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Posts from — junho 2009

Cenas da Vida em São Paulo – O encontro

Manhã fria de sol. Ele está completamente entretido na leitura de um livro, tão concentrado que quase perde o ponto de descida do ônibus. Desce e caminha em direção a um posto de conveniência, pede dois pães de queijo com recheio de requeijão com azeitona e um isotônico, e sai da loja desajeitado com o livro em uma mão, os pães de queijo e o isotônico na outra, e a mochila nas costas.

Assim que entra na rua do trabalho, atravessa de uma calçada para outra, e no instante em que pisa na outra calçada, se vê frente a frente com o homem, que caminha entretido ao lado de sua mulher. O rapaz o olha, e para, estático. São alguns segundos que parecem horas até cair a ficha, que ecoa dentro de sua cabeça: “Era o Arnaldo Baptista? Era o Arnaldo Baptista. Arnaldo!!!!!”.

Ele vê o homem e sua mulher se distanciando, pensa em gritar seu nome, sair correndo para um abraço, um cumprimento, mas fica estático. No ar, cheiro de pão de queijo.

*******

Um dia antes, conversa de MSN:

Marco Tomazzoni diz:
– Esqueci de te contar. O Arnaldo estava na Rua Amauri hoje de manhã.

Marcelo Costa diz:
– Antunes?

Marco Tomazzoni diz:
– Não! Baptista!

Marcelo Costa diz:
– Sério???? Como assim???? E você deu um abraço nele???

Marco Tomazzoni diz:
– Não…

Marcelo Costa diz:
– Como assim????

*******

Agora entendo a resposta negativa do Marco. A propósito, “Loki”, o documentário obrigatório de Paulo Henrique Fontenelle sobre Arnaldo Baptista estréia hoje nas seguintes cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Tubarão, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Recife, Fortaleza e Salvador. Assista. E, por um momento, feche os olhos e de um abraço no Arnaldo.

Leia também:
– “Loki”, de Paulo Henrique Fontenelle, por Marcelo Costa (aqui)

junho 19, 2009   No Comments

Sobre albergues e trens na Europa

A Diana está fazendo planos para um mochilão, e me pediu dicas sobre albergues e passagens de trem e tal. Para dividir com os demais leitores, segue a resposta abaixo. E quem tiver coisas legais para acrescentar, por favor, comente.

1) Albergues: tanto no ano passado quanto neste estou indo com todos os albergues e estadias reservadas. Reservei quase tudo pelo Hostel World (http://www.hostelworld.com/) e alguns pelo Homelidays (http://www.homelidays.com). São dois modos de se olhar para essa opção: a gente fica mais despreocupado com o lugar onde vai dormir, porém a viagem fica toda fechada, sem possibildiades de se fazer uma loucurinha (tipo acordar num dia em Berlim e dizer: “acho que vou pra Viena hoje” – risos). Por outro lado, tenho uma experiência que pode te ajudar: quando eu estava em Málaga, na Espanha, no ano passado, gostei tanto da cidade que resolvi ficar mais uns dois dias. Porém o albergue em que eu estava alojado não tinha mais vagas para eu ficar além do que eu já tinha pré-reservado. Acordei na manhã do check-in, entrei no hostel world e achei super fácil um outro albergue (que por sinal era melhor do que o que eu estava). Tem uma outra história também: odiei o albergue de Paris e sai para bater perna atrás de um hotel. Achei um (1 Estrela, mas ajeitadinho) que me custou 10 euros a mais (o albergue era 24 a diaria, o hotel saiu por 34). Ou seja, você encontra estadia no dia em que chegar. Talvez valha olhar antes para ter um norte, e resolver uns dois ou três dias antes só para não perder tempo em Paris ou Barcelona caminhando na rua procurando hotel enquanto você poderia estar olhando a cidade, mas sempre se encontra lugar pra ficar. (importante: se vocês forem fora da grande temporada – entre 14 de junho e 14 de agosto – é ainda mais fácil encontrar lugares pra ficar. E outra coisa: a crise afastou muitos turistas da Europa, então teoricamente há mais lugares para ficar). Ah, eu fiz a carteirinha de alberguista… e não usei uma vez sequer. Pode chegar chegando. :)

2) Eurailpass: não tenho experiência nenhuma com ele, mas já me falaram mil maravilhas, viu. É preciso saber usar (algo que eu mesmo nunca fucei muito), e ter tempo útil para fazer os trajetos que compreendem o pacote que você escolher, mas acredito que valha a pena. Agora, se sua amiga disse que é possível encontrar passagens de trens em conta dias antes da viagem, vale arriscar. Se rolar, é uma vantagem. Se não rolar, no máximo, vocês vão gastar mais num primeiro trecho, e depois investirem no passe. Eu fiz poucos trechos de trem no ano passado, só mesmo na Espanha (http://www.renfe.es/), e ganhei um belo desconto comprando antecipado. Fiz praticamente todos os trechos de avião, a maioria pela Easyjet e a Ryanair. São duas companhias barateiras, sendo que a primeira ainda faz pousos em alguns aeroportos principais, e a segunda quase sempre é em aeroportos secundários (ou seja, tem que colocar no valor total da passagem o translado da cidade x até a cidade principal). Para essas companhias, comprar antecipadamente é um grande negocio. Ano passado, o único trecho que deixei para comprar em cima da hora (de Berlim para Glasgow), para aproveitar o melhor dia do cartão de crédito, a passagem subiu quase 50% (era algo em torno de 80 euros e foi pra 130 euros!

junho 18, 2009   No Comments

Gentile Cliente

Gentile Cliente

con la presente siamo ad informarLa che per il primo dei suoi tre concerti italiani, il 19 luglio allo Stadio Olimpico di Roma, Bruce Springsteen dovrà aspettare le 22.00 prima di salire sul palco e dare inizio a tre ore di show di fronte al ‘pubblico migliore del mondo’, come lui stesso ha definito i fans italiani in una recente intervista a Vanity Fair. Il provvedimento è stato deciso dalle Autorità della Capitale per evitare la contemporaneità fra il concerto di Bruce Springsteen and the E Street Band e le gare della prima giornata dei Mondiali di Nuoto, in programma al Foro Italico, struttura adiacente allo stadio.

Cordiali saluti
Customer Care & Billing

junho 17, 2009   No Comments

Revista Trip aposta em nove novos artistas

trip_realidade.jpg

Inspirada em uma capa da clássica revista Realidade de 1966, a Trip aposta em nove novos artistas essenciais da música brasileira e constata que a cena atual é quase uma orgia: todo mundo toca com todo mundo e o prazer é geral. Na capa da revista, em sentido horário, a partir do homem de terno: Rubinho Barsotti (Zimbo Trio), Jair Rodrigues, Nara Leão, Paulinho da Viola, Toquinho, Magro (MPB-4), Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil. Na seleção dos Nove Novos da Trip em 2009, no sentido horário: Junio Barreto (de terno), Hélio Flanders, Thalma de Freitas, Rômulo Fróes, Ganjaman, Tatá Aeroplano, Catatau, Kassin e Céu. Leia aqui a reportagem.

junho 17, 2009   No Comments

Acabou de chegar por mailing

…da Ticketmaster britânica o convite para comprar os ingressos para o festival Hard Rock Calling, no Hyde Park, em Londres, daqui dois sábados (27/06), com  Pretenders, Fleet Foxes, Ben Harper & Relentless7, Seasick Steve e Neil Young. 45 libras (cerca de R$ 160).

O primeiro show do sábado deve começar exatamente quando eu entrar no avião para Paris… massssssssss o vôo de conexão Paris/Londres domingo de manhã deve pousar em Heathrow às 11h e no último dia do festival tem… Bruce Springsteen, e o último lote de ingressos (que estavam esgotados até semana passada) acaba de ser colocado à venda…

hardrock.jpg

junho 16, 2009   No Comments

Opinião do Consumidor: Mac Queens Nessie

Mac Queens Nessie

Teste de Qualidade: Mac Queens Nessie
– Produto: Cerveja Scoth Ale
– Nacionalidade: Austríaca
– Graduação alcoólica: 5%
– Nota: 3/5

A Áustria também faz cerveja, e boa. A Eggenberger Mac Queens Nessie é um ótimo exemplo. Ela é fabricada por uma das mais antigas cervejarias da Europa, a Eggenberg, no castelo de mesmo nome (datado do século 10). O castelo fica no estado de Salzburg, região dos Alpes Austríacos, às margens do rio Alm – cuja água é usada para a produção das cervejas.

Com 5,0% de teor alcoólico, a Nessie é uma cerveja de alta fermentação fabricada com malte de uísque de Highland, na Escócia, e homenageia em seu nome e rótulo o lendário monstro escocês do Lago Ness. Ela tem cor âmbar puxada para o alaranjado e matura por dois meses antes de seu engarrafamento. Seu paladar é agradavelmente delicioso e defumado com toques de caramelo, malte e muito pouco amargor. O aroma lembra café, mel, frutas cítricas e malte.

Apesar de ser uma cerveja austríaca, a Nessie segue o estilo escocês e sua principal característica é o malte de uísque – valorizado no aroma e no sabor. É uma cerveja bastante leve cuja maturação por dois meses em madeira também marca presença no conjunto final, e o leve amargor não a transforma em uma cerveja muito adocicada, o que é muito bom. Pode ser encontrada em empórios entre R$ 10 e R$ 14 (a garrafa de 330 ml) e vale muito experimentar.

junho 15, 2009   No Comments

Sobre o fim – de semana e de romances

bifedetira.jpg

Uma das coisas que eu pensava ao dormir na noite de quarta era de que iria aproveitar o feriadão para dormir e descansar. Me esconder do frio com Lili debaixo de edredons. Ledo engano. É impressionante como gostamos de nos enganar. Ficar sem fazer nada é algo que me incomoda ferozmente. Adoraria ficar deitado o dia todo vendo filmes, comendo pipoca e me enrolando com a namorada (não necessariamente nessa ordem), mas quem diz que consigo.

Desta forma, assim que acordamos e percebi o sol quente pela janela, já tirei Lili da cama para tomarmos café na Padaria Boulevard (pare no balcão e peça a “Boa” com um capuccino! Seu dia vai ficar muuuuito melhor), e depois seguirmos para o centro da cidade para pesquisarmos preços de aquecedores e netbooks. Acabamos comprando o primeiro, afinal, como você sabe, a sensação térmica do meu apartamento é de 5 graus (Bianca e Fernando, vocês chegaram com o aquecedor ligado, não vale!).

No fim da tarde de quinta, várias mensagens chegaram ao celular. “Vamos beber? “. E eu: “Talvez”. “Vamos para um boteco?”. E eu: “Talvez”. Por fim acabamos indo para o Fuad jantar picanha no saralho e jogar conversa fora. Quase perdi minha cabeça quando Ligilena, do alto de sua tarde entornando vinho e da noite a base de cerveja, não se conformou em eu nunca ter assistido “ET”, e arremessou o DVD pirata de “Se eu Fosse Você 2”, que passou tirando lasca de meu pescoço. Morrer tudo bem, mas com a cabeça decepada por Tony Ramos e Glória Pires não. (hehe). Vou assistir ao filme. Prometo.

A sexta prometia. Era dia dos namorados (com direito a abrirmos a última garrafa de vinho que trouxemos de Santiago dois anos atrás), tinha uma festa mexicana para ir, show do Caetano no Credicard Hall, mas tudo se resumiu a rodar alguns sebos, conhecer a pequena (apenas 45 cm) e linda Olivia (seja bem-vinda, princesa), de dois dias, filha da Dre e do Marco, que me tirou algumas lágrimas dos olhos, e conferir o novo show de Cae mais à noite, sobre o qual escrevi aqui. Nem o vinho abrimos, mas já marcamos outra data para tirar a rolha da garrafa.

O sábado foi o dia mais corrido do feriadão. Fiquei um tempo na Velvet CDs, e depois corri para o Veloso, para encontrar vários amigos e o sensacional bife de tira (bati a foto que abre o post com a máquina da Capitu). Ficamos de 12h30 até às 19h no lugar, e bebi seis caipirinhas de cachaça (Lili diz que foram sete, onde já se viu: eu bebo, e ela que perde a conta). Deu tempo de voltar pra casa e dormir duas horas antes do esquenta para o show de Jens Lekman, no Studio SP. Eu acordei às 22h03, coloquei os pés no chão, e um amigo ligou: “Vai rolar? Tô chegando”. Levantei, caminhei até a sala e o interfone toca com outro amigo na porta.

Um tempo depois, já com o Fernando, a Bianca e os Tiagos na sala vendo DVDs do programa de Jools Holland, liga a Ligelina. “Mac, chamei um pessoal para ir ai? Tudo bem?”. Resposta afirmativa. “Mas é uma turma grande”. Outra resposta afirmativa e acho que desde o dia que abrimos a casa não havia tanta gente bacana reunida no mesmo lugar. Era uma vez três Patricia, algumas Leffe, outras Baker de trigo e felizmente alguns gostaram da cachaça forte Milagre de Minas, que eu e Lili trouxemos de Ouro Preto. Foi bem divertido.

Jens Lekman por Liliane Callegari

Já o show do Jens foi… interessante (a foto é da Lili; mais aqui). No palco, só ele (na voz belíssima e na guitarra ocasional) acompanhado do amigo Victor, que soltava via laptop a base das canções. Sim, é isso que você pensou mesmo: quase um playback. Os arranjos são lindos, alguns de chorar, mas a apresentação é quase como uma noite em uma churrascaria. Jens pode ser definido canhestramente como o Wando da Suécia. Wando, aliás, que na Virada Cultural tocou a clássica “Fogo e Paixão” acompanhado de bateria eletrônica e uma guitarra. Como Jens. “Black Cab”, “The Opposite Of Hallelujah”, “You Are The Light” e a hilária versão de “A Postcard To Nina” (com Ana Garcia, do Coquetel Molotov, traduzindo no segundo microfone) foram os grandes momentos da noite.

Domingo eu deveria ir a Taubaté visitar as três mulheres da minha vida que residem lá (a mãe Vilma, a irmã Cristiane e a sobrinha Gabriela), e tentar dar um olá para a quarta (a afilhada Amanda), mas não rolou. Minha irmã estava de mudança, e ninguém precisa de visitas em dia de mudança. Acabamos ficando em casa e fomos à tarde, na companhia de Tiago Agostini e Marina Person, conferir a sensação indie “Apenas o Fim” (assista ao trailer), longa-metragem de estréia do estudante universitário Matheus Souza, da PUC-RJ, um interessantíssimo retrato de geração cujo pano de fundo é o fim de uma história de amor (conhecido por todos aqueles, de 8 a 80, que já viveram algum romance na vida).

O roteiro assim como as boas atuações de Érika Mader e Gregório Duvivier credenciam – e muito – o filme. Lembrou-me claramente a primeira vez que li “O Clube dos Corações Solitários”, romance de estréia do amigo André Takeda, no que aquilo mais representava pra mim: alguém como eu escrevendo no terreno que já foi habitado por deuses do quilate de Rimbaud, Shakespeare e Huxley. É o velho sintoma de “não estou sozinho no mundo”, sabe. Afinal, por mais que Lygia Fagundes Telles e Vinicius tenham me traduzido dezenas de vezes em momentos especiais de minha vida, eles estão no cerne da dor, lá no fundo do âmago, enquanto Takeda e Matheus Souza mostram a timidez no olhar. Eles exteriorizam algo que só quem está vivendo a mesma época que eles consegue perceber – e rir e se envergonhar.

Já faz tempo que deixei de viver a mesma época de Matheus Souza, por isso mesmo que as referencias a coisas como Tartarugas Ninjas e Nintendo não me comovem, mas já estive tantas vezes face a face com o fim do amor que é impossível não sentir um arrepio na espinha quando observo uma história chegando ao fim. É extremamente natural que, conforme envelhecemos e passemos pela faculdade, deixemos de ser inocentes para nos transformarmos em cínicos, mas a dor do fim do amor, meu (minha) caro (a) amigo(a) continua doendo aos 12, aos 21 , aos 34 e, acredito eu, aos 50 e tantos (Caetano, sofrendo e compondo como um menino é um bom exemplo disso).

Tirando a história de amor e dor, “Apenas o Fim” ainda me assustou ao imaginar a força com que os Los Hermanos bateram na geração estudantil desta década. Eu que acredito que o “Bloco do Eu Sozinho” seja o disco dos anos 00 fico triste pela postura da banda, grandiosa demais, posada demais, em que os personagens se agigantaram ignorando a história (que eles mesmos admiravam). Como Marcelo Camelo pode se sentir grande perante a obra de Chico Buarque? Desculpe-me, mas a humildade (com H maiúsculo e dourado? – risos) deveria ser exemplo. Para mim, o sucesso do Los Hermanos foi mais maléfico do que benéfico, mas não se preocupe, é meu lado cínico reclamando do estado das coisas. Veja o filme. Leia o livro do Takeda. Jogue fora seus discos do Los Hermanos. Sonhe. E me desculpe pelo post confuso. Devo estar bêbado… ainda (risos).

Apenas o Fim - O Filme

junho 15, 2009   No Comments

Blur, 150 pessoas e 28 músicas

O Blur fez seu primeiro show em dez anos no sábado diante de uma platéia de 150 pessoas composta por familiares, amigos e fãs na cidadezinha de Colchester, a 90 quilômetros de Londres. Daqui 18 dias estarei frente a eles no Hyde Park, e se o repertório for algo perto disso que eles tocaram no sábado estarei imensamente feliz:

“She’s So High”
“Girls and Boys”
“Tracy Jacks”
“There’s No Other Way”
“Jubilee”
“Badhead”
“Beetlebum”
“Trimm Trabb”
“Coffee & TV”
“Tender”
“Country House”
“Charmless Man”
“Colin Zeal”
“Oily Water”
“Chemical World”
“Sunday Sunday”
“Parklife”
“End of a Century”
“To the End”
“This Is A Low”
“Popscene”
“Advert”
“Song 2?
“Out of Time”
“Battery In Your Leg”
“Essex Dogs”
“For Tomorrow”
“The Universal”

junho 15, 2009   No Comments

A história do Edifício Martinelli

Lateral do Edifício Martinelli, em São Paulo

Eu adoro a história do Edifício Martinelli, cuja lateral emoldura a foto acima, tirada em meio a uma feijoada com caipirinha no Salve Jorge, do centro de São Paulo. A história, resumidamente, é a seguinte: o Edifício Martinelli, com 30 pavimentos, foi o primeiro arranha céu do Brasil. Está localizado no triângulo formado pela Rua São Bento nº405, Av. São João nº 35 e Rua Libero Badaró nº 504, no centro de São Paulo. Porém, vários percalços marcaram a sua construção até sua inauguração em 1929. Muita gente não acreditava que o prédio fosse ficar em pé por muito tempo, então o comendador Martinelli, que fez a obra assistido pelo arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena, decidiu pelo óbvio: quando o prédio alcançou 25 andares (a primeira previsão era de apenas 10), fez uma mansão de 5 andares no topo, e foi morar lá. A história toda – bem interessante – pode ser lida aqui, mas bate um google que há outros links legais.

Ps. Em dez anos morando na cidade, ainda não visitei o topo do prédio. Vou agendar uma visita.

junho 9, 2009   No Comments

Dezenove dias para as férias

Começou a contagem regressiva. Tirando os quatro dias do próximo feriadão são apenas 14 dias de trabalho (estou de plantão na última semana antes das férias), e então 37 dias de andanças pelo Velho Mundo. Estou precisando demais disso. A vista está meio turva, o cérebro não consegue chegar a um resultado satisfatório numa soma de 2 + 2, e o frio paulistano chegou definitivamente. Hora de dar uma volta.

Ando um pouco relapso com meus textos, eu sei, mas acredite: não é por vontade própria. Algo está me bloqueando. Não tenho conseguido passar as coisas que venho sentindo para as folhas brancas do Word. Às vezes parece que ando com o coração envolto em uma bolha de plástico que o protege das coisas ruins do mundo, mas também das coisas boas. O que não quer dizer que não ando me arrepiando ultimamente. Imagina.

Por exemplo: na semana passada trouxe para o trabalho o bootleg das sessões de Elvis Costello com Paul McCartney. Assim que começou “My Brave Face”, com os dois dividindo os vocais, me arrepiei. Ainda não comentei da sessão do filme “Joe Strummer – O Futuro Não Está Escrito” (baixe aqui – com legendas toscas em português), mas sai da sessão revigorado, como se minha alma tivesse tomado uma ducha quente.

E, também, comecei a ler o sensacional “Um Ano na Vida dos Beatles e Amigos”, de Clinton Heylin (leia o prefácio aqui), cujos primeiros parágrafos serviram para voltar a me dar um norte sobre as coisas que me motivam a escrever. “Em muitos aspectos, o verão de 1967 foi o momento em que o resto do mundo alcançou os mais descolados, que haviam visto o mundo pop virar de cabeça pra baixo no ano anterior (algo muito parecido com o punk, uma década mais tarde”).

O fato é que ando em débito comigo mesmo – e com você. Vou tentar corrigir isso nos próximos dias, assim como vou atrás de um netbook para levar na viagem e relatar com mais precisão essa segunda ida ao Velho Mundo – e todos os pontos turísticos, e todos os shows, e todas as alegrias e mancadas. Saio de São Paulo em direção a Paris no próximo dia 27 voando de Airbus da Air France. Melhor não pensar muito, né. Mas que dá um friozinho no estômago, ahh dá.

27/06 – São Paulo / Paris
28/06 – Paris / Londres
29/06 – Londres
30/06 – Londres
01/07 – Londres
02/07 – Londres (Hyde Park: Blur, Foals, Friendly Fires, Crystal Castles)
03/07 – Londres / Paris
04/07 – Paris / Leuven (Rock Werchter: Nick Cave, Franz Ferdinand, Mogwai, Yeah Yeah Yeahs, Kings of Leon, Kate Perry, Social Distortion)
05/07 – Leuven / Paris
06/07 – Paris
07/07 – Paris (Leonard Cohen)
08/07 – Paris
09/07 – Paris
10/07 – Paris
11/07 – Paris / Bruges (Cactus: Paul Weller, Gutter Twins, Cold War Kids)
12/07 – Bruges (Cactus: Joss Stone, Calexico, Magic Numbers, !!!)
13/07 – Bruxelas / Berlim
14/07 – Berlim
15/07 – Berlim
16/07 – Berlim / Pisa / Firenze
17/07 – Firenze
18/07 – Firenze
19/07 – Firenze / Roma (Bruce Springsteen)
20/07 – Roma
21/07 – Roma
22/07 – Roma
23/07 – Roma / Veneza
24/07 – Veneza
25/07 – Veneza
26/07 – Veneza / Barcelona
27/07 – Barcelona
28/07 – Barcelona
29/07 – Barcelona
30/07 – Barcelona / Madri
31/07 – Madri
01/08 – Madri
02/08 – Madri / Paris / São Paulo

junho 8, 2009   No Comments