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Três perguntas: Vinícius Lemos

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 Nesta quarta-feira, 05 de setembro, começa a décima-terceira edição do Festival Casarão, em Porto Velho, Rondônia. O chapa Tiago Agostini esteve lá em 2010 pelo Scream & Yell e agora é a minha vez de conhecer a cidade e o festival. Já estou me preparando mentalmente para o calor: “Porto Velho é uma cidade quente e isso dá o tom do festival”, avisa Vinicius Lemos, produtor do festival.

Já devo descer do avião dentro do show dos locais do Expresso Imperial (duas pessoas já me falaram para prestar atenção neles), que abre o festival e a noite para o Medialunas, do Andrio e da Liege. Depois, entre muitos nomes da cena local e alguns de fora (Dary Jr me falou bastante do Tangerines and Elephants), ainda tem Transmissor (que só vi rapidamente em Belo Horizonte), Wado, Cachorro Grande e Pouca Vogal, do mestre Humberto Gessinger.

Neste bate papo rápido, Vinicius Lemos adianta um pouco do que me espera em Porto Velho, fala sobre as bandas da região que se apresentam no festival e relembra alguns grandes shows que o Casarão já levou para a cidade em 13 anos de existência, mostrando que a construção do line-up se preocupa em sempre trazer algum nome forte para atrair o público, que, por tabela, acaba tendo acesso à cena local (um dos pontos positivos do festival). Fala Vinicius:

Essa será a minha primeira vez em Porto Velho e no Casarão. O que posso esperar da cidade e do festival?
Esperar algo quente. Porto Velho é uma cidade quente e isso dá o tom do festival. Muita coisa quente. Mas uma cidade em pleno desenvolvimento, muitas obras (quase todas inacabadas) e um caos. E a gente vivendo nesse caos querendo trazer a cultura. O festival representa tradição. Ser decano do Norte traz uma resposanbilidade de sempre inovar. Numa cidade de 500 mil pessoas muitas bandas nunca vieram, como o próprio Pouca Vogal e o Wado e esse é o tom do festival. Sem editais, grandes patrocinios e dependendo muito de bilheteria, o line up é enxuto e buscando coisas para o publico pop e indie, com o melhor que temos em cada temática no Brasil. E muitas bandas regionais.

O Festival surgiu no mesmo que o Scream & Yell, em 2000, e você deve ter muitas histórias! Quais foram os shows que você mais curtiu nesses anos todos dentro do Casarão? Aqueles que te dão orgulho de ter produzido!
História é o cerne do festival. O nome Casarão é um icone em Porto Velho, é o local mais antigo construido aqui e que infelizmente não fazemos mais lá desde 2009, por causa da Usina de Santo Antonio. E lá eram as melhores histórias. Sobre os shows acabamos que na hora de apresentar o festival temos o curriculo grande, pela primeira vez para Porto Velho trouxemos Matanza, Cachorro Grande, Ratos, Pato Fu, Dead Fish, Moveis, Autoramas etc e ainda já trouxemos Pitty. E isso que dá o grande nome. Mas o orgulho pessoal é como o festival coloca Porto Velho no mapa com bandas conceitualmente ótimas, tenho orgulho de ter trazido Ludov em 2005, Do Amor em 2008 (primeiro festival a levar a banda), Comunidade em 2010, Emicida em 2011 e Wado em 2012. Aqueles que o publico as vezes não entende, mas é o meu maior orgulho.

E pra 2012? Quem você quer muito ver e quais nomes da cena local que eu não posso perder de maneira alguma?
A Versalle é a nossa banda mais legal, mais pronta, indie rock dos melhores. E vai ter o teste de tocar antes de um headliner. Expresso Imperial é uma ótima instrumental e acho que num clima descontraido com o Medialunas vai ser bem legal. Tem a ótima Sub Pop de Vilhena, interior do Estado, surpreendente. A nova Kali e os Kalhordas – que seria a renovação da cena e pela primeira vez um destaque para uma cantora local. Sobre eu querer ver, sempre tento responder todo o festival, desde a banda de fora que veio de Roraima ou Acre ou aquelas que vem de longe. Acho que o festival nos traz emoções as vezes surpreendentes de shows que esperamos pouco. Mas a ansiedade é por Medialunas e Wado.

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