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Pão de queijo e Praça da Liberdade


Foto: Marcelo Costa (http://flickr.com/photos/maccosta/)

Dia total de preguiça. Demos folga aos amigos e fomos atrás do melhor pão de queijo da cidade, no Supermercado Verdemar, da avenida Nossa Senhora do Carmo. Lili, que é especialista no assunto (como boa mineira), aprovou. Mas, assim, não tem como comparar com o do Boca do Forno, pois ao contrário deste, o da Verdemar é daqueles pequeninos, e quentinhos devem ser de viciar.

Porém, mais do que o pão de queijo, o que me chamou a atenção na Verdemar foi um pãozinho feito com massa de pão de queijo e recheado com cenoura, cebola, azeite e especiarias. Uma delícia. Sem contar as pizzas. Saímos do Supermercado e fomos para a lanchonete Verdemar. Não arrisquei e fui da básica e muito boa Peperoni, mas Lili pediu uma deliciosa de Alho Poró. Se for lá, peça. Vale, vale, vale.

Aproveitamos que estávamos em um bom supermercado (segundo a Veja, um dos melhores de BH) e compramos champagne e alguns petiscos para nossa festinha particular. Nada muito especial, afinal vamos amanhecer na rodoviária em direção a Diamantina. Tiramos uma soneca à tarde, assistimos ao programa Alto-Falante (edição festivais europeus) e partimos para fotos noturnas da Praça da Liberdade.

Assim como a avenida Paulista, em São Paulo, que está atraindo um público imenso todas as noites devido a sua belíssima decoração de natal, a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, também caprichou na decoração. Muita iluminação dourada, estrelas, luzinhas e árvores totalmente iluminadas deram um colorido todo especial ao local. Passamos um bom tempo fotografando o lugar enquanto a chuva não vinha.

De volta ao hotel, com São Pedro dando adeus ao ano que se vai, temos que arrumar as malas e prepararmos a nossa pequena ceia de ano novo. Agora, só no ano que vem. Nos vemos. Novamente, um 2009 sensacional para todos nós.


Foto: Liliane Callegari (http://flickr.com/photos/lilianecallegari)

dezembro 31, 2008   No Comments

Complexo da Pampulha e Mercado Central

Dia bastante movimentado. E primeiro sinal de quem São Pedro anda ouvindo nossos pedidos. Fez sol o dia todo! E à noite uma garoazinha de nada. Lindo. Acordamos cedo e fomos a pé, subindo morros, para a Praça da Liberdade, local que abriga a sede (provisória) do governo de Minas Gerais (Aécio está construindo a toque de caixa uma nova sede desenhada por Niemeyer) e dois edifícios assinados pelo Oscar: a Biblioteca Pública e o próprio Edifício Oscar Niemeyer. E tem também o polêmico Rainha da Sucata.

Ficamos um bom tempo fotografando o Edifício Oscar Niemeyer, que parece muito um Copan miniatura. É o tipo de edificação que você pode fotografar o dia inteiro, e todas as fotos vão ficar lindas. Risoleta e Tancredo Neves moraram neste prédio. Dali partimos – já em companhia do Alexandre – para o Complexo da Pampulha. No início da década de 40, o então prefeito Juscelino Kubistchek recorreu ao jovem arquiteto Oscar Niemeyer (depois de tentar vários outros nomes) para projetar os prédios do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, às margens da lagoa artificial.

O Conjunto é composto pela Igreja de São Francisco de Assis, o Cassino (hoje, Museu de Arte), a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube. Vou te dizer: a Casa de Baile é uma das construções mais lindas do Oscar. Pequenina e aconchegante, ela foi inaugurada em 1943 voltada para o povo (o Cassino, do outro lado do lago, era voltado a elite) e continua aberta com exposições e eventos. Quem passar por lá em janeiro ganha um belo livro que conta a história da Casa e do complexo.

Próximo destino: Igreja de São Francisco de Assis. Também construida em 1943, no entanto, a igreja só foi aceita pelo bispo da cidade em 1957, ficando 14 anos fechada devido a visão de Oscar e, principalmente, Candido Portinari, da religião católica. Portinari assina os afrescos belíssimos dos azulejos assim como um imenso painel atrás do púlpito e os doze quadros arrepiantes da via sacra. Todos os domingos, às 9h30, tem missa, mas é possível visitar o interior da capela pagando R$ 2 nos outros dias.

Depois de uma longa volta pelo lago (de carro) chegamos ao Cassino, hoje Museu de Arte da Pampulha, local em que o PatoFu gravou seu ao vivo MTV alguns anos atrás. Não gostei tanto da parte interna, apesar de ter achado fofo o auditório, mas o prédio conqusita você na parte externa. Bom, quase duas da tarde, hora de comer. Fomos ao sensacional Mercado Central. Logo na entrada provei um quejio Canastra, de Patrocínio, divino. E fomos direto para o Casa Cheia.

O Casa Cheia é um assíduo frequentador da competição Comida di Buteco e eu não poderia ter começado melhor minha aventura pelas comidas mineiras. Lili foi de Tutu a Mineira, Alexandre escolheu um PF e eu encarei o Mexidoido Chapado (R$ 14) que é um mexido feito na chapa com picanha fatiada, lombo defumado, linguiça caseira, bacon, legumes preparados no azeite, ovo frito de codorna, arroz e ervas aromáticas. O prato vem uma frigideirinha e é tão bonito de se ver que até a mesa do lado pediu para fotografa-lo.

Lógico, não basta ser bonito, tem que ser gostoso, e você tem alguma dúvida que o prato era divino? Primeira sacada: na cozinha do Casa Cheia só vozinhas fazendo a comida. Não tem como dar errado. O prato era simplesmente delirante. E eu ainda fiz pouco caso do tamanho dele naquela frigideirinha, mas não consegui comer tudo. Para acompanhar, coca-cola e a segunda cachaça da viagem, uma boa Samba e Cana, de Belo Horizonte.

Depois do almoço de reis fomos dar uma volta no Mercado. Passamos em uma cachaçaria para uma olhada sem compromisso. A Havana estava saindo por R$ 390, uma versão especial da Germana (a minha preferida) por R$ 220 e a famosa Anisio Santiago custava apenas R$ 190. Ok, tem para todos os bolsos. Se você quiser tomar uma Providência basta apenas desembolsar R$ 8,90. Experimentei a Pendão, de Itatiaiuçu. Boa. Não levei nada, afinal, estamos no começo da viagem, mas vou retornar para São Paulo abastecido. Aguarde.

Após uma soneca providêncial, Rodrigo James nos pegou para nos apresentar o que, segundo ele, é o melhor pão de queijo do mundo. Fomos ao Boca de Forno, da praça Nova Iorque. Pão de queijo caprichado, com recheio saboroso e um belo tamanho que só me fazia imaginar que ali caberia um belo lanche. Próxima parada, Bar do João, na Savassi, seguindo o lema “se não tem mar, tem bar”. Terminamos à noite com Thiago Pereira (assim como o James, do Alto-Falante) e com Alexandre bebendo e conversando sobre cultura pop.

Último dia do ano. Decidimos dar uma folga aos amigos para batermos perna atrás do pão de queijo da Verdemar e de outras peculiaridades de Beagá. Dia 01, às 06h30 da manhã, embarcamos para Diamantina. Vou ali beber uma cachaça e comer um queijo. Eu acho que volto.

Fotos: Marcelo Costa (http://flickr.com/photos/maccosta/)

dezembro 31, 2008   No Comments