Sobre albergues e trens na Europa
A Diana está fazendo planos para um mochilão, e me pediu dicas sobre albergues e passagens de trem e tal. Para dividir com os demais leitores, segue a resposta abaixo. E quem tiver coisas legais para acrescentar, por favor, comente.
1) Albergues: tanto no ano passado quanto neste estou indo com todos os albergues e estadias reservadas. Reservei quase tudo pelo Hostel World (http://www.hostelworld.com/) e alguns pelo Homelidays (http://www.homelidays.com). São dois modos de se olhar para essa opção: a gente fica mais despreocupado com o lugar onde vai dormir, porém a viagem fica toda fechada, sem possibildiades de se fazer uma loucurinha (tipo acordar num dia em Berlim e dizer: “acho que vou pra Viena hoje” – risos). Por outro lado, tenho uma experiência que pode te ajudar: quando eu estava em Málaga, na Espanha, no ano passado, gostei tanto da cidade que resolvi ficar mais uns dois dias. Porém o albergue em que eu estava alojado não tinha mais vagas para eu ficar além do que eu já tinha pré-reservado. Acordei na manhã do check-in, entrei no hostel world e achei super fácil um outro albergue (que por sinal era melhor do que o que eu estava). Tem uma outra história também: odiei o albergue de Paris e sai para bater perna atrás de um hotel. Achei um (1 Estrela, mas ajeitadinho) que me custou 10 euros a mais (o albergue era 24 a diaria, o hotel saiu por 34). Ou seja, você encontra estadia no dia em que chegar. Talvez valha olhar antes para ter um norte, e resolver uns dois ou três dias antes só para não perder tempo em Paris ou Barcelona caminhando na rua procurando hotel enquanto você poderia estar olhando a cidade, mas sempre se encontra lugar pra ficar. (importante: se vocês forem fora da grande temporada – entre 14 de junho e 14 de agosto – é ainda mais fácil encontrar lugares pra ficar. E outra coisa: a crise afastou muitos turistas da Europa, então teoricamente há mais lugares para ficar). Ah, eu fiz a carteirinha de alberguista… e não usei uma vez sequer. Pode chegar chegando.
2) Eurailpass: não tenho experiência nenhuma com ele, mas já me falaram mil maravilhas, viu. É preciso saber usar (algo que eu mesmo nunca fucei muito), e ter tempo útil para fazer os trajetos que compreendem o pacote que você escolher, mas acredito que valha a pena. Agora, se sua amiga disse que é possível encontrar passagens de trens em conta dias antes da viagem, vale arriscar. Se rolar, é uma vantagem. Se não rolar, no máximo, vocês vão gastar mais num primeiro trecho, e depois investirem no passe. Eu fiz poucos trechos de trem no ano passado, só mesmo na Espanha (http://www.renfe.es/), e ganhei um belo desconto comprando antecipado. Fiz praticamente todos os trechos de avião, a maioria pela Easyjet e a Ryanair. São duas companhias barateiras, sendo que a primeira ainda faz pousos em alguns aeroportos principais, e a segunda quase sempre é em aeroportos secundários (ou seja, tem que colocar no valor total da passagem o translado da cidade x até a cidade principal). Para essas companhias, comprar antecipadamente é um grande negocio. Ano passado, o único trecho que deixei para comprar em cima da hora (de Berlim para Glasgow), para aproveitar o melhor dia do cartão de crédito, a passagem subiu quase 50% (era algo em torno de 80 euros e foi pra 130 euros!
junho 18, 2009 No Comments