Sobre o entrevistão com Hélio Flanders
Um dia antes de embarcar com Lili para a Europa em maio, eu, Marco Tomazzoni e Tiago Agostini recebemos o amigo Hélio Flanders, vocalista e letrista do Vanguart, para uma entrevista no meu ex-apartamento. Uma caixa (essa aqui) de Leffe foi comprada para a ocasião. Ainda havia malas para fechar e detalhes para acertar antes de voar para Budapeste, algumas horas depois, mas a expectativa pelo papo com Hélio Flanders era enorme. E foi plenamente recompensada. Ele nos surpreendeu mantendo um fluxo de idéias interessantíssimo que girava em torno da pausa que o Vanguart deu após o lançamento de seu disco ao vivo pela Multishow. Foram cinco horas de bate papo (acabou ali pelas 3 da manhã) que renderam mais de 30 páginas de entrevista, das quais 20 foram publicadas hoje no Scream & Yell (aqui). Em texto a conversa perde um pouco do humor e da ironia do entrevistado, mas encaro o bate papo como um retrato (talvez desencantado, como ele mesmo diz em certo momento – prefiro realista) de um jovem artista tentando se adaptar em um meio (cada vez mais político e menos musical) que costuma devorar sonhos. Há entre as palavras de Hélio e as de Romulo Fróes (aqui), Lulina e Stela Campos (aqui), Heitor Humberto e Nevilton (aqui), e também Wado (aqui) e Iuri Freiberger (aqui) um desenho (talvez borrado, mas ainda assim nítido) do momento atual da música brasileira. Esse desenho nos interessa muito. Para ler (ouvir as canções) e refletir.
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