto estão acontecendo muitas outras coisas bacanas no ambiente. E essa experiência é muito bacana num grande festival. Claro, os shows são o motivo que nos leva a ir a esse ou aquele festival, mas é a vibe do evento que faz o diferencial. Nesse quesito, Coachella (EUA), Isle of Wight (Reino Unido), Primavera Sound e Benicàssim (Espanha) mais Rock Werchter são os meus preferidos.

Sobre nosso line up: você já tem algum palpite de qual será “O” show do #NovoLollaBR? Se sim, qual e por que?
Arcade Fire, sem dúvida. O disco “Reflektor” dividiu opiniões, mas eles são uma das melhores bandas sobre um palco na atualidade. Talvez até as canções do disco melhorem no show.

Qual você acha que será a atração mais surpreendente do festival, aquela que ninguém comenta muito, mas que na hora vai dar o que falar?
Café Tacvba e Apanhador Só devem fazer bons shows que poderão surpreender a massa que irá ao Lolla atrás do headliner do dia. Johnny Marr também deve arrancar sorrisos e lágrimas da galera.

Qual show do #NovoLollaBR que você está mais ansioso para ver?
Vários! Quero ver como o Arcade Fire irá se comportar no palco com o repertório do novo disco. O Vampire Weekend é outro daqueles imperdíveis na minha lista. Também estou interessado em Portugal The Man, Café Tacvba e Apanhador Só. Se tivesse que escolher apenas cinco shows pra ver, esses seriam os cinco que eu não perderia.

Veja outras entrevistas aqui

março 26, 2014   No Comments

Belchior no Diário do Norte do Paraná

Reportagem de Wilame Prado publicada no Diário do Norte do Paraná sobre “Ainda Somos os Mesmos”, tributo a Belchior que será disponibilizado para download gratuito no Scream & Yell. Só clicar na imagem para ler online ou baixar o PDF.

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Leia também:
– Ouça duas músicas do Tributo a Belchior e veja a capa (aqui)
– Jorge Wagner fala sobre Belchior para a Rolling Stone (aqui)
– Belchior no Scream & Yell (e no jornal O Globo) (aqui)
– Achados e Perdidos: Belchior no Correio Brasiliense (aqui)

março 25, 2014   No Comments

Belchior no Correio Brasiliense

Mais uma reportagem sobre o tributo a Belchior, que será distribuído gratuitamente pelo Scream & Yell. Assinada por Gabriel de Sá, Achados e Perdidos saiu na edição de domingo, 23 de março, do Correio Brasiliense. Só clicar na imagem para ler online ou baixar o PDF

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Leia também:
– Ouça duas músicas do Tributo a Belchior e veja a capa (aqui)
– Jorge Wagner fala sobre Belchior para a Rolling Stone (aqui)
– Belchior no Scream & Yell (e no jornal O Globo) (aqui)

março 24, 2014   No Comments

A arte da capa do Tributo ao Belchior

Clique na imagem para ver a capa em alta qualidade

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Com arte assinada por Renato Lima, da Pockets Comics, eis a capa de Ainda Somos os Mesmos, tributo ao álbum Alucinação, de Belchior, que será liberado para download gratuito no próximo dia 26 de março no Scream & Yell. Com curadoria do jornalista Jorge Wagner, o tributo ainda trará um EP bônus, com mais cinco faixas. Ouça duas músicas abaixo e confira o tracking list do projeto:

Álbum: Ainda Somos os Mesmos
1- Dario Julio & Os Franciscanos – “Apenas Um Rapaz Latino Americano”
2- Manoel Magalhães – “Velha Roupa Colorida”
3- Phillip Long – “Como Nossos Pais”
4- Nevilton – “Sujeito de Sorte”
5- Lucas Vasconcellos – “Como o Diabo Gosta”
6- Bruno Souto – “Alucinação”
7- Lemoskine – “Não Leve Flores”
8- Fábrica – “A Palo Seco”
9- Transmissor – “Fotografia 3×4?
10- Marcelo Perdido – “Antes do Fim”

EP Bônus: Entre o Sonho e o Som
1- nana – “Coração Selvagem”
2- Jomar Schrank – “Comentário a respeito de John”
3- Ricardo Gameiro – “Medo de Avião”
4- João Erbetta – “Paralelas”
5- The Baggios – “Todo Sujo de Batom”

março 21, 2014   No Comments

Uma pergunta: Neil Young e o Pono

Estou escrevendo uma matéria pro site www.culturaemercado.com.br sobre o Pono, o player lançado pelo Neil Young no SXSW. Queria uma opinião sua a respeito do gadget. como crítico e colecionador de discos, a novidade te empolga a comprar um pono? Se não, o que falta? Se sim, o que te atrai?

Itamar Dantas de Oliveira

Eu fico mais curioso do que empolgado. Não tenho ouvido absoluto, o som em casa em que ouço vinis, CDs e MP3 é bastante simples, mas, por outro lado, sei diferenciar um arquivo de 96KB de um de 320KB. Será que conseguiria melhorar isso ainda mais? Tenho dúvidas, mas acho que é uma discussão mais ampla: o que Neil Young está propondo é prestarmos mais atenção ao que estamos ouvindo, porque a música passou a ser um acessório na vida de muita gente, ela perdeu o impacto que já teve em outras épocas da história. Então, eu, que sou um apaixonado por música, independente do formato, acho a discussão toda ótima, mas preciso ouvir pra saber se vou realmente conseguir aproveitar o que o Pono tem a oferecer.

Veja outras entrevistas aqui

março 21, 2014   No Comments

Rock das Cervejas no Correio Braziliense

A Juliana Figueiredo, junto a Marina Vieira, fez uma reportagem bem bacana para o Correio Braziliense sobre a proximidade das cervejas e das bandas de rock no Brasil – publicada na terça-feira, 18/03. Contribuo com a minha opinião “polêmica” sobre o tema…

Clique na imagem para baixar o PDF ou ler online

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março 20, 2014   No Comments

Alguns segundos que se estendem

Nesta entrevista imperdível ao jornal português Público, o antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro cita a filósofa belga Isabelle Stengers: “A palavra crise não é adequada porque supõe que você pode superá-la, quando o que estamos vivendo é uma situação que não tem um voltar atrás”. É lógico que Isabelle está falando sobre o contexto econômico e ambiental do planeta, mas num momento em que a melancolia se instala na casa, abre uma cerveja e assiste televisão com os pés no sofá, o temor por uma estada mais prolongada se instala. Tem que ter como voltar atrás.

Minhas crises são cíclicas e absolutamente rotineiras. Elas vem e vão. Alguns dias, acordo melancólico para no meio da rua rir da tolice de cantar sozinho uma canção – e alguém perceber. O bom da felicidade – ou da suavidade da vida, para não sermos tão otimistas – é que ela muitas vezes vem de lugar nenhum, e nos salva naquele exato momento em que estamos prestes a cometer uma grande bobagem. Ok, não sou do tipo de grandes bobagens, mas daqueles que se enfiam debaixo do edredom a espera de uma luz – que nunca vem – até descobrir que o senhor máximo da minha estupidez sou eu mesmo.

A entrevista do Eduardo Viveiros é daquelas que fazem a alma respirar aliviada, mesmo com todo o peso nas costas que o corpo carrega. Ainda assim, propõe escolhas não tão fáceis para nossas dúvidas simples. No fundo, a escolha (muitas vezes induzida) por viver em um mundo severamente capitalista é dolorida, e abdicar disso é talvez ainda mais doloroso. Acreditar que abdicar do capitalismo tal como a sociedade o reinventou (com espaço para gananciosos hipócritas) seja mais ou menos como nascer de novo – com a desvantagem de não termos uma borracha para apagar todos os vícios.

Claro que existem coisas úteis a serem feitas, existem maneiras de se viver dignamente e brechas para pagar as contas fazendo o que se ama. O mundo capitalista também permite certas liberdades, mas ando tão cansado do alto dos meus 43 anos que a vontade de esvaziar a cabeça e parar de esmurrar prego me conduz pelas mãos, joga um edredom sobre a alma, e pede para que eu fiquei quietinho observando o mundo. Eu, muito respeitoso, aceito o convite. Queria tanto fazer algo que vale a pena, mas esse conceito é tão complicado que desisto, por alguns segundos, de sonhar, viver e ser feliz.

São alguns segundos que se estendem, mas logo passa.
Espero, Isabelle, espero.

março 17, 2014   No Comments

Belchior no Scream Yell (e no Globo)

Clique na imagem para ver o texto em melhor qualidade

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Entre os aos menos três projetos de lançamento que o Scream & Yell tem para 2014, o primeiro já começa a dar as caras. Com produção e curadoria do grande parceiro Jorge Wagner, até o fim do mês estará disponível para download gratuito no site um tributo independente a Belchior chamado “Ainda Somos os Mesmos”, com base no álbum “Alucinação”, de 1976.

“Alucinação” é praticamente um greatest hits de Belchior contando com alguns dos maiores sucessos da carreira do compositor, alguns deles na voz de outros interpretes, caso de “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”, eternizadas por Elis Regina. Los Hermanos, Wander Wildner e Engenheiros do Hawaii estão entre as bandas que já regravaram canções de Alucinação.

Abaixo você confere a seleção de artistas que estará presente na coletânea.

Álbum: “Ainda Somos os Mesmos”
1- Dario Julio & Os Franciscanos – Apenas Um Rapaz Latino Americano
2- Manoel Magalhães – Velha Roupa Colorida
3- Phillip Long – Como Nossos Pais
4- Nevilton – Sujeito de Sorte
5- Lucas Vasconcellos – Como o Diabo Gosta
6- Bruno Souto – Alucinação
7- Lemoskine – Não Leve Flores
8- Fábrica – A Palo Seco
9- Transmissor – Fotografia 34
10- Marcelo Perdido – Antes do Fim

EP Bônus: Entre o Sonho e o Som
1- nana – Coração Selvagem
2- Jomar Schrank – Comentário a respeito de John
3- Ricardo Gameiro – Medo de Avião
4- João Erbetta – Paralelas
5- The Baggios – Todo Sujo de Batom

março 12, 2014   No Comments

A entrega de prêmios APCA 2013

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Uma das melhores cenas musicais do mundo
“Premiar os destaques de um ano inteiro não é uma tarefa das mais fáceis, mas o cenário brasileiro, cada vez mais prolífico em criar boa música – ainda que grande parte dela esteja distante dos veículos de mídia – ajuda. O trabalho de pesquisa e acompanhamento musical necessita, então, encontrar os focos de boa música em um país cada vez mais plural, e acreditamos ter conseguido pinçar um delicado painel em 2013 ao valorizar gerações que fazem da música brasileira uma das melhores do mundo – senão a melhor. Basta abrir os ouvidos”.

Marcelo Costa

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A APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) entregou os prêmios para os melhores de 2013 em 11 categorias, em cerimonia realizada no Sesc Pinheiros nesta terça-feira, 11 de março (conhecido com um dos raros dias em que uso paletó e gravata no ano). Com apresentação de Marcelo Tas e sua esposa, a atriz Bel Kowarick, a premiação, dirigida por Mika Lins, se mostrou uma das melhores dos últimos anos, com belas imagens no fundo do palco e alguns discursos emocionantes.

Marcelo Tas entrou em cena e logo pediu uma salva de palmas para o ator Paulo Autran, cujo nome batiza o teatro do Sesc Pinheiros. A noite estava apenas começando e muitos presentes se ajeitaram nas cadeiras para o início da premiação, que teria, no palco, nomes como Tomie Ohtake, Ewa Vilma, Mateus Solano (o Félix da novela “Amor à Vida”), Fernanda Lima, Alice Braga, Felipe Hirsch e Antunes Filho.

Na categoria Música Popular, da qual integro como votante, a ausência inexplicável da homenageada do ano pelo júri, Angela Maria, foi sentida – mas Tas se saiu bem com uma piada. Na sequencia, o grupo Essência subiu ao palco para receber o prêmio de Melhor Grupo Vocal MPB, e avisou: “Somos de Goiás e lá não tem só sertanejo não. Tem muita banda de rock boa. Prestem atenção no trabalho da Monstro Discos”.

Alexandre Kumpinski, da Apanhador Só, subiu ao palco logo depois acompanhado de Gustavo Lenza, produtor do álbum “Antes Que Tu Conte Outra” (que Marcelo Tas pareceu achar que fosse o nome da banda) para receber o Prêmio APCA de Disco do Ano, e disse: “É bom saber que a APCA está com os ouvidos abertos para o novo”.

O pessoal da Selton, eleito o Melhor Grupo de Rock por seu trabalho no disco “Saudade”, não pode comparecer (já que eles vivem em Milão, na Itália), mas mandou um representante, que brincou: “Pessoal da 89FM, o disco do Selton está ai. Vamos tocar! (a Rádio Rock ganhou o Grande Prêmio da Crítica na categoria Rádio)”.

Outro ausente foi Arnaldo Antunes, que enviou seu assessor, que observou na plateia alguns parceiros de Arnaldo em “Disco”, lançado em 2013: “A Luê e o Felipe Cordeiro estão ai. Esse prêmio é de vocês também”.

Premiados como Melhor Projeto Especial de 2013, o pessoal do Terruá Pará tomou o palco e, sob o comando do ex-secretário da comunicação do Pará, Ney Messias Jr., ressaltou a dificuldade de tornar realidade um grande projeto como o Terruá Pará, envolvendo tantos artistas, e elogiou o trabalho de Carlos Eduardo Miranda e Cyz Zamorano, responsáveis pela produção musical do projeto.

Anitta, eleita Revelação de 2013 e um dos nomes aguardados da noite, não pode ir, mas enviou a empresária, que leu um SMS enviado minutos antes: “Leia do jeito que estou escrevendo para eles saberem que sou eu mesma!”.

O grande momento ficou para Dona Jacira, que subiu ao palco para receber o prêmio de Melhor Interprete para o filho Emicida, que está no Texas participando do South by Southwest. Bastante aplaudida assim que foi anunciada, Dona Jacira dividiu o prêmio com o pessoal do selo Laboratório Fantasma e, com a taça da APCA em mãos, entoou o bordão: “A rua é nóis”, aplaudidíssima.

Dois anos integrando o júri na categoria Música Popular da APCA, posso dizer que me sinto bastante feliz em fazer parte desse prêmio que reconhece e valoriza artistas tão especiais, e grandes trabalhos.

Sinto que é pouco, e que mesmo o Scream & Yell, entrincheirado em seu gueto independente, não dá conta de uma cena tão produtiva e de alta qualidade, mas acredito que é de imensa importância reconhecer e valorizar o trabalho de pessoas que não estão de braços cruzados observando o tempo passar, mas criando, recriando, propondo o novo, instigando.

É fácil reclamar. É fácil criticar sem fundamento. Difícil é criar. A arte precisa ser debatida. A música brasileira, em seus mais diversos nichos, precisa ser ouvida e discutida, porque eles estão fazendo a parte deles, que é criar. E muito bem. O resto depende de nós…

março 12, 2014   No Comments

Somos todos ninguém

Não sei o que escrever. Talvez nunca soube, o que deixa no ar uma sensação de que caminho todo o tempo no escuro tateando o próximo passo, pisando em buracos, e, como o personagem de Bill Murray no genial “Feitiço do Tempo”, aprendendo aos poucos – e muito devagar – com os próprios erros.

Não posso reclamar. Nem da dor de estomago. Sei que colho o que plantei, mas as coisas poderiam ser mais fáceis, não? No fundo, mesmo sendo bom (ou, ao menos, tentanto), há sempre a expectativa da recompensa, e isso é intrínseco ao ser-humano. Não que você espere um bilhete premiado, mas, catzo, qual a vantagem de ser bom se tantos canalhas se dão melhor?

Talvez, dormir sossegadamente quanto recostar a cabeça no travesseiro, algo que, definitivamente, não conseguirei fazer hoje. Melindres, medos e receios. Bata tudo no liquificador junto com duas taças de vodka, duas cerejas e uma azeitona sem caroço. Deve ficar bom. Deve.

Talvez o grande problema de estar vivo resulte exatamente da busca no sentido disso. Existe sentido? A vontade de fugir é imensa. A vontade de se esconder, também. A vontade de descansar cansa. É tudo ao mesmo tempo agora e, na verdade, é tudo algema. Quem pensamos que somos. Quem penso que sou? Somos todos ninguém. Todos.

março 11, 2014   No Comments