Londres: Greenwich e Borough Market
Textos e fotos: Marcelo Costa
Minha ideia pessoal nesta passagem por Londres era explorar um pouco mais a cidade e fazer alguns passeios que eu havia deixado de fazer nas passagens anteriores. Problema 1: comprei tickets para shows em todas as seis noites que estarei na cidade (o que já elimina fugidas noturnas). Problema 2: o tempo corre bem mais rápido em uma viagem dessas, em que coisas vão surgindo no roteiro, e quando você vê resta pouco tempo para os passeios programados.
Dentre os passeios que eu mais queria fazer, uma ida a Brighton, que tínhamos agendado para este sábado de sol, foi deixada de lado. Mas ainda assim conseguimos ir de barco pelo Tamisa do centro de Londres até Greenwich, almoçar um fish and chips por lá, dar uma olhadela rápida no observatório (7 libras pra entrar, fica pruma outra) e na linha meridional, beber uma cerveja e voltar de trem. Rápido, mas legal. Amanhã queremos navegar no Regent’s Canal.
No meio da correria da sexta-feira consegui passar em uma das minhas lojas preferidas da cidade, a Fopp de Covent Garden, e sai de lá com 14 CDs (por 68 libras), mas ainda quero voltar e fuçar com mais calma. Também comprei uma cincoentinha para a Canon Rebel XTI que eu trouxe, e até apanhei um pouco dela no primeiro dia I’ll Be Your Mirror, mas preciso aprender a brincar com a criança (quem mandou matar as aulas de fotografia na faculdade)…
Ainda na sexta, na compania de Tiago Trigo e Juliana Zambelo, batemos ponto no Borough Market, um mercado de varejo com dezenas de barraquinhas bem interessantes, com comidas do tipo sanduiche de carne de pato e/ou coelho, bratwursts alemãs, fish and chips londrino, queijos, doces, cervejas, frutas, bolos, e tudo o mais que o bom paladar quiser provar (e que o estômago aguentar).
Algumas fontes dizem que o mercado existe desde 1041, tendo sido criado logo ao lado do atual (do ladinho do metrô London Bridge), cujo primeiro desenho data de 1851 (com alguns acréscimos em 1860), e que virou febre da turistada nos últimos anos (para desespero dos londrinos – se é que existem londrinos em Londres). Arrisquei um fish and chips (dos três peixes disponíveis – Cod, Haddock e Plaice – escolhi o último, mais incomum) e aprovei.
Praticamente colado em uma das várias saídas do Borough Market está o excelente pub The Rakes, com um catálogo caprichado de cervejas belgas. Os preços estão em torno de 3 libras a 5 libras o pint para beber no balcão, mas quis arriscar uma Molen Amarillo (9 libras o pint), uma double IPA holandesa de 9,2% de graduação alcoolica, aroma frutado carregado e paladar levíssimo, que esconde muito bem a cacetada de álcool que carrega. Me apaixonei. Procurarei por ela Amsterdã…
Segundo consta, cheguei exatamente em Londres no dia em que o outono mais frio dos últimos 300 anos foi embora. A cidade está mais alegre e os parques lotados, com muita gente aproveitando para namorar o sol nessa sua curta passagem anual pelo território (são só dois meses e mais alguns dias, tem que aproveitar). É hora de colocar bermuda e chinelo e partir pra rua. Ou para um palácio (me espera, ATP)…
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