Relembrando Viena em um dia de cama
Terça-feira, dia de folga. Nos planos, olhar mais alguns apartamentos e escrever alguns textos, mas uma intoxicação alimentar me deixou de cama o dia todo. Na impossibilidade de fazer qualquer coisa que exigisse movimentos, joguei o corpo no colchão e fui rever “Antes do Amanhecer”, para observar Viena novamente. Achei que a Zollamtssteg Bridge não era a ponte que aparece no filme, mas era. E o casal Jesse e Celine vai em um pub chamado Arena Café que tem que ter alguma relação com o Arena Viena do post anterior, pois o clima é o mesmo. No mais, o filme se passa em uma área que não visitamos, o Prater, o parque com a famosa Wiener Riesenrad, uma das rodas-gigantes mais altas e antigas do mundo.
Aproveitando a revisão, é impressionante como “Antes do Amanhecer” não envelhece. Lançado em 1995, o filme de Richard Linklater é uma ode à inocência cuja seqüência (“Antes do Por-do-Sol“, 2004) foi um belíssimo contraponto. Os dois filmes são extremamente textuais. Conversa sobre conversa sobre conversa. E são nesses diálogos repletos de significados que reside a beleza dos dois filmes, o primeiro focando na inocência dos personagens, e o segundo pegando aquela fase da vida em que já quebramos a cara um número razoável de vezes, e por isso nos tornamos um tanto cínicos em relação ao mundo, no geral, e ao amor, em particular.
Ps. Quem for para Viena e quiser procurar as locações do “Antes do Amanhecer” pode consultar estes dois textos bacanas aqui e aqui
Ps2. Meu texto de seis anos atrás sobre “Antes do Por-do-Sol” aqui
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