Três perguntas: TiãoDuá
Segundo a informação do Soundcloud, “Tiãoduá é um trio de música brasileira formado por três jovens músicos proeminentes da cena musical de Minas Gerais”. Os três jovens são Juninho Ibituruna, Gustavito Amaral e Luiz Gabriel Lopes, este último músico prolífico (e obsessivo) que além de tocar na excelente Graveola e o Lixo Polifônico, mantém uma boa carreira solo (acho, inclusive, que ele me deu duas cópias de seu CD solo – quem curtir grita que envio de presente) e várias outras parcerias. Foi Luiz quem respondeu as três perguntas abaixo. O disco você pode baixar aqui
1) Quando surgiu o TiãoDuá? Apresenta o trio pros leitores 🙂
O TiãoDuá é um trio formado pelo Juninho Ibituruna, Gustavito Amaral e por mim no começo do ano passado em Belo Horizonte. No início era uma espécie de “banda autoral de buteco”, (com) a ideia de fazer um repertório de canções da galera num formato enxuto, com essa onda power trio brazuca – baixo, batera e violão. Fazíamos também um repertório de MPB dos anos 60/70, essa MPB mais roqueira da época do “Transa”, do “Expresso 2222”, etc. Daí na época pintaram uns convites pra fazer uns shows na Europa e teve a oportunidade de conseguirmos as passagens pelo Programa Música Minas, o que acabou rendendo uma turnê hercúlea de uns 30 e tantos shows entre Portugal, Holanda, Alemanha, Espanha e Inglaterra. Isso foi uma experiência ducaralho. Passamos por todo tipo de situação, tipo um dia numa livraria, outro dia num hotel de luxo, outro dia num buteco punk, outro dia num squat… daí foi surgindo um material novo de canções, fomos fazendo música juntos e daí saiu grande parte do repertório que apresentamos nesse disco de agora, que acaba sendo um retrato dessa turnê, personagens reais e tal… O Rui Macacada, por exemplo, existe mesmo, e é um amigo que vive no Haarlem, na Holanda.
2) Luiz, como você consegue tempo para se meter em tantos projetos?
Fui criado numa cidade do interior, na zona rural de Entre Rios de Minas, e quando criança tive uma pequena criação de girinos numa bacia, na varanda da minha casa, pela qual desenvolvi muito afeto. Alimentava os bichinhos todo dia, conversava com eles… Mas quando os girinos cresceram e começaram a ter perninhas de sapo, logo eles fugiram pro jardim da casa e se perderam, e isso me causou uma sensação muito grande de abandono e tristeza, foi minha primeira grande desilusão na vida. Daí fui parar em psicólogo e tal, e a única coisa que me curou foi fazer aulas de violão. Na época o cara chamava Pedrinho do Adão, me ensinava aquelas serestas, aquelas coisas tipo “quem quer pão… quem quer pão”… Depois dessa fase acabei passando parte da adolescência me dedicando a exercícios de guitarra, sweep picking, two hands, essas coisas, cheguei a ter bandas de heavy metal, era fã do Dream Theater… Acho que vem disso tudo esse perfil levemente obsessivo.
3) Disco nas praças da internet. E show? Vai rolar?
Lançamos hoje (11/7) o disco em Belo Horizonte, e temos alguns shows por aqui pra fazer, (mas) estamos agendando pra fazer show em Sampa e no Rio em breve. Acabamos de enviar uma proposta de turnê de lançamento na Zoropa também, pra dar continuidade ao processo iniciado no ano passado. No momento estamos dependendo da boa vontade do Programa Música Minas, vamos ver se rola…
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