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O melhor barzinho café de Ia

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Assim que terminamos o ótimo tour do sábado (assunto do próximo post), fomos deixados em Oia (ou Ia, como quiser o freguês) para vermos o por-do-sol. Tinhámos ainda duas horas e meia pela frente até o astro rei decidir se esconder atrás das nuvens, então fomos procurar um café bacaninha para matarmos tempo.

Meu desejo quase irrealizável era encontrar algum bar que não tivesse só Amstel, Heineken e Mythos, as únicas cervejas existentes aqui, e foi então que esbarramos em “Yeah Yeah Yeah Song”, do Flaming Lips, tocando em um café. Fomos ver o cardápio dos caras e eles devem ser os únicos a ter uma cerveja diferente em toda a ilha. Paramos.

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Paramos e ficamos quase três horas. Assim que entrei, o Kosta, no balcão, disparou: “Quando você quer por essa camiseta do Mudhoney?”. Escolhemos uma mesa perto da janela, e comecei a sessão degustação da Craft, uma cervejaria artesanal grega que produz weiss, pilsener e red ale de boa qualidade.

Lili parou em uma taça de vinho branco, e o sol foi morrendo enquanto bebiamos e o som tocava Talking Heads, Bowie, Velvet, Joy Division e outros. Um grupo de portugueses veio papear conosco sobre viagens e antes de encerrarmos a conta, o Drasko, que fazia o papel de garçom, nos trouxe um chopp e uma taça de vinho (a terceira de Lili) de brinde.

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Não precisa dizer que saimos altinhos do lugar (vou mandar um arquivo com umas 30 músicas brasileiras pra ele rolar ali). Então fica a dica: quem quiser gastar menos com cerveja na Grécia vai de Heineken, Mythos ou Amstel (em média, 3 euros a lata). A Craft sai por 7 euros o copo de 500 ml, mas compensa pelo conjunto no Meteor (incluindo a vista da janelinha, belíssima – todas as fotos aqui são no café).

Fora a Craft, muitas outras cervejas estreiam na lista. Uma nova belga (tinha que ser)  entra no top 5: a Carolus, em sua versão Ambrio, uma cerveja escura apaixonante com o tradicional paladar entre café e chocolate mais uma alta graduação alcoólica que pode enganar os desavisados.

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Outra boa surpresa foi a holandesa McFarland, uma ruiva bastante aprazível. Outra cerveja interessante é a Rethymnian, mais uma cerveja grega artesenal (como o Craft), com o diferencial de que esta é feita com ingredientes orgânicos. A cervejaria fica em Creta e, segundo o site (veja aqui), o mestre cervejeiro Dr. Bernd Brink espera a sua visita.

Na sequência, uma listade pilsens praticamente iguais: Alpha (bobagem), Amstel (uma das melhores da região), Mythos (uma cerveja helenica, e isso é o melhor que posso dizer dela, seja lá o que isso signifique), Kaiser (uma austríaca que eu já tinha experimentado em Veneza), a Fischer (outra pilsen normalzinha) e a… Sandy, outra daquelas que mistura Sprite com Pilsen (uma boa limonada). A lista atualizada fica assim:

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1) 5/5 – Chimay Blue, Bélgica (aqui) 9%
1) 5/5 – Chimay Red, Bélgica (aqui) 7%
3) 4,95/5 – Grimbergen Cuvée de l’Ermitage, Bélgica (aqui) 7,5%
4) 4,92/5 – Grimbergen Optimo Bruno, Bélgica (aqui) 10%
5) 4,69/5 – Gouden Carolus Ambrio, Bélgica (aqui) 8%
6) 4,65/5 – Judas, Bélgica (aqui) 8,5%
7) 4,59/5 – Kout Special Dark Beer 14°, República Tcheca (aqui) 6%
8 ) 4,50/5 – Grimbergen Blonde, Bélgica (aqui) 6,7%
9) 4,02/5 – Voll Damm, Espanha (aqui) 7,2%
10) 3,95/5 – Edelweiss, Áustria (aqui) 5,5%
11) 3,55/5 – Hofbrau Munchen, Alemanha (aqui) 5,1%
12) 3,50/5 – Soproni’s Fekete Démon, Hungria (aqui) 5,2%
13) 3,49/5 – McFarland, Holanda (aqui) 5,6%
14) 3,48/5 – Rethymnian Dark, Grécia (aqui) 4,8%
15) 2,89/5 – Craft Weiss, Grécia (aqui) 5%
16) 2,86/5 – Rethymnian Blonde, Grécia (aqui) 4,8%
17) 2,79/5 – Negra Modelo, México (aqui) 5,2%
18) 2,76/5 – Staropramen Cerný (Dark), República Tcheca (aqui) 4,4%
19) 2,75/5 – Kozel Cerný (Dark), República Tcheca (aqui) 3,8%
20) 2,74/5 – Craft Red Ale, Grécia (aqui) 4,8%
21) 2,73/5 – Pilsner Urquell, República Tcheca (aqui) 4,4%
22) 2,72/5 – Craft Pilsner, Grécia (aqui) 5%
23) 2,71/5 – Amstel, Holanda (aqui) 5%
24) 2,70/5 – Kronenbourg 1664, França (aqui) 5%
25) 2,65/5 – Arany Ászok, Hungria (aqui) 4,5%
26) 2,62/5 – Staropramen Granat, República Tcheca (aqui) 4,8%
27) 2,55/5 – Staropramen Premium Lager, República Tcheca (aqui) 5%
28) 2,54/5 – Gambrinus Svetly, República Tcheca (aqui) 4,1%
29) 2,49/5 – Hubertus Bräu, Áustria (aqui) 3,9%
30) 2,45/5 – Kozel Premium, República Tcheca (aqui) 4,8%
31) 2,28/5 – San Miguel, Espanha 4,8%
32) 2,27/5 – Kaiser, Áustria (aqui) 5%
33) 2,25/5 – Eggenberg Vollbier, Áustria (aqui) 5,1%
34) 2,20/5 – Fischer, Grécia (aqui) 5%
35) 2,11/5 – Alpha, Grécia (aqui) 5,4%
36) 2,07/5 – Wieselburger Stammbräu, Áustria (aqui) 5,4%
37) 2,05/5 – Róna, Hungria (aqui) 5%
38) 2,04/5 – Nastro Azzuro, Itália (aqui) 5%
39) 2,02/5 – Mythos, Grécia (aqui) 5,4%
40) 2,01/5 – Dreher, Hungria (aqui) 5,2%
41) 1,99/5 – Elephant, Dinamarca (aqui) 7,2%
42) 1,85/5 – Gösser Märzen, Áustria (aqui) 5,2%
43) 1,84/5 – Cannabia, Espanha (aqui) 4,8%
44) 1,10/5 – Sandy, Grécia 2,0%
45) 1,00/5 – Gösser Radler, Áustria (aqui) 2,0%

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Fotos da viagem:
http://www.flickr.com/photos/maccosta/
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/

junho 5, 2010   No Comments

Um sonho chamado Santorini

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Após uns vinte minutos de espera no ponto de ônibus, ele nos deixou no meio de lugar nenhum com uma turma de canadenses (três meninas, dois meninos), que também iriam ao mesmo destino que nós: Red Beach. Outro ônibus, uma caminhada entre pedras vulcânicas e chegamos ao pequeno paraíso: uma prainha que precipitava-se sobre um despenhadeiro vermelho (daí seu nome). A visão de cima era fantástica, mas nada como se esticar na rede, abrir uma cerveja e… sonhar.

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Comentei com Lili: “Você devia ter comprado um livro ontem. Agora poderia ler e dormir”. E ela: “Mas eu não quero dormir. Eu quero ficar olhando!!!”, numa sensação que misturava admiração com um sorriso enorme no rosto. Red Beach é uma das praias famosas de Santorini, e além dela ainda existem a Light House, White Beach e as praias de Perissa, mas a pequena ilha de Thira reserva muitas surpresas e belezas.

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Primeiro de tudo: o nome oficial da ilha é Thira, e não Santorini, embora todas se refiram a ela pelo segundo nome (a junção dos nomes Santa Irini). A ilha, nos primórdios, era uma bola com um vulcão no meio. Após uma forte erupção (que atingiu centenas de ilhas ao redor, inclusive Creta), Santorini ganhou o aspecto que tem hoje: o de uma meia lua com a o vulcão isolado no meio, uma ilha dentro de outra ilha.

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O aeroporto fica numa ponta da ilha, e a vila de Perissa fica mais abaixo. O centro da cidade (que segundo o último censo, de 2001, tinha 12 mil habitantes) é Fira, agitada, cheia de lojinhas e ruazinhas, mas o que você, eu, Lili e o mundo conhece da ilha está na vila Oia (lê-se Ia): casinhas brancas sobrepostas umas as outras como se fossem marshmallow. Ruazinhas minusculas as unem, e a sensação é de que você está pisando em um território mágico.

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 O ponto alto de Oia, dizem, é o por-do-sol, o mais belo do planeta segundo… todo mundo. Na nossa primeira experiência, porém, ele ficou tímido e escondeu-se atrás de uma longa nuvem branca (e a platéia era imensa). Hoje teremos uma segunda chance, mas já adiantamos que, neste momento, o por-do-sol no Vale da Lua, no Deserto de Atacama (essas aqui e aqui) está vencendo a peleja por 1 x 0. E Tiradentes fica com o segundo lugar com este por-do-sol aqui e aqui.

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Isso não tira de forma alguma o posto de cidade encantada de Santorini. Naquela minha lista de cidades passionais, Paris e Barcelona se diferenciam de Veneza e Santorini (e, por que não, Tiradentes) porque as primeiras são cidades belíssimas com tudo aquilo que conhecemos (facilidade e dificuldades) enquanto as três últimas (nosso exemplar mineiro incluso) são pequenos sonhos incrustados em lugares especiais.

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Veneza flutua à beira do Mediterrâneo cheia de becos e vielas, onde se vai de um lugar para o outro de barco, e vê-se gandolas negras flutuando de lá pra cá entre o mar e as paredes. Santorini é uma pequena ilha no meio do Egeu, uma superlotação de casinhas brancas (as de tetos azuis são igrejas) unidas por ruazinhas minusculas que desembocam em praias e em bares aos pés do mar (tão claro, mas tão claro).

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Passamos o dia inteiro fora do hotel, e voltamos de alma lavada para casa. Hoje o dia promete. Pegamos um tour que nos levará até a cratera do vulcão, passará por duas ilhas menores, e terminará no fim da tarde ao por-do-sol de Oia. Esperamos ansiosos pelo empate, e com um gol belíssimo de Santorini, mas se não rolar, não tem problema: a cidade já nos conquistou de uma maneira que podemos ficar parados para ela olhando, olhando e olhando por horas como se estivéssemos sonhando. E não estamos.

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Fotos da viagem:
http://www.flickr.com/photos/maccosta/
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/

junho 5, 2010   No Comments