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O vento e a seriedade dos húngaros

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Os termômetros marcavam 11 graus às 14h, mas a sensação térmica era fácil de -1 grau devido ao vento fortíssimo que, segunda a minha contagem, deixou mais de 15 guarda-chuvas detonados pelas ruas de Budapeste – fora aqueles que as pessoas insistiam em usar, mesmo estando arrebentados. Vou te contar: venta muito nessa cidade. Passamos a manhã toda nos preparando para a Budapeste: comprando capas de chuva, jaquetas e meias – saudades  do verão do ano passado.

Apesar da passar o dia inteiro com os dedos nadando dentro do tênis, Budapeste soou interessante. Saímos do hotel às 9h e voltamos às 21h. Caminhamos muito, Lili tomou goulash e eu uma tradicionl sopa de tomate húngara com peperoni e pimenta, gostosa mas enjoativa. No jantar partimos para um cantina italiana (comida italiana não tem como errar), o que se mostrou um ótimo investimento.

Passamos a maior parte do tempo em Peste, mas atravessamos o Danúbio (que de azul não tem nada) pela bela ponte Szabadság para irmos, em Buda, no maior e mais popular banho termal da cidade, o Gellért Gyógyfürdö, que foi inaugurado em 1918 dentro de uma estilosa construção art nouveau. Pagamos uma cabine (que serve também como locker) para nos trocarmos e lá fomos nós para essa atividade tão exótica.

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Há uma piscina central, morninha, que chama a atenção, mas o banho termal é feito em outra piscina, menor, com a água quentinha à 36 graus. Você fica ali sentado sem a minima vontade de sair. O mais impressionante é que há fora do prédio outra piscina termal, e haviam muitas pessoas lá. Lembre-se: 11 graus, sensação términa de -1 e umas 10 pessoas numa piscina fervendo ao ar livre. Tem que ser muito húngaro.

Na volta para o hotel chegamos a passar em frente à Básilica de São Estevão, onde iria começar um concerto de música clássica alguns minutos depois. Se meus pés não tivessem tão molhados e os ingressos não fossem tão caros (30 euros) até que eu arriscaria. No mais, Budapeste é bem bonita (ao menos ao domingo, com chuva, sem muita gente na rua), com algumas partes detonadas, mas nada muito assustador (além da estação central de trem de Keleti Pu, com jeitão barra pesada).

Lili destaca a seriedade dos húngaros. Eles poucos sorriem e seguem a norma européia de serem pouco prestativos. As húngaras têm um rosto muito bonito (cada olho azul de deixar o seu queixo caído), mas boa parte da população é de terceira idade – ao menos foi o que sentimos nesses dois dias. A Hungria tem apenas 10 milhões de habitantes, e o país inteiro é menor que o estado de Santa Catarina.

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Já estamos com os tickets de trem e amanhã, às 9h, partimos para Viena, onde à noite tem show do Black Rebel Motorcycle Club. Ficamos em Viena até sexta de manhã, quando voltamos pra Budapeste para tentar pegar um pouco de sol e monumentos históricos. A viagem está só começando…

Ps1: O wi-fi do Ibis não ajudou nada na noite passada (mas as prostitutas no lobby do hotel tentaram uma “conexão”, em vão) enquanto o minuano húngaro não parou um segundo.

Ps2: Eu estava com saudade de Cherry Coke.

Ps3. Apesar de conseguirmos ir pra lá e pra cá de metrô sem perguntar nada (e sem entender o nome das estações anunciado no som do vagão), ainda não conseguimos pronunciar nenhuma palavra em húngaro. Nem bom dia e nem obrigado. Eis uma missão para a próxima sexta-feira.

Ps4. Ao menos na Áustria se fala alemão, e obrigado e bom dia a gente já sabe. Ou a gente acha que sabe…

Ps5. As escadas rolantes do metrô são em velocidade 5. Não se perde tempo em Budapeste.

Ps6. Em Viena pretendemos ir ao palácio em que viveu o príncipe Franz Ferdinand. :~

Ps7: Foram duas as cervejas do domingo: a primeira uma vermelha e gostosa Arany Ászok, de Budapeste (assim como a Dreher), num café charmoso que, assim que sentamos, começou a tocar “Mas Que Nada”, do Jorge Ben (não sei de quem era a versão).  A segunda do dia (terceira da viagem) foi uma alemã de trigo deliciosa, a Hofbrau Munchen. Veio com uma fatia de limão no copo, mas o sabor tradicional de banana marcou presença. Bela pedida.

Top Cervejas
1) 3,5/5 – Hofbrau Munchen, Alemanha (aqui)
2) 2,6/5 – Arany Ászok, Hungria (aqui)
1) 1,9/5 – Dreher, Hungria (aqui)

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Fotos da viagem:
http://www.flickr.com/photos/maccosta/
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/

maio 17, 2010   No Comments