The Stone Roses em Barcelona
Texto e fotos por Marcelo Costa
Comeback mais badalado de 2012, a volta do Stone Roses esgotou 150 mil ingressos em 14 minutos para os dois shows que a banda iria fazer em sua terra natal, Manchester. Porém, fora do Reino Unido, a turma de Ian Brown não tem repetido a acolhida britânica. Em Barcelona, na Sala Razzmatazz (que diz receber até 2 mil pessoas, mas parece caber só 800), só a segunda data, num sábado, esgotou. Isso porque boa parte da plateia era inglesa.
No palco, porém, a banda não decepcionou. Na verdade, até parece que o tempo não passou para o quarteto. A voz de Ian Brown continua perfeita, ainda que ele desafine aqui e ali. Um dos melhores baixistas do mundo, Mani (com Woody Allen estampando a camiseta), só fez melhorar com o tempo, e o mesmo pode ser dito do guitarrista John Squire. As batidas de Reni completam o mix sonoro, que por várias vezes na noite descamba para versões estendidas das canções.
“I Wanna Be Adored” abre a festa de cervejas arremessadas ao alto. Os ingleses vão a loucura, os espanhóis tentam acompanhar, e ”Sally Cinnamon” coloca mais lenha na fogueira. Ian Brown vai até o fosso, cumprimenta a galera do gargarejo, e retorna para “(Song for My) Sugar Spun Sister”. Dai em diante o show alterna momentos de bocejo (“Mersey Paradise”, “Where Angels Play”) com lampejos de paixão (“Waterfall”, “Fools Gold”).
O trecho final, no entanto, é matador: começa com “She Bangs The Drums” e segue com uma versão deliciosa de “Made of Stone”. “This Is the One” mantém o clima lá em cima, e “Love Spreads” resume a noite, com a inglesada pogando como se estivesse em um show do Ramones, comemorando a volta de uma das principais bandas do Reino Unido dos últimos 25 anos (Liam Gallagher, fã confesso, assistiu ao show da sexta aqui mesmo na tribuna).
A noite ainda não terminou, e uma versão estendida de “I Am The Resurrection”, com quase 13 minutos de batidas e psicodelia, surge no bis e coloca a plateia em transe. Assim que a canção termina, rodas de abraços se formam entre o público (principalmente os ingleses, bêbados, ensopados e melhores amigos do mundo a essa altura da noite), seguindo o exemplo do quarteto no palco, que parece comemorar o bom show como se fosse um gol.
Faltou “Ten Stories Love Song” (que eles tocaram em Amsterdã, alguns dias depois), mas quem sabe da próxima vez… quem sabe no Brasil. Será? Agora é esperar… e torcer.
junho 15, 2012 No Comments
Tom Petty and The Heartbreakers em Cork
Texto e fotos por Marcelo Costa
Cork é a segunda maior cidade da República da Irlanda e, com seus 120 mil habitantes, a terceira mais populosa da ilha irlandesa, ficando atrás das capitais Dublin e Belfast. É cortada pelo Rio Lee e acredito que deva ter um pub para cada habitante da cidade (é só esperar alguma faculdade norte-americana fazer a pesquisa). É bom lembrar que estamos no país das cervejas Guiness e Murphys e do uísque Jameson.
Para festejar o verão, a cidade de Cork promove o Live at the Marquee, montando um enorme circo nas docas e recebendo um line-up variado que atende a todos os gostos (em 2012 a lista vai de Justice a Imelda May, de The Specials a Dara O’Briain). Mesmo estando em uma cidade que deve ter menos população que muitos bairros de São Paulo, Tom Petty consegue arrastar cerca de 7 mil pessoas para o circo.
A “loucura” do pessoal de Cork não é a toa: esta é a primeira turnê europeia de Tom Petty com seus Heartbreakers em 20 anos, e toda a terceira idade da cidade está debaixo da lona esperando o cara que montou um grupo com Bob Dylan, George Harrison e Roy Orbison. A faixa etária bate na casa dos 50, e eles não brincam: bebem cerveja como se fosse água e dão um show à parte na noite. Bonito de ver.
O show começa e a banda nem leva set list para o palco. As canções surgem em versões encorpadas, intensas, perfeitas. “Listen to Her Heart”, de seu segundo álbum (“You’re Gonna Get It!”, de 1978), abre a festa, e Tom Petty faz questão de dizer de onde saiu cada canção que vai tocar: “Essa é do “Full Moon Fever””, avisa quando toca “I Won’t Back Down”. “Agora é uma do disco chamado “Damn the Torpedoes”. E vem “Here Comes My Girl”.
Ele parece feliz, muito feliz. No Twitter, um dia antes, agradeceu a recepção calorosa em Dublin. Já em Cork, estica o sotaque caipira na hora de falar “Thank you soooooooooo much” e leva todo mundo ao delírio quando diz que vai cantar uma canção dos Traveling Wilburys. Surge então “Handle with Care”, cantada a plenos pulmões por quase todo o circo, um momento bonito, de emocionar.
Uma cover rock and roll de Bo Diddley (“I’m a Man”) destaca o guitarrista Mike Campbell, braço direito e sombra de Tom Petty. Lá pelas tantas, ele agradece: “Nunca tive um número 1, um big sucesso. Obrigado por vocês terem vindo”. Depois apresenta a banda inteira, calmamente, e avisa: “Agora uma canção de amor… uma canção de amor bonita”. E um coro imenso de 7 mil Tom Cruises berra o refrão de “Free Fallin’” e faz o acompanhamento arrepiante do backing vocal em “Learning to Fly”. De chorar.
Boas canções do álbum “Mojo” (2010) formam o grosso do repertório, e se alternam com pérolas pescadas de uma carreira de quase 35 anos. O público irlandês recebe todas como se fossem hits. De “Kings Highway” (“Into the Great Wide Open”, 1981) a “It’s Good To Be King” (“Wildflowers”, 1994), de “Refugee” (outra do “Damn the Torpedoes”, 1979) até “Your So Bad” (“Full Moon Fever”, 1989).
Para o bis, novos momentos de histeria marcam as execuções de “Mary Jane’s Last Dance” e “American Girl”, que fecha uma noite especialíssima em que público e banda mostraram que é possível viver (e fazer sucesso) sem números 1 nas paradas. Palmas para Cork e Tom Petty. Como disse um dos amigos, o show era em um circo, mas não houve palhaçada. Que noite, que noite.
junho 15, 2012 No Comments
Lou Reed ao vivo em Luxemburgo
Texto e fotos por Marcelo Costa
O Grão-Ducado do Luxemburgo é um pequeno país espremido entre Bélgica, França e Alemanha, com uma das maiores rendas per capita do mundo e uma população de 500 mil pessoas, destes, segundo o taxista iugoslavo que falava português melhor do que muito jogador de futebol brasileiro, 20% portugueses. Ou seja, tome cuidado se quiser reclamar / zoar o taxista achando que ele não vai te entender. Cometemos esse erro…
O Rockhall, no entanto, não fica na cidade de Luxemburgo, mas umas três cidades antes, quase na fronteira com a França. O ticket do ingresso vale para o trem (uma maneira de o Estado apoiar o entretenimento), mas não para o táxi, afinal a Avenida do Rock and Roll (o nome é esse mesmo, ou melhor: Avenue du Rock’n’Roll) é bem distante do centro de Alzette, a tal cidadezinha luxemburguesa quase francesa.
Após um grupo chatinho meio Kooks, e uma dupla não ensaiada de guitarra e violino, Lou Reed surge se arrastando para o palco. Impressiona como o homem está detonado, caminhando a passos lentos e pesados para o microfone. A banda é toda nova, o que justifica a escolha de Luxemburgo para abrir a turnê: melhor queimar o filme e ensaiar ao vivo em cidadezinhas afastadas para chegar afiado em Londres e Paris.
O programa vendido na banquinha de camisetas aponta oito músicas do Velvet Underground, oito da carreira solo de Lou Reed e oito (!) do álbum “Lulu”, em parceria com o Metallica, mas Lou não o segue, e abre a noite com uma versão potente de “Brandenburg Gate”. O quinteto que o acompanha não tira o olho do maestro, e com a guitarra nas mãos Lou não decepciona (apesar da voz mostrar sinais de desgaste).
Surge então o primeiro hino do Velvet, “Heroin”, em versão redentora, fiel ao arranjo original, com Lou declarando seu amor à droga e dizendo que ela é sua esposa. “I’m Waiting For The Man” vem com teclado à frente, e os guitarristas se divertem (e erram adoidado). O arranjo é rock and roll a la Jerry Lee Lewis, e a banda atual lembra a fase “Live in Italy”, da primeira metade dos anos 80 de Lou Reed, com muito improviso.
Fica absolutamente claro neste começo (de show e turnê) que Lou está usando este primeiro show como um ensaio de luxo. Parece, inclusive, que a banda está tocando junta pela primeira vez, o que faz com que Lou tenha que acentuar todos os finais, mostrar as notas que devem ser tocadas em determinando momento e, ápice cômico, colocar o dedo na boca em sinal de silêncio para que um dos guitarristas pare de fazer o backing que está fazendo.
Como um todo, o show é desleixado, e os melhores momentos surgem, acredite, quando Lou pesca uma canção do “Lulu” (ainda rolam “The View”, “Mistress Dread” e “Junior Dad”). Clássicos como “White Light/White Heat” (em que um dos guitarristas errou o backing) e “Walk on the Wild Side” surgem em versões que mais parecem jam sessions, mas “Street Hassle” e “Cremation” compensam.
O set list tem 15 músicas, mas percebendo a confusão em que se meteu, Lou corta duas canções (“apenas” “Sweet Jane” e “Pale Blue Eyes”) e adianta o final. Volta para o bis com uma do “Lulu”, terminando a noite com “Sad Song”, bastante inferior à versão da turnê do álbum “Berlin”, de quatro anos atrás. Os luxemburgueses podem ter a maior renda per capita do mundo, mas assistiram ao provável pior show de Lou Reed desta turnê. E nós também.
junho 15, 2012 No Comments
Guns N’ Roses em Paris
Texto e fotos: Marcelo Costa
Localizado ao lado da mítica Cinemateca Francesa, o Palais Omnis Sports Bercy é um gigante disfarçado. Encrustado no que parecia ter sido uma ribanceira, do lado de fora o ginásio de esportes não parece ser tão gigante quanto seus números entregam, com cerca de 19 mil lugares disponíveis para apresentações musicais, sendo que 80% deste número parece estar ocupado por fãs do Guns de todas as idades com bandanas, camisas pretas e calças de couro esperando para conferir ao vivo mais um show da interminável “Chinese Democracy Tour”.
Apesar do bom número de ingressos vendidos, o transporte público parece não ser afetado e tudo corre tranquilamente para uma noite amena de terça-feira primaveril em Paris. Fãs ocupam seus lugares nas arquibancadas enquanto a pista parece que irá lotar e permanecerá assim durante toda a noite, com muitas pessoas desistindo do show seja pelo atraso costumeiro de Axl Rose, seja pela extensão da apresentação, que ultrapassa duas horas e meia de duração embalada por jams sessions absolutamente dispensáveis.
Ao meu lado, na fileira D (na metade do ginásio e com uma visão excelente do palco), um clone de Izzy Stradin senta acompanhado de sua namorada, ela com calça de couro rasgada no joelho, tatuagem de flores escapando no pescoço, e adesivo do meet and greet, o qual Axl raramente participa (para não dizer nunca). A garota me olha e dispara um francês cheio de biquinhos. Aviso que não falo a língua de Charlotte Gainsbourg, e ela acena com um sorriso e pergunta em inglês: “Será que ‘ele’ vai atrasar muito? Uma hora? Duas”.
Tento acalmar a moça dizendo que em 30 minutos, no máximo, o show começa (e tento também acreditar em minhas próprias palavras). Dias antes, em Manchester, Axl havia atrasado três horas. Em Paris, no entanto, o atraso fica “apenas” em uma hora e meia, e o septeto adentra o palco de Bercy ao som de “Splitting the Atom”, do Massive Attack. “Chinese Democracy”, faixa que dá nome ao último álbum do Guns, abre o show de forma surpreendente ancorada em cinco telões, explosões e um pique atlético de banda que cansa só de olhar.
Axl não economiza e logo após a abertura oferta aos fãs três pérolas do álbum que apresentou o Guns ao mundo: “Welcome to the Jungle”, “It’s So Easy” e “Mr. Brownstone” surgem fortes, intensas, e dão a tônica do que se seguira nas duas horas seguintes, com todos os integrantes da banda correndo de um lado para o outro, tentando se aproximar dos fãs (e da área vip de modelos num canto dentro do palco) enquanto os telões alternam passagens de clipes com imagens de modelos de propagandas de shampoo (ao longo da noite serão mais de 10).
O pique do vocalista impressiona. Ele canta muito, e bem, faz sua dancinha característica em diversas oportunidades e dobra o pedestal do microfone como nos velhos tempos, mas precisa recarregar-se de oxigênio em mais de 20 canções. Chega a ser engraçado: ele termina sua parte na música e sai dançando animadamente até desaparecer no backstage. Os guitarristas alternam solos, fazem pose e cerca de um minuto depois Axl retorna revigorado para novos berros. Se o show tem 2h30, aproximadamente 30 minutos ele passa no backstage.
Ainda assim, o show é correto e divertido. O personagem Axl Rose é maior do que a própria banda (que particularmente nesta noite está muito bem), e isso explica parte da má vontade com que boa parte da imprensa vê o Guns, mas os fãs não estão nem ai e rasgam suas vozes em “Rocket Queen”, fazem air piano na cover matadora de “Live in Let Die” (recheada de dezenas de explosões), namoram em “This I Love” e aplaudem de forma impressionante e entusiasmada até um número solo de Dizzy Reed ao piano (“Baba O’ Riley”, do The Who).
As arrasa quarteirão “You Could Be Mine” e “Sweet Child O’ Mine” são separadas por um solo latino chato de DJ Ashba, e assim que a banda começa a improvisar “Another Brick In The Wall Part 2” deixo o Palais e corro para o metrô vazio com a certeza de que, apesar da imprensa e dos detratores, o Guns e Axl reinam absolutos num mundo paralelo, só deles, uma monarquia do século 13 povoada por solos de guitarra, tatuagens, modelos e colares de 200 mil dólares. E, claro, alguns dos maiores hinos do hard rock dos últimos 20 anos.
A noite ainda teria “November Rain”, “Don’t Cry”, “Civil War” e “Nightrain” encaixotadas entre dezenas (que parecem centenas) de jams intermináveis. As canções de “Chinese Democracy” rareiam conforme o show avança, e o bis – “Knockin’ On Heaven’s Door”, “Patience” e “Paradise City” – é marcado por um hit e uma jam. Os fãs festejam e a noite se encerra ao som de Sinatra cantando “My Way”. A monarquia (e o hard rock) pode(m) estar fora de moda, mas Axl ostenta a coroa com orgulho. É meio vergonha alheia, mas ele (acha que) pode.
Melhor deixar.
junho 15, 2012 No Comments
Batendo perna em Paris
Texto e fotos: Marcelo Costa
Segunda-feira, pós Primavera Sound, todo mundo morto, hora de descansar, certo? Humm, não. Chegamos a Paris por volta das 11h, e fomos recebidos por seis andares de degraus escorregadios e gastos – sem elevador. No terceiro andar, um acesso de riso nos tomou, e as malas triplicaram de peso. Com muito esforço conseguimos chegar ao apartamento.
A primeira impressão é de médio pra ruim, mas vamos nos ajeitando (e aceitando). A mulher responsável por nos receber não fala nada de inglês, e travamos um diálogo que mais parece uma luta de esgrima. Quando ela está saindo, vitoriosa, lembramos de pedir a senha do wi-fi. Ela sorri, e anota num papel. Duas horas depois descobrimos que ela havia nos dado a senha da portaria do nosso prédio. Lost in Translation.
É hora do almoço, e opto por retornar a um restaurante em que comi com Lili, e que a encantou por sua sopa de cebola. Fica do lado do Forum Des Halles, e, claro, todo mundo fica animado quando comento que há uma FNAC de três andares no local. Passamos ainda na lojinha Paralléles (47, Rue Saint Honoré), um paraíso com vinis, boxes raros, quadrinhos e memorabilia. Rob Fleming recomendaria.
Então começa a maratona. Estamos ao lado do Louvre, lembro, e caminhamos até a Pirâmide. Paulo Terron olha para o Arco do Triunfo, e comenta: “Uma vez caminhei daqui até lá”. Já que deu a ideia, vamos os três, com Renato Moikano (que estava caminhando pela primeira vez na Champs Elysees) à frente. No caminho, passamos em uma FNAC e na mega loja da Virgin. Resisto e não compro nada nas duas.
Debaixo do Arco, comento: “Já que viemos até aqui, vamos até a Torre Eiffel”. E assim parte o trio. O clima está meio cinzento, nublado, e venta. Mas não nos abalamos. Paramos no Trocadero, e pergunto pro Renato: “Tu vai querer subir?”. E ele: “É claro”. A fila do elevador está imensa, então comento da subida via escada, cuja fila é menor. Segundo a previsão no letreiro, os quase 700 degraus são vencidos em 25 minutos.
Ali pelo número 300, eles, os degraus, estão quase nos vencendo. Rimos, sem poder rir (temos que guardar o ar para o fôlego que resta), mas aos poucos vamos ultrapassando as marcas (inclusive o degrau 666) e, quando percebemos, já estamos sendo atacados pelo vento cortante que atinge o ponto mais alto da Torre. O dia está se pondo, e a visão compensa.
Alguém se lembra dos seis andares que teremos de enfrentar quando voltar para o ap (que já está arrumado, com wi-fi funcionando, TV francesa disponível, e camas aguardando o sono dos justos), e rimos. Depois da Torre, os seis andares do ap serão fichinha, mas se encontrasse uma lâmpada mágica naquele momento, um dos três pedidos seria certo: um elevador. Os outros dois poderiam ser queijo…
Acordamos perto do meio-dia na terça-feira, e nenhuma boulangerie nem restaurante quer nos vender o cardápio de café da manhã. Dispensamos um café que parecia o do filme “Antes do Por-do-Sol”, mas que, na verdade, não era frequentado por Celine e Jesse, mas sim por Jim Morrison, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Albert Camus – e até virou filme), e somos dispensados de mais dois. No fim, opto por uma fatia de queijo com amêndoas, e descubro um café amigável na praça seguinte.
A ideia era passarmos na Shakespeare and Co, a charmosa livraria focada em língua inglesa, e depois visitarmos a Igreja de Notre Dame, mas percebo o Pantheon numa ladeira, e arrasto os dois amigos para o local. Dali seguimos em direção a Rue Dante, que desde o começo do Boulevard St Germain é lotada de lojas de quadrinhos e toyart, um paraíso para fãs e nerds. Todo mundo compra algo. Ainda descobrimos outra loja de CDs e vinis sensacional: a Crocodisc, na 40, rue des Ecoles.
Na Shakespeare and Co, um cartaz anuncia que Jennifer Egan, minha paixão atual, irá ler trechos de seu novo livro às 19h da quinta-feira, exatamente quando tivermos partido para Cork. Tento não pensar no assunto (na última vez que estive na livraria, Jonathan Safran Foer lia trechos de “Eating Animals”) e partimos para Notre Dame. A fila está grande, mas rápida. Quando deixamos a igreja, as visitas ao topo estão encerradas. Fica para a próxima vez.
junho 15, 2012 No Comments